Contribuições dos pedagogos para o processo de inclusão



 

 

1. INTRODUÇÃO

1.2 Contribuições do Pedagogo na Inclusão Escolar.

As contribuições dos pedagogos supervisores e orientadores são imprescindíveis para que a escola possa realizar um bom trabalho consciente da complexidade existente causada pelos diferentes pontos de vista sobre trabalhar educação, fruto da formação e história de vida de cada indivíduo.
    De acordo com, Mrech, 2006, p.8 “O princípio da normalização diz respeito a uma colocação seletiva do indivíduo com necessidade especial no ensino regular de ensino. Nesse caso, o professor de classe comum não recebe um suporte do professor da área de educação especial”. Os estudantes do processo de normalização precisam demonstrar que são capazes de permanecer na classe comum. O processo de inclusão se refere a um processo educacional que visa estender ao máximo a capacidade da criança portadora de deficiência na escola e na classe regular. Envolve fornecer o suporte de serviços da área de Educação Especial através dos seus profissionais. A inclusão é um processo constante que precisa ser continuamente revisto, os pedagogos orientam e dão suporte aos educandos de acordo com as suas experiencias.
       A inclusão surge no cenário educacional como uma nova perspectiva que envolve rever concepções a respeito da educação, do ensinar e do aprender. Com ela emergem vários questionamentos sobre o que fazer e como fazer. Em meio a isso, o professor, é levado a questionar-se sobre os saberes necessários para trabalhar com crianças com necessidades educacionais especiais, considerando que não dispôs de formação para tal.
         Por conta disso, aprender a trabalhar com a inclusão é um desafio para os docentes e para a   Escola de modo geral, que necessitam criar meios para aprender a trabalhar com perspectiva. Assim, o professor, cuja função é ensinar, tem também a necessidade de aprender.
    Aprender é adquirir conhecimentos, construir saberes que são ferramentas para desenvolver seu trabalho. O professor vai aprendendo a ensinar enfrentando cotidianamente diversas situações que lhe possibilitam construir tais ferramentas (TARDIF, 2002).
         O sucesso do processo de aprendizagem depende do projeto de inclusão, com trabalho cooperativo entre o professor regular e o professor especializado que é o educador com especialização para atuar com crianças com necessidades educacionais especiais, na busca de estratégias de ensino, alternativas metodológicas, modificações, ajustes e adaptações na programação e atividades;
         O plano de aula dos alunos com deficiencias intelectuais, são traçados em conjunto, visando duas etapas, a inclusiva e a de aprendizagem. E de acordo com o desenvolvimento individual ou da turma, a estratégia de ensino é ajustada para o alcance do objetivo inicial proposto.    
    A inclusão traz a voga à questão de que nós, pedagogos e professores não estamos prontos, formados, nos faz enxergar que sempre temos algo a aprender e que essa aprendizagem é diária e tem que fazer parte do nosso cotidiano.
    Em todos os segmentos profissionais, a formação é um processo diário e para toda a vida. Na docência, este quadro não é diferente, o pedagogo tem que focar a aprendizagem permanente, estruturar seus saberes e consolidar sua trajetória. Porque ela é permanente, se faz de diversas formas, e é adquirida em lugares distintos.
         Segundo Tardif (2002), essa concepção de formação que o professor traz remete à aquisição dos saberes a qual apresenta fontes de aquisição relacionadas à história de vida, à família, à escola, às instituições formadoras, aos materiais didáticos e à prática.
         De acordo com essa tipologia os saberes dos professores possuem várias fontes de aquisição e diferentes modos de integração no trabalho docente.
         Os saberes dos docentes que trabalham com a inclusão estão relacionados principalmente aos saberes pessoais e aos saberes provenientes de sua própria experiência, os quais tem origem na família, na educação no sentido lato, no ambiente de vida, na prática do ofício na escola e na sala de aula, bem como na experiência com os pares.
         Assim, a aprendizagem da docência, bem como a construção dos saberes para trabalhar com aluno incluído pode se dar de diferentes formas. No entanto, alguns fatores se destacam na aprendizagem do professor em relação ao aluno incluído: a experiência de trabalho com tais alunos; o tempo, importante fator na evolução da forma de ensinar; e a relação que estabelecemos com outros colegas, como parte de um processo interativo e dinâmico.  (DAL FORNO; OLIVEIRA, 2004)     
    Com a prática, validamos os saberes adquiridos. A experiência do dia a dia, mostra  o melhor caminho para o sucesso do educador. E como a grande maioria dos professores não recebe a formação devida para tratar alunos com necessidades especiais, a prática na sala de aula, é quem ensina e indica  a melhor forma de tratamento e  adaptação da didática necessária.
2.    O que é Inclusão?
    Entendemos por Inclusão o ato ou efeito de incluir. O conceito de educação inclusiva ganhou maior notoriedade a partir de 1994, com a Declaração de Salamanca. No que respeita às escolas, a ideia é de que as crianças com necessidades educativas especiais sejam incluídas em escolas de ensino regular e para isto todo o sistema regular de ensino precisa ser revisto, de modo a atender as demandas individuais de todos os estudantes. O objetivo deste artigo é mostrar que o processo de inclusão necessita de muitos ajustes para que possa demonstrar uma evolução da cultura ocidental, defendendo que nenhuma criança deve ser separada das outras por apresentar alguma diferença ou necessidade especial. Além disso, esta integração assume a vantagem de existir interação entre crianças, procurando um desenvolvimento conjunto, com igualdade de oportunidades para todos e respeito à diversidade humana e cultural. No entanto, a inclusão tem encontrado imensa dificuldade de avançar, especialmente devido a resistências por parte das escolas regulares, em se adaptarem de modo a conseguirem integrar as crianças com necessidades especiais, o convívio contínuo com a família e dos alunos considerados “normais”, e principalmente aos altos custos para se criar as condições adequadas. Além disto, alguns educadores resistem bastante a este novo paradigma, que exige destes uma formação mais ampla e uma atuação profissional diferente da que têm experiência.
2.1     Lei 9394/96
    Com a conquista da aprovação da Lei de Diretrizes Educacionais - LDB (Lei 9394/96) estabeleceu, entre outros princípios, o de "igualdade e condições para o acesso e permanência na escola" e adotou nova modalidade de educação para "educando com necessidades especiais."
    A lei de Inclusão vem gerando algumas controvérsias, tanto no meio acadêmico quanto na própria sociedade, acarretando sentidos distorcidos.
    As escolas regulares, seguindo orientação inclusiva, constituem os meios capazes para combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos.
“As escolas devem ajustar-se a todas as crianças, independentemente das suas condições físicas, sociais, lingüísticas ou outras. Neste conceito devem incluir-se crianças com deficiências ou superdotadas, crianças de rua ou crianças que trabalham, crianças de populações imigradas ou nômades, crianças de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou grupos desfavorecidos ou marginais” Declaração de Salamanca, UNESCO, 1994.
 
