O processo de aquisição da literatura: estratégias pedagógicas e o papel do professor



UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA

CENTRO DE LETRAS E ARTES

CURSO DE LETRAS-HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

 

Regina Madeira de Siqueira

Rejane Madeira de Siqueira

 

 

O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LITERATURA: ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS E O PAPEL DO PROFESSOR

 

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo demonstrar as contribuições da Literatura para a formação intelectual e psicológica da personalidade de cada indivíduo através do estudo das obras literárias. Pode-se perceber que a Literatura possui, incutida dentro de suas terias literárias, uma gama de conhecimentos dispostos pelos escritores, quando a mesma está transcrevendo sua obra. Isto faz com que os alunos, utilizando-se da catarse, venham a aprender a refletir, questionar, analisar e a buscar soluções para as diversas problemáticas existentes em seu meio social. Para tanto este trabalho teve como fundamentação teóricas autores como: CANDIDO (1999), COELHO (2000), ZILBERMAN (1994), dentre outros. Interligado a pesquisa escrita, para melhor entendimento deste estudo foi realizado um pesquisa de campo, nas escolas da rede pública de ensino do município de Forquilha.

           

 

PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Discentes. Formação Literária e Escolar.

1 INTRODUÇÃO

 

O estudo aqui abordado busca demonstrar como ocorre o processo de aquisição literária pelos discentes levando em conta as pratica pedagógicas utilizadas pelos docentes durante sua intervenção em sala de aula.

O trabalho aqui abordado divide-se três capítulos para melhor entendimento do texto em análise.

Nesta pesquisa, pretende-se contextualizar Literatura em seus diferentes aspectos, onde apresentaremos a visão dos PCN a respeito desta disciplina que se torna cada vez mais importante perante a uma sociedade preocupada em formar cidadãos capazes de analisar e questionar as mazelas existentes em nossa sociedade.

Ressaltando ainda seu papel de formador do caráter crítico de cada indivíduo, a partir da leitura das obras literárias. Sendo as escolas as principais responsáveis para a criação deste elo entre Literatura e leitura.

  Percebendo ainda que é através da leitura, que o ser humano toma conhecimento das problemáticas que possam existir em seu vínculo social e assim tornando-os aptos para defrontar as problemáticas impostas em seu transcurso para a formação da sua índole.  

2 Conceituando Literatura

Discutida hoje em toda uma extensão de definições direcionada ao que seria atualmente Literatura e qual sua função na formação humana, social, intelectual e crítica dos indivíduos direcionada ao meio escolar e social, podemos analisá-la e classificá-la sobre a prerrogativa de concepções da necessidade humana de entender a se e ao que o cerca em todo um alargamento do saber direcionada a evolução da mesma durante toda sua implantação no currículo escolar.

A Literatura diante desta visão começa a ser explorada desde o surgimento das primeiras manifestações humanas dos indivíduos de se comunicarem e de se entenderem no mundo em tudo sua concepção e da probabilidade de repassarem isso aos demais indivíduos através da escrita para melhor ser absorvida entre as demais pessoas.

Nesta concepção a Literatura está direcionada a etimológica da palavra “letra”, pois, através desta que o autor passa ao seu leitor conhecimentos e realidades que poderão ser vivenciadas por eles durante sua vida possibilitando assim um conhecimento mais amplo do mundo e da realidade vivida por eles.  Segundo Coutinho (1978, p.9 – 10):

 

Literatura como toda a arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ele toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência da realidade de onde proveio.

 

 

Podemos analisar sobre esta visão que o leitor ao ler uma determinada obra literária obtém uma gama de informações sobre sua própria realidade e os acontecimentos presentes na mesma fazendo que este mesmo leitor direcione o lido com o real fazendo com que esteja preparado indiretamente para os possíveis problemas existentes nela através desta leitura.

Diante destas vertentes a Literatura ganha uma nova função direcionada a formação social e crítica dos indivíduos, pois, a mesma através dos textos literários trás estes seres a encontrarem uma nova realidade criada pelo autor direcionada com a realidade criada por ele com base no contexto de vida de seus leitores. Segundo Martins e Versiani (2008, p.8):

 

 

A ação do autor não somente transita, mas, sobretudo, pressupõe a ação do outro sobre o texto produzido, para que este seja assumido como Literatura pelo leitor, com base em seu contexto, em sua cultura, em sua visão de mundo, na linguagem e na circulação social do texto.

