Diário de um pecador



 

Diário de um pecador

 

Cumprindo a dolosa sina

De um homem que nasceu pobre

Quero morrer sofrendo

Chorando me arrependendo

Para espiar meus pecados

Pequei de toda maneira

Que se possa imaginar

Matei, roubei, estuprei

E ainda não aliviei

A sede de me vingar

A justiça nunca pergunta

Por que se rouba e estupra

Esquecendo que em poucos anos

Irmãs e a mulher que amo

Tornaram-se prostitutas

Mais três dos meus treze irmãos

Há vários anos não vejo

Pois correm um sério perigo

Se vierem aqui no presídio

De aqui também serem presos

Nunca tive carinho

Estudo e trabalho honrado

Por isso estou nesse meio

Maltrapilho, doente e feio

Morrendo aos poucos enjaulado.

 

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Autor: Francisco Antônio Saraiva De Farias


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