2.2  Concepção de Inclusão
Partindo do pressuposto de que a educação é para todos, busca-se reconhecimento e valorização da diversidade e das diferenças individuais como elementos intrínsecos e enriquecedores do processo escolar e a garantia do acesso e permanência do aluno na escola. Acredita-se, para tanto, que os sujeitos podem aprender juntos, embora com objetivos e processos diferentes, tendo em vista uma educação de qualidade. Conforme  CARVALHO,
Especiais devem ser consideradas as alternativas educativas que a escola precisa organizar, para que qualquer aluno tenha sucesso; especiais são os procedimentos de ensino; especiais são as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem. Como esse enfoque temos procurado pensar no especial da educação, parecendo-nos mais recomendável do que atribuir essa característica ao alunado. (2000, p.17)
Tal conceito nos remete a mudanças significativas no contexto escolar no que se refere às questões pedagógicas, relacionais, administrativas e institucionais, garantindo a aprendizagem de todos os alunos, tendo em vista o respeito pela diferença. Nessa assertiva, CARVALHO( 2000, p. 17) “[...] a diferença não é uma peculiaridade das pessoas com deficiências ou das superdotadas. Todos somos absolutamente diferentes uns dos outros e de nós mesmos, a medida que crescemos e nos desenvolvemos. Somos todos especiais.”
A inclusão de alunos/as com necessidades educacionais especiais implica redimensionamento curricular dos processos de ensino-aprendizagem, bem como do acesso aos diferentes espaços físicos da Instituição. 12-13),

Partindo da premissa de que quanto mais a criança interage espontaneamente com situações diferenciadas, mais ela adquire o genuíno conhecimento, fica fácil entender porque a segregação não é prejudicial apenas para o aluno com deficiência. A segregação prejudica a todos, porque impede que as crianças das escolas regulares tenham oportunidade de conhecer a vida humana com todas as suas dimensões e desafios. Sem bons desafios, como evoluir.

