Testemunho



Antes de ler minha história, gostaria que você tivesse em mente algumas convicções que eu tenho, para entender melhor o que vou expressar. Eu acredito:

- em Deus como único e suficiente Criador, Senhor e Salvador da humanidade (João 14:6);

- na Bíblia Sagrada como testemunha eficaz da existência e amor de Deus, Seu Filho e Seu Santo Espírito (Hebreus 4:12);

- Em Lúcifer, como um ser que se tornou maligno e vem para matar, roubar e destruir nossas vidas (João 10:10);

- vida após a morte - céu ou inferno (Apocalipse 20:11-14);

- não me conformo com esse mundo: as pessoas podem ser sempre melhores do que são (Romanos 12:2);

 

Se você concorda ou não com tudo isso, não é minha preocupação, peço apenas que compreenda e mantenha sua mente aberta quando ler o que tenho a dizer. Além disso, esqueça por hora seus problemas, pessoas de sua convivência, enfim, tudo e todos que possam influenciar suas ações para construção sua imagem, porque aqui vamos tratar apenas de nós mesmos, de quem somos, não como aparecemos em nosso meio social. 

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Nasci e cresci em um lar cristão/protestante, apesar disso, meus pais nunca me impuseram obrigatoriamente a religião evangélica, sempre abrindo espaço para responder ás minhas dúvidas sobre outras religiões. Não penso que tudo que vivi teve o mínimo possível a ver com isso, ao contrário essa doutrina me incentivou a crescer com discernimento e certeza das minhas escolhas. 
Quando criança era muito (muito mesmo) maliciosa, briguenta e mentirosa. Meus pais não desconfiavam (sinal que eu, infelizmente, era boa nisso). Mesmo assim cresci na igreja, aprendendo sobre a Bíblia e sobre Deus com respeito, dedicação e interesse.

 

"Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe". Salmos 51:5 - não pelo ato, e sim pela natureza pecaminosa do ser humano.

  

Quando tinha entre 6 e 8 anos, minha mãe - que nunca deixara eu e minha irmã nos envolvermos com brincadeiras na rua e com algumas crianças da vizinhança, abriu a casa (por nossa insistência) para uma garotinha da mesma idade (sua identidade verdadeira não vem ao caso, para ilustrar vamos chamá-la de "Z") brincar conosco. Plantava-se a primeira semente do diabo para tentar destruir minha vida.

 

Vistas de longe, as brincadeiras entre nós três eram inocentes, e de fato eram; mas entre mim e Z iniciou-se uma relação maligna: nas brincadeiras de "esconde-esconde" dávamos sempre um jeito para que minha irmã caçula contasse, e enquanto nos escondíamos Z nunca queria ficar sozinha, sempre comigo. O tempo que minha irmã demorava em nos encontrar era o tempo em que eu e ela brincávamos de “faz de conta” entre marido e mulher. Ela era sempre "a mulher" porque tinha mais corpo que eu. 

 

Naturalmente eu não me sentia feliz fazendo isso, mas algo maligno me atraía, de modo que, quando falava que não queria ela insistia e me convencia. Nas raras ocasiões em que eu contava durante a brincadeira, o fazia rapidamente, e procurava desesperada por minha irmã, com medo de que Z fizesse a mesma coisa com ela. Graças á Deus, e para meu alívio, sempre a achava sozinha.

 

Depois de um tempo adquiri forças para dizer não á Z quando tentava "brincar" comigo, para sua completa fúria. Sua presença, que me incomodava cada dia mais; o pesadíssimo fardo da culpa pelo pecado que eu sabia que tinha cometido; e o medo de que, frustrada comigo Z "atacasse" minha irmã, me fizeram confessar meu segredo á meus pais que, imediatamente, proibiram doravante contato nosso com Z e, conseqüentemente, com as demais crianças vizinhas.

 

Além disso, meu castigo veio, minha mãe me bateu com uma vara/galho verde (princípio bíblico - Provérbios 29:15) e com lágrimas nos olhos. Jamais me esquecerei de suas palavras: "Estou te batendo porque te amo, acredite, dói mais em mim do que em você". Não pude conter as lágrimas ao apanhar, não porque doía e sim por aceitar completamente aquele castigo como um tipo de penitência por meu imperdoável pecado do qual estava arrependida. Incomparavelmente maior que a dor, era o fato de ter que suportar ver nos olhos de meus pais a tristeza, frustração e desconfiança que criaram por mim, uma reação completamente natural.

  

Acreditava que o castigo de meu pecado me faria esquecê-lo, todavia, isso não ocorreu. Esse pecado tão prematuro havia me deixado sérias seqüelas...