 

A essa ação relatada acima esta sendo influenciada pelo meio em que autor e leitor estão inseridos, pois, o meio social é determinante para a propagação das idéias escritas pelo autor incluindo neste meio as classes dominantes como a burguesia que por possuir uma força social forte acaba por estipular o que deve e o que não deve ser lido, vendido ou ensinado em nossa sociedade.

Com o advento da industrialização e a inclusão da massa trabalhista no meio escolar a Literatura juntamente com o livro didático ganha uma nova função no meio escolar e social a de propagar o ensino e a cultura elitista do saber aprender a boa escrita por meio dos textos literários fazendo com que estes mesmos textos perdessem suas funções primordiais a de despertar em seus leitores o gosto pelo conhecimento e por seu auto desenvolvimento humano, fazendo com que estes ledores criassem uma aversão pela leitura literária. Aqui o termo Literatura esta diretamente direcionada com o meio escolar, pois, a mesma é utilizada como veículo de se ensinar a seus discentes o meio correto de falar ou de se escrever corretamente.

Para Candido (1999, p.5) a Literatura não pode ser somente direcionada para a formação de bons leitores e escritores esquecendo-se assim todo o resto, mas também de tornar os indivíduos seres capazes de atuar em seu próprio meio social de forma pensante e crítica.

 

[...] A literatura pode formar, mas não segundo uma pedagogia oficial, que costuma vê-la ideologicamente como um veículo de tríade: o verdadeiro, o bom, o belo definidos conforme a interesses dos grupos dominantes. Na verdade, “longe de ser um apêndice da instrução moral e cívica, ele age com impacto indiscriminado da própria vida e da educa como ela, com altos e baixos, luzes e sombras” [...]

 

A Literatura, sobre esta prerrogativa, ganha um papel de destaque na educação de nossos alunos, pois, ela atua como orientadora do modo não somente de escrever uma sintaxe lexical correta, mas também como formadora de personalidade de cada ser humano empregando costumes e crenças da sua cultura privilegiando o ensino da formação de nossa língua.

 Neste aspecto a escola tem como função principal de mediar estes conhecimentos direcionando a Literatura com o meio escolar, fazendo do professor um co-responsável de desenvolver nos discentes a relação pelos textos literários seus alunos e o mundo a qual eles irão atuar, inserido os mesmos pelo gosto pela leitura.

 

A respeito deste assunto Colomer (1996, p. 131) no afirma que:

 

Se a Literatura oferece uma maneira articulada de reconstruir a realidade e de gozar esteticamente dela em uma experiência pessoal e subjetiva, parece que o papel do professor deveria ser, principalmente, o de provocar e expandir a resposta provocada pelo texto literário e não, precisamente, o de ensinar a ocultar a reação pessoal através do rápido refúgio em categorias objetivas de análise, tal como sucedia habitualmente no trabalho escolar.

 

A Literatura hoje estaria então direcionada na formação humana, social, lúdica de cada indivíduo fazendo da escola a mediadora para que esse elo relacione individuo e sociedade em um só aspecto.

 

3 A Visão dos Parâmetros Curriculares Nacionais sobre o Papel da Literatura em Sala de Aula

 

O Ensino de Literatura passa a ser mais aprofundado a partir da década de 80, pois, a mesma era vista como um simples recurso metodológico que o educador utiliza para o ensino da língua materna.

Com a reforma que ocorreu nos PCN, o sistema educativo passou a ter uma visão mais crítica em relação ao Ensino de Literatura, pois o mesmo demonstrou possuir ter um caráter transformador no contexto escolar onde a partir que ela começa a discutir a idéia de que o Ensino de Língua Portuguesa está tanto direcionado a oralidade como a escrita dos seres que a utilizam com que fazem a mesma sofra influência de meio que os cerca, passa a ser visado a Literatura não como um método de ensinar linguagem culta, mas também um meio que o homem possa entender as adversidades que o rodeia.

Para Candido (1999, p.05) a Literatura não poderia ser vista apenas como um aspecto pedagógico, sendo ela obrigada a seguir uma série de requisitos gramaticais vigentes para ter um núcleo de ensino o aprendizado da própria gramática normativa sendo que o mesmo venha a demonstrar que a Literatura era vista como um simples método de abordagem que as escolas utilizavam para a formação do caráter das normas cultas vigentes em nossa sociedade.