Dessa forma, a Escola busca organizar a prática pedagógica, possibilitando a individualização do ensino de acordo com as particularidades de todos os alunos. Atendendo a esse princípio, a Escola trabalha com professor de apoio permanente para os alunos que necessitam de atendimento individual que  é a participação de mais de um professor  em sala de aula.  Pressupõe, sobretudo um trabalho de planejamento coletivo e de colaboração entre os profissionais, centrando-se no contexto do grupo, atendendo não só os alunos com necessidades educativas especiais, mas também as eventuais especificidades dos demais alunos, contribuindo, dessa forma, com o processo de inclusão escolar. As adaptações curriculares, tanto no que se refere às adaptações dos objetivos, dos métodos, como também da avaliação, ocorrem como uma das formas mais específicas de contemplar as necessidades individuais do aluno.
Além disso, entende-se que as discussões a respeito da inclusão devem ser ampliadas e estendidas a toda comunidade escolar, para que haja o entendimento e respeito às diferenças, já que somos todos diferentes com um jeito próprio de pensar e agir. Assim, “[...] é preciso que tenhamos o direito de sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza e o direito de sermos iguais quando a diferença nos inferioriza.” (SANTOS apud MONTOAN, 2003, p.34).
“Todo mundo é melhor em alguma coisa. Alguns são melhores em muitas coisas. Tudo que a escola tem a fazer é dar oportunidades para que cada um descubra e demonstre em que é melhor”. (TENESSE WILLIAN)
Neste contexto para se falar de inclusão é preciso entender o significado de sua etimologia. O termo inclusão vem do latim includere que significa compreender, envolver. Assim sendo, ao se tratar deste assunto devemos levar em consideração que a inclusão nos remete a pensar numa educação de qualidade para todos, sem exceção ou exclusão.
Há certo tempo que os envolvidos com o processo de educação acreditam que os alunos com necessidades especiais necessitam adaptar-se a escola e não a escola a eles. Contudo esta crença precisa ser superada. Pois, assim, possivelmente a escola servirá como suporte para que esse aluno possa ir além de suas limitações ao demonstrar suas reais capacidades e talentos, por vezes escondidos.
Nesse impasse de ideias, percebemos que o caminho para a Educação Inclusiva sugere mudanças no que tange às concepções, bem como no superar o conceito de normalidade estigmatizado pelos educadores e pela sociedade em geral. As pessoas ainda sentem medo do novo, e algumas ainda não se sentem preparadas para enfrentarem em sala de aula alunos com deficiência.
Deste modo, comungamos com a ideia de que a trajetória histórica desses deficientes vem sendo mudada e que o movimento em favor desta classe que fora excluída da sociedade vem crescendo em nível mundial. E assim, tentando abrir para estas pessoas, um mundo de oportunidades seja em nível de ensino, seja profissional ou social ao demonstrarem suas possibilidades.
Contudo, a educação direcionada as pessoas com deficiência mostrou-se lenta durante muitos anos. Somente a partir da década de 90, novas ideologias foram inculcadas favorecendo ao processo de inclusão. A pretensão de favorecer o processo de integração escolar ocorreu mediante a Conferencia Mundial de Educação para Todos, ocorrido na Tailândia nos anos 90. Essa Conferência trouxe para essa parcela da população a possibilidade de melhorias no ensino.
Como ressalta Mendes (2010, p. 22), “o movimento pela inclusão social está atrelado à construção de uma sociedade democrática, na qual todos deverão conquistar sua cidadania, na qual sua diversidade será respeitada [...]”.
Mesmo diante de algumas ideologias e busca por uma educação que englobe não só os alunos ditos normais, bem como aqueles que por um motivo ou outro apresentam alguma limitação, é notório dizer que ainda nos dias atuais ocorre segregação destas pessoas. E tudo isso culmina num processo desigual. Parafraseando Pacheco (2009), as instituições dos tempos atuais refletem nada menos que uma humanização precária, onde a Escola ainda é vista como berço de desigualdades.
Esta configuração, portanto, demonstra a necessidade de melhorias das práticas de ensino que viabilizem o atendimento à diversidade.  Embora percebamos que ainda existem certas divergências com relação à inserção destas pessoas nas classes comuns de ensino das escolas regulares, gradativamente, esta inclusão vem acontecendo.  Contudo alguns problemas ainda são diagnosticados quando se trata da inclusão.  De acordo com Mendes (2010, p. 31) estes problemas seriam devido:

Escassez de ofertas de serviços e consequentemente de   oportunidades educacionais, dado que, para uma estimativa de  demanda de seis milhões, há cerca de apenas 500 mil alunos matriculados; Natureza segregadora, discriminatória e marginalizante das modalidades  predominantes ainda baseadas em escolas e classes especiais; Papel omisso do poder público, em suas esferas (federal, estadual e municipal), na prestação de serviços educacionais  e o incentivo explícito à iniciativa privada, considerando  que a rede privada é responsável por quase que metade das matrículas; Projeções negativas das tendências em termos da evolução dos serviços em relação às necessidades dos usuários....

