O que se cria na escola, e quem a escola cria?
Este artigo faz parte do desdobramento da pesquisa teórica e observação empírica realizada pelo proponente durante o curso de mestrado em Ciência da Arte pela Universidade Federal Fluminense intitulado “O ENSINO DA ARTE NA ESCOLA: A ÊNFASE NA CRIATIVIDADE”, defendida no ano de 2012, que trata das questões ligadas à criatividade no espaço escolar e as concepções construídas por arte-educadores, a partir dos modelos políticos pedagógicos adotados para o ensino das artes no Brasil.
Neste artigo pretendemos ampliar o conceito de criatividade para além dos contornos do ensino das artes e sinalizar a importância do estímulo à criatividade no ambiente escolar. Pois como fora evidenciado em nossos estudos sobre ensino da arte e criatividade, apesar dos processos de produção artística nos aproximar dos conceitos de criação humana, um numero significativo de professores e universidades que formam professores da área de artes, não tem acesso às teorias mais avançadas sobre o estudo da criatividade. Este dado tem levado muitos educadores a construir muitas vezes uma visão estereotipada e um tanto limitada sobre os conceitos de criatividade no espaço escolar, que em última análise participam de um número de fatores, componentes e instrumentos de maior complexidade e interelações.