Patologias geniturinárias em crianças



 

 CINTIA MACHADO (1ª)

MAURA ANTÔNIA (2ª)

KEILLA BUENO (3ª)

 

PATOLOGIAS GENITURINÁRIAS EM CRIANÇAS

DEFINIÇÃO:

A disfunção renal é muito comum em crianças. Uma disfunção primária poder advir de doenças que se originam no rim ou trato urinário (ex., pielonefrite, displasia ou síndrome nefrótica). Uma disfunção secundária decorre de doenças sistêmicas que alteram função renal, como lúpus eritematoso sistêmico(LES), desidratação e insuficiência cardíaca.

As anormalidades das muitas funções do rim aparecempredominantemente como alterações no aspecto ou volume da urina e anormalidades no equilíbrio hidroeletrolítico ou acido-básico.

Como a produção fetal de urina contribui para o volume de líquido amniótico, as anomalias renais frequentemente se associam a redução desse volume (oligoidrâmnio) e, com menor frequência, há maior volume de liquido amniótico (poliidrâmnio).  As anomalias renais e ureterais ocorrem em 3-4% dos recém nascidos (BEHRMAN e KLIENGMA, 2000).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1.2  SÍNDROME NEFRÓTICA

 

Síndrome causada pela perda renal de proteínas.  Nesta síndrome, a proteinúria maciça resulta numa albumina plasmática baixa e edema (Lissauer e Clayden, 2003).

Segundo Riyuzoet al (2006), a síndrome nefrótica no primeiro ano de vida é afecção incomum e abrange lesões glomerulares renais de diferentes causas, evoluções e prognósticos. É definida como síndrome nefrótica congênita quando ocorre aparecimento de proteinúria e sinais clínicos logo após o nascimento, até três meses de idade, e infantil entre quatro meses e um ano de idade. Pode ser classificada em três categorias: Primária, associada com malformações e adquirida ou secundária.

Ela é responsável por graves distúrbios metabólicos que afetam o desenvolvimento e o crescimento da criança, podendo levar à insuficiência renal e mesmo a óbito.

A causa do distúrbio é desconhecida, mas alguns casos são secundários a doenças sistêmicas como vasculite (ex.: lúpus eritematoso sistêmico), infecções (ex.: malária), ou alérgicas (ex.: picada de abelha).

 

1.3   SINAIS CLÍNICOS DA SINDROME NEFRÓTICA

 

De acordo comLissauer e Clayden (2003), os sinais clínicos da síndrome nefrótica são:

  • Edema periorbitário (particularmente ao acordar), o primeiro sinal.
  • Edema da bolsa escrotal, pernas e tornozelos.
  • Ascite.
  • Dispneia em decorrência de derrames pleurais e distensão abdominal.

 

1.4  DIAGNÓSTICO

 

O paciente se apresenta com edema generalizado e volume urinário muito diminuído. Na urina de 24h, as perdas de proteínas são anormais, sempre superiores a 0,10g/kg de peso corporal. No sangue, a albumina está muito baixa e o colesterol elevado.

  • Hipertensão persistente.
  • Função renal alterada.
  • Hematúria persistente.

 

1.5  TRATAMENTO

 

Suporte Emocional: Á criança e a família, explicando que a criança poderá levar uma vida normal.

Todos os tratamentos, quaisquer que sejam as causas, visam diminuir ou eliminar a perda anormal das proteínas urinárias.

O tratamento poderá ser basicamente ambulatorial e as internações ficam reservadas para: biópsia renal quando indicada, necessidade de diuréticos intravenosos, por anasarca intensa, infecções graves.

Medidas Gerais: Cuidados com a pele, evitar lesões, punções, picadas de inseto. Tratar IVAS e suas intercorrências. E evitar contato com doenças infecciosas sobre tudo varicela.

 

 

 

 

  1. 2.    PIELONEFRITE

 

A pielonefrite é uma infecção do trato urinário ascendente que atinge ao rim e a pelve renal. Pode ser classificada em Pielonefrite Aguda e Pielonefrite Crônica.

A Pielonefrite Aguda pode ser causada por uma infecção bacteriana ou por infecção supurativa.

Na Pielonefrite Crônica as infecções de repetição se conjugam com a reação do sistema imunitário a essas infecções para produzir o quadro de lesões.

A pielonefrite afeta mais frequentemente os bebês com menos de um ano e anomalias congênitas do sistema urinário.

 

2.1 SINTOMAS

Os sintomas mais freqüentes são

  • Dor na micção (disúria) e maior frequência (polaciúria).
  • Febre, suores, mal-estar.
  • Leucócitos em massas cilíndricas na urina (piúria).

 

 

  2.2 CONDIÇÕES QUE PREDISPÕE A PIELONEFRITE

  • Refluxo vesico- ureteral  em crianças.
  • Obstrução do trato urinário.
  • Cálculos.
  • Disfunção vesical.
  • Imunossupressão.
  • Gravidez e malformações congênitas.

 

 

 

2.3  DIAGNÓSTICO

 

O diagnóstico é geralmente clínico e laboratorial. Microscopicamente observa-se inflamação supurativa, com infiltração primeiro de neutrófilos, mais tarde de macrófagos e linfócitos.

 Há necrose das células dos túbulos renais. Pode haver ou não formação de abcessos. Após resolução há extensa fibrosação das regiões afetadas.

 

 

2.4  TRATAMENTO

Terapia com antibióticos.

 

2.5  COMPLICAÇÕES

 

Infrequentemente, e principalmente em indivíduos debilitados ou diabéticos podem ocorrer complicações. Estas incluem a Bacteremia, multiplicação bacteriana no sangue grave, frequentemente pode ser mortal, ou a necrose da pelve renal, com insuficiência renal crônica, podendo levar a morte.

 

 

 

 

 

 

  1. 3.    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

Behrman RE, Kliegman RM, Jenson HB, editores: Nelson’s textbook of pediatrics, ed 16, Philadelphia, 2000, WB Saunders, Chapter 529.

Lissauer, T., Clayden, G. Manual ilustrado de Pediatria. Guanabara      Koogan S. A., 2ª edição, Rio de Janeiro, 2003.

RIYUZO, M. C. et al. Síndrome nefrótica primária grave em crianças: descrição clínica e dos padrões histológicos renais de seis casos . J Bras. Patol. Med. Lab., v. 42, n. 5, p. 393-40, outubro 2006.

 D’ Ippolito G. et al. Pielonefrite aguda:  classificação, nomenclatura e diagnóstico por imagem. Revista Imagem. vol.27, v. 3, pag. 183-194, 2005.

 


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