 

A Literatura pode formar, mas não segundo a pedagogia oficial que costuma vê-la ideologicamente como um veículo da tríade: o verdadeiro, o bom, o belo, definidos conformes os interesses dos grupos dominantes. Na verdade, “longe de ser um apêndice da instrução moral e cívica ele age com o impacto indiscriminado da própria vida e educa como ela, com altos e baixos, luzes e sombras”.

 

 

A afirmação transcrita acima possibilita verificar que a pedagogia mesmo com todos os avanços propostos pelos PCN ainda possui uma visão bastante presa em relação à Literatura, pois ela ainda é vista como meio de empregar e de exprimir aos discentes valores ideológicos ou moralizantes.

A partir do estudo de nossas obras literárias, que continuam ainda hoje a serem trabalhadas no meio escolar a partir da divisão da Literatura em gêneros proporcionando tão somente que o livro didático passe a abranger o contexto histórico da nossa Literatura do que a própria formação do senso crítico dos alunos.

Em relação à divisão da Literatura a partir da divisão por gênero os PCN (1998, p.08) nos remetem que:

 

 

A noção de gêneros refere-se a família de textos que compartilham algumas características em comum, embora heterogêneos como visão geral da comunicação, extensão grau de literariedade, por exemplo, existindo um número quase ilimitado

 

 

Podemos perceber que a partir deste discurso, o livro didático transformou a Literatura numa subdivisão de livros marcados a partir de acontecimentos importantes dentro da nossa história no qual o falante de nossa língua estuda diversificados tipos de gêneros literários seguindo uma ordem cronológica de acontecimentos que intercederam na história literária de sua região servindo assim como ponto de partida para marcar o início e o fim de cada geração literária.

 É notório ressaltar que esta divisão em gêneros adotados pelos PCN transformou a Literatura como meros codificadores de datas e características, que deveriam ser aprendida pelos alunos dentro das obras literárias de uma determinada época por seu uso desacertado do contexto de como o livro didático tratam do estudo da Literatura, onde no qual são priorizadas as subdivisões em gêneros e em contextos histórico; deixando de lado o seu papel de formador da visão crítica de seus leitores principiantes.

É importante salientar que as divisões da Literatura em gêneros literários possibilitaram a escola um estudo mais dinâmico da nossa língua, pois a mesma passou a incumbir diversos tipos de situações que são empregados em gêneros poucos abordados no contexto de sala de aula, como por exemplo, “o bilhete” que está muita das vezes presentes no enredo de algumas obras literárias.

Em relação ao professor, os PCN rompem com a visão tradicionalista, onde o mesmo era visto como portador de conhecimentos a ser repassado aos discentes e excede uma posição mais contemporânea na qual ele busca métodos em que os educando possa a partir da Literatura obter uma visão mais ampla da realidade em vivem, por meio de situações problemas em que a qualidade do real, o universo literário e o conhecimento se interligam.

Segundo o PCN (1998, p. 22) em relação ao papel do educador perante o ensino de Literatura, cabe a ele:

 

 

[...] planejar, implementar e dirigir as atividade didáticas, como objetivo de desencadear, apoiar e orientar o esforço de ação e reflexão do aluno, procurando garantir a aprendizagem efetiva. Cabe também o papel de informante e de interlocutor privilegiado, que tematiza aspecto prioritários em função das necessidades dos alunos e de suas possibilidades de aprendizagem.

 

 

O educador busca artifícios que garantam ao educando estabelecer uma ligação da sua realidade com o monumento Literário, pois o mesmo apresenta métodos que possibilite o leitor a solucionar questões inerentes a sua existência, tornando assim indivíduo capaz de criticar e investigar a sua realidade articulando os seus conhecimentos teóricos e práticos para procurar soluções necessárias ao universo em que se situa.

 

4 A Literatura e a Formação Humana

 

A Literatura desempenha papel de fundamental importância na formação do indivíduo, pois a mesma, todavia questiona diversos paradigmas a respeito das problemáticas (violência, adultério entre outros) presente no âmbito social, por meio da leitura das obras literárias.