 

"Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus". Salmos 51:16-17 

 

Antes mesmo de contar esse segredo á minha família, desenvolvi um grande repúdio por mim mesma, repúdio este que me fez, por várias vezes, tentar o suicídio. Todas as tentativas foram vãs: primeiro, porque os planos de uma criança de nove anos para se matar não são lá muito inteligentes ou eficazes; segundo, porque algo dentro de mim (que creio ser o Espírito Santo de Deus) nunca me deixava segui-los até o fim.

 

Logo depois de confessar o que tinha feito me lembro que, por não suportar a tristeza em minha casa, coloquei alguns alimentos dentro de uma pequena mochila e arquitetei fugir de casa. Fui até meu quintal decidida á fazê-lo, e enquanto pensava em um destino, minha irmã veio até mim e perguntou: "Do que você está brincando?". Naquele momento perdi minhas forças para prosseguir. Sempre soube que se Deus não tivesse á enviado naquele exato momento, meu futuro poderia ter sido de drogas, prostituição e morte nas mãos do diabo, que, neste dia, quase conseguiu me arrastar para o submundo.

  

O auto-repúdio que cresceu rapidamente dentro de mim me induziu á me enxergar de forma inferior ás outras pessoas, principalmente sob o aspecto físico. Comecei á comparar minha aparência com as de minhas colegas de escola.

 

Além disso, iniciaram-se uma parte influente nesse quadro: situações vexatórias de outras crianças - principalmente meninos, que zombavam de mim devido á minha aparência "humilde" - eu era bem esquelética; desajeitada de óculos (isso até hoje); com o cabelo "ondulado" (um de um lado outro de outro) e "crespo aprisionado"; coberta de espinhas (o que pioraria com o tempo); minha família pertencia á uma igreja pentecostal (na época tradicional), por isso seguíamos tradições religiosas (usos e costumes meramente humanos, sem fundamento bíblico) como o uso exclusivo de saias longas sem nenhuma vaidade (cujo significado bíblico é distorcido em muitas doutrinas).

 

Pressupondo a figura que surgiu agora em sua mente pode-se imaginar como eu era "assediada" no primário. Á partir desses indícios concluí que eu era muito... Incrivelmente... Extremamente feia.

 

"O hipócrita com a boca arruína o seu próximo;" Provérbios 11:9a 

 

Procurei em minha mente infantil um método para que as pessoas deixassem de reparar em minha aparência, e encontrei os estudos. Pensava eu, que se me esforçasse e me tornasse inteligente os outros deixariam de olhar para como eu era e começariam a perceber quem eu era. Esse pensamento (obviamente não tão elaborado, afinal tinha 9 ou 10 anos) aliado ao meu esforço em readquirir a confiança destruída de meus pais (que sempre me educaram mostrando os benefícios de se ser alguém dedicado e estudioso) me fez mergulhar com tudo no conhecimento, principalmente para que meus pais se orgulhassem de mim, o que com o tempo aconteceu. Assim uni o útil (futuro promissor) ao agradável (confiança da minha família e ser bem vista pelos outros). 

 

Para minha decepção, mesmo alcançando o rótulo de "mais inteligente da sala" continuava sendo motivo de zombaria do sexo oposto. Graças á Deus, àquela altura eu já tinha adquirido certo grau de entendimento sobre a vida e traçado meus objetivos e sonhos, por isso essa frustração não afetou minha dedicação aos estudos. Entretanto minha já baixa auto-estima continuava á descer aos confins da terra.

 

Quando tinha 11 ou 12 anos, fase em que as meninas (pelo menos antigamente) deixam de serem crianças e começam á se ver como meninas de fato, notei que eu era uma das poucas que ainda não tinha uma paixonite (um menininho que as garotinhas ficam paquerando e que vira um príncipe em sua imaginação infantil). Observando meu contexto social (sala de aula) escolhi o que para mim era o mais bonito (simplesmente por isso) e que aqui vamos chamar de "X".

 

X era prepotente e orgulhoso, um verdadeiro narcisista que, ao perceber que eu tinha uma quedinha por ele usou isso para tentar aumentar se status diante dos colegas. Combinava com seus amigos e me dirigia à palavra apenas para que vissem, através da minha reação derretida, atrapalhada e envergonhada, sua superioridade e masculinidade prematuras. Quando finalmente percebi, em dada situação, seus intuitos, revolta e fúria me subiram á cabeça, de modo que quando X veio falar comigo o encarei com olhar mais penetrante que alguém pode dar, com postura superior e fala dura, o fiz assustado e envergonhado diante de quem assistia.

