Pancreatite aguda alitiásica em adolescente associada a dengue com complicação na emergência do Hospital Estadual Azevedo Lima-Niterói-RJ: relato de caso



PANCREATITE AGUDA ALITIÁSICA EM ADOLESCENTE ASSOCIADA A DENGUE COM COMPLICAÇÃO NA EMERGÊNCIA DO HOSPITAL ESTADUAL AZEVEDO LIMA-NITERÓI-RJ: RELATO DE CASO

Autores: Maria Elizabeth Herdy Boechat; Cassemiro Sergio Martins; Tatiane Soares Costa Macedo; Regina Lucia Pinheiro de Macedo; Monica Müller Taulois; Anna Christina Pinho de Oliveira; Elaine Rodrigues Cezário.  

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INTRODUÇÃO: Dengue é uma virose aguda de relevante morbi-mortalidade. Transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, e atualmente notificada em vários municípios brasileiros.    Podendo cursar com diversas peculiaridades clínicas, como: encefalopatia, hepatite, hiponatremia severa, abortamento, parto prematuro, transmissão vertical e pancreatite. Sendo todas estas condições já vivenciadas na nossa unidade hospitalar. E ilustrando esta última manifestação clínica citaremos o presente relato de caso.

OBJETIVOS: Reiterar a relevância das ações de cunho preventivo da Dengue e a Capacitação em Educação Continuada para os Profissionais de Saúde para esta infecção. Objetivando assim, almejar a redução da morbi-mortalidade desta doença.

MATERIAL E MÉTODOS: Pesquisa documental na Ficha do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de Dengue no Núcleo de Vigilância Hospitalar e no prontuário deste caso no Setor de Documentação Médica.

DESCRIÇÃO DO CASO: E.V.P., 15 anos, negro, estudante cursando nível médio, residente no Sapê-Niterói-RJ. Início dos sintomas: 22/03/2011. Internação em 29/03/2011 com febre, dor abdominal severa, mal-estar, inapetência, prostação. Exames complementares evidenciaram elevação das enzimas pancreáticas, chegando os valores da Amilase: 186 U/L e da Lípase: 1391 U/L, leucopenia de 1800 com linfocitose, e plaquetopenia de 69.000. Não houve hemoconcentração; elevação das escórias renais; alteração significativa da prova de função hepática; do TAP/ PTT e dos eletrólitos. Tomografia abdominal com pequena quantidade de líquido livre em pelve e questionou-se esplenomegalia. Ultrassonografia abdominal sem alterações. Na investigação epidemiológica identificou-se vizinhos com Dengue. Em 31/03/2011 a Sorologia para Dengue apresentou IgM reagente e IgG não reagente. Sendo instituídas terapêuticas para Pancreatite Aguda Alitiásica e Dengue com Complicação. O paciente evoluiu com resolução do quadro clínico. Tendo alta hospitalar em 14/04/2011 e referenciado para acompanhamento ambulatorial.

DISCUSSÃO: Pelo exposto acima, reiterou-se a grande virulência da Dengue e seu caráter multissistêmico. Como também podemos verificar que na presença da dor abdominal associada a esta infecção, o comprometimento agudo do pâncreas, necessita estar no arcabouço de possibilidades das causas desta dor. 

CONCLUSÃO: Deste modo, lembramos da necessidade da implementação de ações de prevenção desta doença e das iniciativas de educação continuada aos profissionais de saúde enfatizando as possibilidades das várias facetas de sua apresentação clínica, no intuito de contribuir na redução de sua morbidade e mesmo desfecho letal.

 Palavras-chaves: Dengue, Pancreatite, Prevenção. 

 Tema apresentado em Forma de Pôster no I Congresso da Rede Própria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro: CONSES-SES/RJ, 24/03/2012. Centro de Convenções Sul-América-Centro-Cidade do Rio de Janeiro-RJ.

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Autor: Maria Elizabeth Herdy Boechat


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