Sobre está prerrogativa Zilberman (1994, p.12), ressalta que a Literatura:

 

[...] sintetiza, por meio dos recursos de ficção, uma realidade, que tem amplos pontos de contato com que o leitor vive cotidianamente. Assim, por mais exacerbada que seja a fantasia do escritor ou mais distanciada e diferente as circunstâncias de espaço e tempo dentro das quais uma obra é concebida, a sintonia da sua sobrevivência é o fato de que ela continua a se comunicar com destinatário atual, porque ainda fala de seu mundo, com suas dificuldades e soluções, ajudando-o, pois, a conhecê-lo melhor. 

 

 

Podemos perceber que o ensino de Literatura concede aos discentes uma ampla visão das adversidades do seu meio, mesmo que seu leitor nunca tenha tido nenhum vínculo com a temática abordada na obra que está sendo compreendido naquele momento, proporcionando assim artifícios que os possibilitaram construir artifícios para questionar, analisar e resolver esta mesma problemática caso seja intercedido pela mesma posteriormente em seu meio.

A Literatura apresenta aos seus leitores uma combinação de sensações através da catarse, que os leva a questionar sobre a sua realidade e a dos demais seres que o cerca.

Fazendo-se compreender e entender os demais, assim prestando uma formação crítica da sua realidade tanto no seu campo de ação intelectual no caso podemos citar as normas gramaticais vigentes, como também sociais, pois a mesma restitui a consciência da realidade e das problemáticas existentes na sua sociedade.

Segundo Magalhães Neto (2004, p. 27) a respeito da relação entre leitor e autor ele nos relata que:

 

O ato de ler é um processo dinâmico entre o autor e o leitor e que, exige por parte deste, uma gama de conhecimentos que lhe possibilitarão ir além da simples decodificação de expressão na superfície do texto.

 

 

É através de uma análise mais aprofundada das obras literárias que o ser humano toma conhecimento das diferentes perspectivas do caráter de cada ser humano, tomando como ponto de partida suas crenças, cultura, sentimentos, preconceitos em fim as mazelas sociais e culturais presentes nas diversas camadas sociais.

É notório salientar que com o crescimento acelerado da globalização, onde o paradigma do ter sobrepõe o ser, está cada vez mais presente em nossa sociedade, levamos nós a nos questionarmos sobre a importância de introduzir cada vez mais cedo o ensino de Literatura para dentro das salas de aulas como ensino da Literatura Infantil, que hoje já existe, mas não é abordado de modo que venha a despertar nos alunos o seu lado crítico, mas que se empregado de maneira correta o mesmo leva o educando a refletir sobre a sua prática perante a sociedade, atuando assim como formador do caráter crítico dos discentes que os examinam.

A respeito de desta temática Coelho (2000, p.27) nos afirma que:

 

A literatura infantil é antes de tudo, literatura, ou melhor, é arte: fenômeno de atividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática, o imaginário e real, os ideais e suas possível/impossível realização [...].

 

A Literatura proporciona aos leitores sucessão de conhecimentos que os torna através da leitura destes textos aqui abordados seres críticos da realidade que os situam, sendo as escolas principais responsáveis para que haja a formação deste elo entre leitura, literatura e sociedade.  

Os discentes ao terem contato com o mundo literário começam a receber uma gama de informações tanto de maneira consciente como de modo inconsciente por parte do monumento literário, pois a mesma quando é de boa qualidade trás consigo lacunas que o próprio autor produz de forma consciente para que seus leitores preencham e assim haja uma união entre o conjunto de palavras escrito e o seu ledor.

Segundo Candido (2002, p. 82) a respeito dos conhecimentos que uma obra literária possui sobre as problemáticas existentes em nosso meio, ele nos declara que:

 

[...] a evocação dessa impregnação profunda mostra como as criações ficcionais e poéticas podem atuar de modo subconsciente e inconsciente, operando uma espécie de encurtamento que não percebemos. Quero dizer que as camadas profundas da nossa personalidade podem sofrer um bombardeio poderoso das obras que lemos e que atuam de maneira que não podemos avaliar.

 

Uma obra literária trás consigo vários conhecimentos dentro de um único texto que prepara o educando para o convívio social, pois seus enredos questionam, analisam e até buscam respostas para as interrogativas que incomodam os seres vivos.