 

Para você talvez todos estes relatos podem parecer fúteis, apenas detalhes da vida ordinária de uma pré-adolescente, mas não detalharia dessa forma se estes fatos não fossem relevantes.

 

 Aquele evento com X fora a gota que faltava para que o diabo atingisse o ponto de personalidade destruída que tanto queria de mim. Á partir daquele dia minha mente (tão vulnerável e imatura) se transformou. 

 

Analisando o comportamento de X e dos que o rodeavam concluí que eu poderia ser superior á todos eles. Iniciei então um processo intimo de mudança, alimentando idéias de ódio, solidão e feminismo (que para mim, iguala-se ao machismo no que deve ser repudiado socialmente). Consegui criar em mim mesma uma barreira invisível entre eu e as outras pessoas, principalmente homens, me tornando uma garota completamente fria e áspera em minhas relações sociais. Criei uma "capa de invisibilidade" que me impedia de sequer olhar para eles, nutrindo um ódio único por homens. Para mim os únicos que "valiam a pena" eram meu pai e o pastor de uma igreja vizinha, o mais era simplesmente um resto que não faria a menor diferença no desenvolvimento da humanidade e conseqüentemente em minha vida.

 

Notando que meu corpo estava se desenvolvendo, me fiz mais desleixada que nunca com minha aparência, afinal, pensava eu, já que me acham feia, quanto mais monstruosa  eu parecer menos vão olhar para mim, conversar comigo, se interessar por mim e, assim, nenhum homem (ser inferior em desenvolvimento intelectual) irá atrapalhar o meu futuro de sucesso, cujo um marido (que me vai querer apenas como empregada e objeto de exibição e satisfação) e uma família, só irão me impedir de alcançar o auge profissional.

 

Toda essa frieza me fez desenvolver um grande autocontrole sentimental, que me possibilitou esconder meu "lado negro da força" perfeitamente bem de meus familiares e igreja. Assim me separei em duas pessoas diferentes: a que aparecia como amorosa; e minha verdadeira personalidade fechada bem no fundo da alma, sozinha, horrível e triste, que mentia para si mesma afirmando ser tudo isso necessário para "suportar" a vida. 

  

"O que encobre o ódio tem lábios falsos; e o que espalha a calúnia é um insensato". Provérbios 10:18

 

Que fique claro que eu sempre acreditei no relacionamento verdadeiro entre um homem e uma mulher, caso contrário como explicaria a união feliz que via entre meus pais?

O amor existia, mas não para mim.

 

Mas diante desse coração petrificado Deus também tentava me conquistar com seu amor. Desde pequena cresci reconhecendo-O como Senhor Soberano, criador supremo e único dos céus, da Terra e tudo que nela há. Cresci em seus átrios, aprendendo sobre Jesus e seu sacrifício salvívico. Por essas convicções aceitei á Jesus Cristo (porque filho de cristão não nasce cristão) como meu único e suficiente salvador e Senhor.

 

Com o passar do tempo, lendo a bíblia e vendo o amor de Deus ao meu redor, abandonei os pensamentos feministas, bem como a mentira (que passei á aborrecer) e a revolta sem sentido pela vida. Contudo minha auto-imagem desprezível permanecia. Achava que poderia separar as coisas, servindo á Deus mesmo com um coração amargurado, como se isso não fosse importante.

 

"Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem". Hebreus 12:15 

 

Com 14 anos me batizei nas águas, como manda a bíblia, para dar testemunho da minha fé cristã e abandono do "velho homem" ou “velho eu” (nossa vida pecaminosa antes de sermos pessoas novas e purificadas).

 

"Eu, na verdade, vos batizo em água, na base do arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alpacas; ele vos batizará no Espírito Santo, e em fogo". Mateus 3:11

 

Naquela época eu estava completamente CONVENCIDA do evangelho: apenas ACREDITAVA em Deus como o criador do universo, Senhor soberano em tudo; apenas ACREDITAVA que Ele enviou Seu único Filho Jesus Cristo para morrer em sacrifício necessário para salvar a humanidade da condenação eterna no inferno causada pelo pecado; e que Este ressuscitou para que nós também pudéssemos sermos feitos novas criaturas, santas (separadas do pecado), e filhos do Deus Altíssimo, podendo assim, ter um relacionamento íntimo com nosso Pai, o criador, uma vez que Cristo - através de seu Santo Espírito Consolador, vive em nós.

