Irreconhecíveis



Noite passada paramos, pensamos muito, olhávamos um a face do outro, tentando encontrar onde nós nos perdemos. Eu, procurando ainda algo em teus olhos e você, o que nunca teve. Nós meio que não funcionamos, desacreditávamos na nossa própria crença. Não nos demos muitas chances e nem ao menos tentamos vivenciar tudo o que nos cabia.

Eu tinha medo, você dúvida, com algum tempo os dois a certeza. Não, não, não foram os erros, nem a falta de diálogo, porque isso já estava claro há bastante tempo, o nosso tempo nublado foi à falta de cumplicidade. Tu me deixavas te ver, mas jamais penetrar tua alma e te compreender a fundo. Não foi apenas você, a minha confiança em ti abalada não permitia entregar-me por completo.

As palavras jogadas, duras, apenas para ferir não me orgulham nem um pouco, não fazem o meu ego parecer maior. Esse jogo nunca teria vencedor, ambos perdedores, e o tempo talvez funcionasse, cicatrizasse, entretanto quanto mais me moldava a deixar as feridas sararem, mais me remetia a pensar nas dores que causaram. Agora não sabemos nem o que dizer um ao outro, nos analisamos sob olhares vagos, distantes.

 Sabe, às vezes sinto falta de você me fazendo rir e me chamando de sua, mas a verdade é que talvez você nunca tenha sido meu. Por isso, não posso mais, não consigo ir adiante, espero que me entenda, por que do jeito que você me tinha eu não podia te ter. Por favor, me deixe ir, me liberte de vez, sim é eu ainda gosto de você eu apenas não o amo mais.

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Autor: Tárcila Driely De Souza Cabral


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