Além de a mesma satisfazer a nossa sociedade de fantasiar sobre temas que revolvem com o imaginário humano (amor, morte, vida após a morte dentre outras), mas que tem sempre o mesmo objetivo “compreender a natureza humana”.  Conforme afirma Teixeira (2007, p. 92):

 

É por meio da e da arte que o homem coma conhecimento das inúmeras batalhas travadas na busca constante de conhecer os mistérios da vida [...] seja qual for o estilo narrativo o tempo em que se localizam a ação e os suportes que veiculam as histórias, elas narram o mesmo percurso do homem na busca da compreensão da natureza humana.

 

 

A Literatura atua neste intercâmbio entre o ensino da formação da personalidade humana e do mundo, volvendo os alunos para serem capazes de atuar de forma ativa em nossa sociedade que sempre está em busca de apreciar a sua própria natureza humana.

Através da leitura os alunos passam a ter contato com este     universo de conhecimento, onde será desenvolvido de forma atrativa por parte do enredo literário. Por este motivo é preciso que as instituições de ensino   proporcione oportunidades para a concretização destas descobertas. Segundo Candido (2002, p. 85): “a literatura é, sobretudo uma forma de conhecimento, mais do que uma forma de expressão e uma construção de objetos semiologicamente autônomos”.

A Literatura leva os educando a questionar e quebrar tabus impostos pela sociedade que antigamente a considerava como uma produção sem aplicação prática, onde a mesma só servia como passatempo e manuais para se estudar as regras da gramática tradicional, deixando de lado seu papel de formador do caráter e da personalidade humana.

A respeito desta prerrogativa Ricardo Magalhães (2005, p.11) afirma em seu artigo “As primeiras antologias escolares e a formação do leitor” que:

 

No passado os critérios de apreciação de uma obra literária eram articulados sob a influência de várias teorias que compunham procedimentos de análise que não valorizavam a especificidade do literário e aproveitavam teorias oriundas da filosofia, sociologia, lingüística, tantas outras áreas.

 

Com o desenvolvimento industrial a Literatura passou a ser questionada sobre sua função perante a sociedade e que hoje é abordada pelas instituições de ensino mesmo de forma singela como transformadora do caráter humano por sua natureza questionado perante a sociedade em que vivemos

 

5 CONCLUSÃO

 

Concluímos com este trabalho que a importância da Literatura vai muito além dos livros propriamente ditos, ela desenvolvem nos seres humanos habilidades necessárias que o ajudarão a reconstruir a realidade que o envolve orientando-os em suas ações diárias.

A leitura de uma obra literária ajudará seu público a vivenciar as problemáticas vividas pelos personagens da historio fazendo-o a buscaram respostas para tal problema. Quando o leitor vivenciar este problemática em seu dia – a – dia ele já estará preparado como agir diante desta situação.

Finalizamos dizendo que a Literatura não é somente uma disciplina na grade escolar de nossas escolar e se meios de compreendermos melhor o meio em que vivemos através de sua profunda abordagem psicologia a que os textos dês gênero leva o leitor.

 

BIBLIOGRAFIAS

 

CANDIDO, Antônio. Textos de Intervenção. 1ª ed. São Paulo; Duas Cidades, 2002.

_________, Antônio. Remate de Males. Revista de departamento de teoria literária. 37ª ed. Campinas. UNICAMP. 1999.

 

COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil, teoria e análise. 1ª ed. São Paulo; Moderno, 2000.

 

COLOMER, Tereza. A formação do leitor literário: narrativa infantil e juvenil atual. 1ª ed. São Paulo: Global, 1996.

 

COUTINHO, Afrânio. Crítica e Teoria Literária. 1ª ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, Fortaleza: Edições Universidade Federal do Ceará, 1978.

 

MAGALHÂES NETO, Pedro Rodrigues. Literatura e senso crítico: uma pesquisa com alunos da 5ª e 6ª série. 1ª ed. Teresina: Halley, 2004.

 

MAGALHÃES Ricardo Bulhões. As primeiras antologias escolares e a formação do leitor. 1ª ed. São Paulo, Assis, 2005.

 

TEIXEIRA, Eliana. Práticas leitoras multimídias: no contexto do centro de referências de – Literatura e multimeios mundo da leitura. 1ª ed. In: Scholze, Lia e ROSING, Tanhia M. K. Teorias e prática de letramento. Brasília: Inep/Mec, 2007.

 

VERSIANI. Zélia. (org.). Literatura: saberes em movimento. 1ª ed. Belo Horizonte. Autêntica, 2008.

 

ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 8ª ed. São Paulo; Global, 1994.

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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