 

"Deus amou de tal modo a humanidade que lhe entregou o seu Filho único, para que todo aquele que acreditar no Filho de Deus não se perca, mas tenha a vida eterna". João 3:16


"O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a humanidade". Mateus 20:28


"Pois vocês são todos filhos de Deus, pela fé, em união com Jesus Cristo". Gálatas 3:26

 

O evangelho era lógico (eu aceitei a verdade da Palavra, procurava praticá-la em minha vida) e conveniente para mim (sabia que se seguisse á Deus e observasse seus princípios teria uma vida eterna de felicidade no céu). Mas me faltava o mais importante: O NOVO NASCIMENTO EM CRISTO. Ouvia falar de um encontro verdadeiro com Deus, mas achava que isso já tinha ocorrido comigo, quando abandonei meus ideais pecaminosos, como a mentira, o feminismo, a raiva, etc. Eu me considerava uma nova pessoa, e realmente tinha mudado ao longo daqueles anos, mas ainda não CRIA, não tinha sido CONVERTIDA pelo amor de Deus.

 

"Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito". João 3:5-8

 

"Quando obedeceres à voz do SENHOR teu Deus, guardando os seus mandamentos e os seus estatutos, escritos neste livro da lei; quando te converteres ao SENHOR teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma". Deuteronômio 30:10

 

Cheguei aos 15 para 16 anos e a antiga e persistente idéia de que eu era horrivelmente horripilante sobrevivera ao tempo. Certa vez voltando de um evento com minha família, não me lembro o que ouvi, cheguei em casa completamente frustrada com minha imagem, me tranquei no banheiro, e me desmanchei em lágrimas, pois não conseguia sequer me olhar no espelho, tamanho desprezo sentia pela minha aparência.

 

"O coração conhece a sua própria amargura; e o estranho não participa da sua alegria". Provérbios 14:10

 

Eu sempre tive uma imaginação forte, e depois de algumas semanas, já parcialmente recuperada de meu “ataque existencial”, comecei á pensar e analisar demais (!) minhas perspectivas amorosas:

 

"Bem... Eu sou feia... Horrível... E conformada... Então nenhum rapaz, nem cego, vai se interessar por mim... Assim eu nunca vou namorar alguém... então eu nunca vou casar... Posso até adotar uma criança, mas não vou construir uma família... Isso significa que, dentre várias outras coisas, eu sempre serei virgem (de tudo que se tem direito). Nunca! "Nada"! Para sempre!..."

 

Pensando assim cheguei ao seguinte, e maldito, questionamento: "... mas como seria se isso acontecesse? Como seria se alguém se apaixonasse por mim? como seria se namorássemos e casássemos?". Pronto, havia cavado meu próprio túmulo.

 

"Um abismo chama  outro abismo ao rugir das tuas cachoeiras; todas as tuas ondas e vagalhões se abateram sobre mim". Salmos 42:7

 

Você deve entender que o diabo entra em nossas vidas com "sapato de algodão". Exemplifico: para se matar uma rã, cuja carne é apreciada em determinadas regiões, usa-se a inteligência. Ser for mergulhada de uma só vez dentro da panela com água fervente, irá pular e fugir da morte, por isso ela é colocada na panela com água fria, aos poucos a água vai aquecendo e ela, nadando, não percebe; assim, consegue-se abatê-la. Da mesma forma é o inimigo, distraído você não o vê ou ouve se aproximando e, quando percebe, já pode ser tarde demais.

   

"Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar". I Pedro 5:8

 

Construí em minha mente, já que nunca iria acontecer, como seria meu (im)possível namorado: seria cristão; inteligente; com visão de futuro e objetivos; trabalhador; charmoso; com um olhar profundo e conectado ao meu; apaixonante; e apaixonadíssimo por mim. Noivaríamos, casaríamos e viajaríamos para a lua de mel. Então descobri a fraqueza e conseqüente tentação do meu "velho eu": o prazer sexual. 

 

"Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e iludido pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte". Tiago 1:13-15 

 

Comecei imaginar cenas de carícias, que logo passaram á depravação sexual. No silencio da noite, enquanto todos dormiam, eu tinha alguns momentos de prazer sexual solitária. Depois de um tempo á qualquer hora do dia ou da noite eu me trancava no banheiro e alimentava meu vício. Quanto mais mergulhava nesse mundo, mais fraca e dependente me sentia, e mais o diabo se aproveitava disso: tentava-me e eu já não tinha forças para resistir. Comecei á sonhar com cenas horríveis e inimagináveis (que não há necessidade - nem eu tenho estômago - de descrever), me entregando facilmente á qualquer atração maligna.

