Diário de um pecador
Diário de um pecador
Cumprindo a dolosa sina
De um homem que nasceu pobre
Quero morrer sofrendo
Chorando me arrependendo
Para espiar meus pecados
Pequei de toda maneira
Que se possa imaginar
Matei, roubei, estuprei
E ainda não aliviei
A sede de me vingar
A justiça nunca pergunta
Por que se rouba e estupra
Esquecendo que em poucos anos
Irmãs e a mulher que amo
Tornaram-se prostitutas
Mais três dos meus treze irmãos
Há vários anos não vejo
Pois correm um sério perigo
Se vierem aqui no presídio
De aqui também serem presos
Nunca tive carinho
Estudo e trabalho honrado
Por isso estou nesse meio
Maltrapilho, doente e feio
Morrendo aos poucos enjaulado.