 

"E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; Estando cheios de toda a iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade". Romanos 1:28-29

 

"Prostituta" era assim que eu me sentia. A porção de graça divina que sentia em mim desapareceu, me afastei inteiramente de Deus, ignorando tudo que havia aprendido sobre o pecado e seu salário (a morte) ao longo da vida, vida essa que não tinha mais sentido. Tornei-me um zumbi, por fora pouca diferença se notava (era boa nisso), mas por dentro e quando me via sozinha, era escrava do pecado, aprisionada e condenada á morte e sofrimento eternos.

 

"Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado". João 8:34

 

Após os momentos rápidos de prazer, sempre vinha sobre mim o peso insuportável da culpa. Sabia que o que estava fazendo era inadmissível para Deus, e Seu Espírito Santo sempre me alertava e tentava me convencer á não começar, e, quando começava, á não ir até o fim, mas nunca tinha forças para resistir. Quantas vezes prometi á mim mesma que não voltaria á cometê-lo, meu espírito desejava se ver livre daquilo, mas minha carne fraca cedia.

 

“Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. Pois, no íntimo do meu ser tenho prazer na lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. Miserável homem eu que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?” Romanos 7:18-24

 

Depois de uns meses o prazer já não fazia diferença pra mim, eu desisti de tentar lutar. Sentia-me pior que um verme; sem esperança de mudança; imunda; longe; perdida e presa no fundo de uma fossa (afinal no fundo do poço pelo menos existe água limpa) que cheirava á esgoto, assim como eu. Havia traído á Deus! Profanado o templo de Seu Espírito Santo! Não era digna da vida e família que tinha! Não era digna de ser ouvida ou sequer vista pelo SENHOR! Não era digna de Sua presença! E principalmente, não me sentia digna de perdão ou do sacrifício que Jesus Cristo fez na cruz para salvar á mim, um nada... 

 

"Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados". Isaías 53:4-5

 

 Em uma noite dessas, ocorreu algo que me marcou para sempre: em meio á tentativas de satisfação, olhei pra cima e vi derrepente, um rosto disforme em choro, com o olhar mais triste que já presenciei. Aquilo me desmoronou, entendi imediatamente que se tratava do Espírito Santo, e de sua profunda decepção ao me contemplar naquele estado.

 

“E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”. Efésios 4:30

 (Disse Jesus) “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo”. João 16:8

 

Aquele olhar foi como uma espada atravessando meu peito. Comecei á chorar angustiada, queria morrer de tanta vergonha que sentia ao me lembrar de toda tristeza que havia causado ao meu Deus cometendo meus pecados. O peso insuportável da culpa despencou em cima de mim como nunca antes ocorrera, me convencendo á querer lutar para jamais ver aquele olhar novamente.

 

"Porque as tuas flechas se cravaram em mim, e a tua mão sobre mim desceu. Não há coisa sã na minha carne, por causa da tua cólera; nem há paz em meus ossos, por causa do meu pecado. Pois já as minhas iniqüidades sobrepassam a minha cabeça; como carga pesada são demais para as minhas forças. As minhas chagas cheiram mal e estão corruptas, por causa da minha loucura. Estou encurvado, estou muito abatido, ando lamentando todo o dia. Porque as minhas ilhargas estão cheias de ardor, e não há coisa sã na minha carne. Estou fraco e mui quebrantado; tenho rugido pela inquietação do meu coração. SENHOR, diante de ti está todo o meu desejo, e o meu gemido não te é oculto. O meu coração dá voltas, a minha força me falta; quanto à luz dos meus olhos, ela me deixou".  Salmos 38:2-10

 

Á partir deste episódio comecei a adquirir alguma força para tentar resistir á tentação, sempre que começava algo, me lembrava do rosto e parava, mas ainda era pouco (“Hô” alma miserável viu).  

 

Mas nada pode resistir por muito tempo diante do amor de Deus. Então, certa tarde, estando sozinha em casa, ousei buscar a face de Deus. Humilhei-me, e suplicando por socorro disse (talvez não em palavras exatas, estava chorando muito e algumas eu balbuciava ou pensava):

 

- "SENHOR! sei que não sou digna de estar diante de Ti, mas eu imploro para que me ouça! Tenho vergonha do meu pecado! Vergonha da tristeza e decepção que te causei! Vergonha de estar imunda perante a Tua face! Veja meu coração e contemple o arrependimento que invade meu ser! Sei que não sou merecedora do teu amor, e compreendo isso! Mas eu suplico por socorro! Se ouso lhe pedir alguma coisa é que me tire dessa situação por misericórdia, porque não vejo como merecer Seu perdão, fazendo o que fiz! Não agüento mais ser escrava do pecado e do diabo! Peço que me dê forças pra resistir á isso, porque eu não consigo me libertar sozinha! Aceito e mereço castigo! Só não quero mais ser o motivo de seu desprezo, nem profanar a Ti! Por favor, me liberte!"

 

"Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado. Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares. Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe. Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria. Purifica-me com hissope, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve". Salmos 51:1-7

 

Em um momento em que me silencie, por não encontrar mais palavras, apenas chorando, ouvi, alto e claro, a voz incomparável e inesquecível de Deus, dizendo:

 

- "EU TE PERDOU".

 

É impossível descrever exatamente o que senti naquele instante, fiquei em choque, porque não esperava O PERDÃO (eu mesma não me perdoava!). Senti algo como se toneladas saíssem de cima de mim, como se tudo que me prendia fosse desatado.

 

(Disse Jesus) "Eu não vim chamar justos, mas pecadores, ao arrependimento". Lucas 5:32

"Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento". Lucas 15:7

"E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra". 2 Crônicas 7:14

 

Não tinha forças pra ficar de pé, mas permiti que a graça do Espírito Santo invadisse meu ser, ele me levantou (estava em frente ao espelho) e falou por minha boca:

"Á partir de hoje você nunca mais voltará á isso! Terá forças para resistir ás tentações! Porque vai sentir nojo desse pecado!"

 

"Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça". Romanos 6:14 

 

Uma alegria que nunca havia sentido me inundou a alma, eu tinha uma nova chance! Não estava sozinha! Deus ainda me queria! Dera-me o Seu Perdão! Ele me aceitou de volta por amor! Meu coração estava sendo lavado! Meus pulmões enchiam meu corpo de ar puro, sentindo o prazer de ser novamente, e como nunca, Templo do Espírito Santo!

 

FUI LIBERTADA, EU ESTAVA LIVRE!  

 

"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres". João 8:36

 

Depois desse marco as tentações vieram, e mais fortes, mas tive força para resistir porque, graças á Deus, desenvolvi um nojo profundo pelo meu pecado. Descobri a verdadeira e única felicidade: Jesus. Ele se tornou meu SALVADOR!

 

"Na angústia invoquei ao SENHOR, e clamei ao meu Deus; desde o seu templo ouviu a minha voz, aos seus ouvidos chegou o meu clamor perante a sua face". Salmos 18:6

"Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos. E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no SENHOR". Salmos 40:2-3

 

Mas Ele também precisava se tornar o Senhor da minha vida.

 

Jesus se tornou a razão da minha vida e centro da minha adoração. Tornei-me CONVERTIDA por seu amor, CRENDO e amando-o de todo meu espírito. Assim, automaticamente passei a procurar agradá-lo em tudo que fazia. Em meu cotidiano, somado aos estudos das Escrituras, comecei a entender que tudo com Deus é incomparavelmente melhor do que qualquer coisa que o ser humano sozinho pode planejar, realizar ou viver.

 

Comecei á questionar se o que eu havia planejado para minha vida era o mesmo que aquilo que meu Senhor queria que vivesse; chegando á conclusão de que eu simplesmente não sabia. De uma coisa eu tinha conhecimento: Deus não estava feliz com a pessoa que me tornara - fria e feia por dentro. Como o que eu mais queria (e quero) era agradá-lo em tudo, decidi abrir meu coração para que Jesus, o meu Senhor, o transformasse de acordo com sua vontade.

 

"Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração". Salmos 40:8

 

O primeiro passo foi me esvaziar dos meus sonhos e planos, deixando que Deus colocasse em mim os sonhos que Ele tinha para minha vida. Eu, alguém que sempre planejara cada passo de seu futuro, derrepente abria mão de tudo para sonhar o desconhecido. Isso foi surpreendentemente fácil para mim, era o primeiro sinal da mudança que o Espírito Santo começava á fazer em meu coração.

 

A próxima, e também incrível, transformação foi a quebra do meu velho coração de pedra: a frieza e isolamento deram lugar ao amor pelo meu próximo. Passei á ser muito mais sensível ao sofrimento do outro, passei á querer estar perto das pessoas, compreender e me preocupar com elas, visando sempre que conhecessem o mesmo - ou maior, amor e relacionamento que nutria por/com Deus. Isso me encorajou á divulgar mais a mensagem da salvação.

 

Desde pequena tenho em meu coração um amor profundo por obras missionárias (principalmente nos países de perseguição cristã  - www.portasabertas.com.br), então comecei á pedir á Deus que Sua Luz brilhasse em mim, e que Seu Espírito me usasse para atrair os outros á Jesus de diversas maneiras (inclusive testemunhando minha experiência para o mundo). Conseqüentemente á tudo isso, passei á me emocionar mais facilmente (chorar antes era raro para mim), principalmente lembrando do perdão e amor que recebi.

 

Então se iniciou a mudança que, confesso, infelizmente Deus encontrou mais resistência da minha parte: minha opinião sobre a "feiúra em pessoa" que eu era. Algumas coisas já estavam encaminhadas: eu me tornara Templo do Espírito Santo e, como Deus atende nossas orações, Sua Luz brilhava em mim, sendo que nada disso poderia ser feio. Admitia esse pensamento, que era suficiente para mim, mas Deus ainda não estava satisfeito com o modo como eu me enxergava fisicamente.

 

"Mas o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque eu o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração". I Samuel 16:7
 

Conhecendo essa insatisfação, tentava em frente ao espelho, enxergar algo bonito em mim, mas não conseguia. Até que em uma dessas tentativas, ouvi a voz incomparável do SENHOR nitidamente, dizendo:

 

- "VOCÊ É LINDA".

  

Aquela frase nunca me tocou tanto, senti a verdade daquelas palavras, mas ainda resistia. Comecei á chorar, dizendo:

 

- Meu Deus, para que preciso aceitar isso? Não há necessidade... O que quer de mim? O que quer com isso?

 

A resposta veio prontamente, do mesmo modo da primeira:

 

- "QUERO QUE VOCÊ SEJA FELIZ"

 

Como nada resiste ao amor de Deus, as paredes da minha baixa auto-estima vieram ao chão naquele instante.

 

Á partir daquele dia passei á me aceitar do jeito que eu sou: uma criação única de Deus; moldada nos mínimos detalhes; feita lindamente por suas mãos; para, principalmente, adorar e glorificar ao SENHOR.

 

A malícia também me acompanhou durante todos esses anos, me envergonhava disso e orei á Deus para que retirasse de mim essa cicatriz suja do pecado. Então ela começou á ceder, e sei que vai desaparecer completamente, porque, como já mencionado: nada resiste por muito tempo ao amor e poder de Deus.

 

"Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta”. Mateus 7:7

 

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Finalizando este artigo gostaria de compartilhar com você algumas valiosas lições que aprendi (até aqui) sobre a vida e nós mesmos: 

 

Auto-estima:

Quando me enxergava feia, tinha a impressão de que tudo e todos ao meu redor concordavam comigo; e, daqueles que diziam o contrário (que eu era bonita)  eu pensava: "estão caçoando de mim". Quando passei á me aceitar linda, tive a impressão de que tudo e todos também achavam isso, inclusive se tornaram freqüentes as olhadas a cantadas á mim destinadas; e, daqueles (um ou outro) que me julgavam feia, eu passei á pensar: "só podem ser cegos, coitados".

Concluí que nós só damos ouvido áquilo que nos é mais cômodo admitir. Se nos enxergarmos horrendos, vamos dar atenção aos que concordam conosco, bem como se nos julgarmos belos, vamos dar atenção aos que compartilham do mesmo pensamento. Finalmente, tudo á sua volta vai concordar com a imagem que você tem de si, então não espere nenhuma mudança de opiniões alheias. Você dá o primeiro passo: se você mudar, tudo ao seu redor vai mudar também.

 

Família:

Se me permite, quero aconselhá-lo sobre segredos que escondemos de nossas famílias: muitas coisas das quais vivi (e principalmente senti), guardei para mim, escondia sentimentos e eventos tristes de meus pais, muitas vezes por orgulho. Tinha sérios problemas em me expressar quando o assunto era "se abrir" ou desabafar (nunca conseguia). Arrependo-me muito disso. Penso que se tivesse contado á meus pais o que estava acontecendo comigo; se tivesse ouvido seus conselhos sobre como lidar com estas situações, minha história teria sido outra, muito mais suave teria sido meu percurso. 

Hoje compreendo que a família é o refúgio que Deus nos dá aqui na Terra, você pode enxergá-la como careta; pré-histórica; clichê; tediante; intolerante, mas saiba que, á seu modo, todos se preocupam com seu futuro e felicidade. Mesmo errando, são as pessoas que mais te amam nesse mundo. Compartilhe sua vida com seus familiares, tente se aproximar e participar da vida de seus pais e irmãos, pois um dia eles morrerão e, acredite, você vai se arrepender de não tê-los valorizado enquanto estavam vivos. "Se você não conseguir ser feliz com sua família, dificilmente será feliz consigo mesmo” (autoria desconhecida).

 

O verdadeiro inimigo:

Á partir de minha experiência compreendi que o maior, mais ardio, perigoso e verdadeiro inimigo de nossas vidas: somos nós mesmos. O que mais me afastou da presença de Deus foi minha própria fraqueza. Eu tinha tudo para "dar certo": uma família maravilhosa, acesso á Deus, amigos, era estudiosa e competente, convicta do sucesso de meus objetivos; e caí por meu próprio e secreto pecado. Este com certeza foi o maior obstáculo que tive que superar para alcançar a verdadeira felicidade.

Você pode até não admitir, pode estar lendo isso agora e se sentindo inatingível por essas palavras, convicto de que está satisfeito com sua vida, e se for realmente este o caso, meus parabéns. Mas assim como eu um dia me senti, você pode estar vazio por dentro, usando um personagem para demonstrar aos outros que está tudo bem, mas não está. Talvez cometa seus pecados em segredo, confiante de que ninguém o vê ou irá descobrir, mas esquece que da única pessoa que importa esconder algo, Deus, é impossível fazê-lo. 

Por isso, caro leitor, o aconselho á parar de por a culpa do que acontece em sua vida nos que estão á sua volta: quem te impede de ser feliz não é sua família (pais, filhos, esposa, sogros, etc.); não são suas origens que te condicionam á ser isso ou aquilo. Se quiser achar um culpado para essa vida infeliz que pode estar tendo, aponde o dedo para si mesmo: são suas fraquezas, suas convicções, seu modo de ver e tratar as pessoas, sua preguiça, seu modo de enxergar á si mesmo, é o seu pecado que te impede de realizar seus sonhos.

 

 

A verdadeira felicidade:

Se algum aspecto disso tudo, se resumi á você, saiba que para alcançar a felicidade, precisa admitir quem você realmente é (quem todos nós somos: pecadores); precisa reconhecer que não tem forças para, sozinho, vencer essa fraqueza. E se o seu caso, como o meu, for á seus olhos imperdoável, cuja única solução é a morte, suplico que não desista. Lute por você mesmo, erga a cabeça e contemple a única pessoa que pode te libertar dessa prisão: Jesus Cristo!

Nada do que eu escrevi aqui é mentira. Deus realmente pode e quer muito te fazer feliz! Ele está mais perto do que imagina, te observa ansioso pelo momento em que você vai voltar-se á ele, deixar seu orgulho, e pedir sua ajuda, de todo o coração. Ele te ama muito mais do que você pensa, e só não o livrou até agora, porque respeita sua vontade, seu livre arbítrio, e enquanto você não voltar-se á ele, Deus o esperará até o último minuto. Busque-O enquanto ainda há tempo, não perca a esperança por uma vida melhor, porque você pode sim, ser completamente feliz.

“Pois o Cordeiro que está no centro do trono será o seu Pastor; ele os guiará às fontes de água viva. E Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima". Apocalipse 7:17

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Hoje posso afirmar que verdadeiramente NASCI DE NOVO, todo meu pecado foi crucificado com Cristo, e no lugar, ressuscitou um coração TRANSFORMADO PELO AMOR DE DEUS! Anelo por Sua Presença em todo tempo! Jesus é meu Salvador e Senhor de tudo em mim! Corpo; vida; sentimentos; ideais; sonhos; espírito; presente e futuro, tudo eu entreguei em Suas mãos poderosas para moldar um coração segundo o coração de Deus!

 

Leitura sugerida: Romanos 6

 

Afasto-me cada vez mais do que O desagrada, pois quero ver a alegria de meu Senhor ao me contemplar! Quero obedecer a seus mandamentos, para ser digna de viver Seus sonhos para minha vida!; Quero adorá-lo por tudo que Jesus É em minha vida (não há prazer maior do que de adorar á Deus)! Quero ser usada para esvaziar o inferno e trazer outras pessoas das trevas (onde eu estava) para a Maravilhosa Luz de Deus, pois não me conformo com a escravidão á qual o diabo submete este mundo. Tudo porque eu O amo do fundo do meu espírito, mais que á tudo nessa vida e lhe sou eternamente grata pelo perdão e sacrifico por meus pecados!

 

Minha esperança está em Sua volta, no dia em que anseio pela honra de poder passar a eternidade abraçada com meu Salvador, razão de vida, amor e Senhor: JESUS CRISTO!  

 

“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao Único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém”. Judas 1:24-25


"Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Felizes os que lavam as suas vestes, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas”. Apocalipse 22:12-14

 

 


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