Mediante toda essa constatação percebe-se que este processo é muito complexo e o caminho para a “inclusão” destes alunos ainda é incerto, pois o mesmo acarretaria mudanças nos paradigmas educacionais.
Segundo Pacheco (2009, p. 33)

A aceitação da diversidade exige o desenvolvimento  de uma pedagogia diferenciada. A escola de hoje confronta-se com uma grande heterogeneidade social e cultural. Esta realidade implica outra concepção de organização escolar, que ultrapasse a via da uniformidade e que reconheça o direito à diferença. É preciso (e urgente!) agir ao nível das práticas pedagógicas, das estruturas e organização das escolas.

Partindo dessa premissa talvez seja possível constatar que ainda existe um ciclo de invisibilidade dentro das propostas educacionais que priorizem o trabalho destinado a essas pessoas. Por representarem à minoria da população, sua necessidade é camuflada e em alguns casos, ignorada. Diante disso, corremos o risco de nos deparamos em sala de aula com estas pessoas e não sabermos de fato como lidar com elas.  Poucos são os profissionais que procuram se aperfeiçoarem e se prepararem para enfrentar tamanha tarefa, que é a de incluir sem excluir.
Pensando assim, em como mudar o processo educacional desta parcela mínima da população e evitar que a escola se torne um espaço de exclusão corroboramos com Carvalho (2010, p. 38) que:

A inclusão é uma proposta transformadora de toda a comunidade escolar; Há transformação de paradigma, nos procedimentos de refletir a respeito e na prática pedagógica dos professores; Os professores precisam ser preparados para receber e dar suporte; Os professores sentem-se muito inseguros diante dos desafios e porque há cobranças dos pais, em geral; Incluir na escola não é tarefa fácil porque as escolas são espaços excludentes.


Buscando o aprofundamento da educação com vistas à educação inclusiva o pedagogo bem como a equipe pedagógica, necessitam preparar-se e tentar adequar suas escolas para receberem estes alunos. Hoje, finalmente, se percebeu que cabe a escola se adaptar às necessidades deles e não o inverso, tudo isso na tentativa de atender com qualidade toda a diversidade existente.  
Apesar de ainda existirem divergências na atitude pedagógica de muitos professores, compreende- se que cabem a eles as adaptações de pequeno porte.  Tais adaptações consistem em adequar materiais, bem como favorecer a diminuição do sentimento de menor valia, sentimento tido pela maioria dos deficientes; entre outras adequações. Este professor precisa ser aquele profissional flexível, empático e capaz de perceber que essa diversidade serve como uma oportunidade de enriquecimento, interesse e motivação por parte destes alunos.  
Como enfatiza Carvalho (2010, p. 44) “a proposta de educação inclusiva como remoção de barreiras para a aprendizagem e para a participação tem como pressuposto que todos são capazes de aprender”.
Segundo estudos, as pessoas com deficiência são mesmo capazes de aprender, mas para que todo esse processo de aprendizado ocorra, é imprescindível que haja uma efetiva colaboração da família, dos profissionais envolvidos com este trabalho dedicado à educação especial, bem como do próprio aluno.

3. Pesquisas realizadas com professores que não possuem orientação pedagógica:

Este estudo tem o intuito de pesquisar  a importância da contribuição do pedagogo para o processo de inclusão educacional.
A pesquisa foi realizada através de questionários aplicado individualmente aos professores que tem ligação direta com aluno com necessidades especiais, na Escola Municipal “Dom Bosco” Ensino de Educação Infantil e Fundamental, no Município de Abatiá, onde não possui o profissional Pedagogo.
Quando me deparo com um aluno especial não sei o que fazer minha reação é de incapacidade...  (Professor de Educação Infantil ).
    As pessoas com deficiências são vistas de forma distorcida, mesclando entre pena e resignação à sua limitação. A “informação” conhecimentos específicos é escassa, em todas as categorias profissionais. (Professor do Ensino de Nove Anos do Ensino Comum)
    “... tem uns que tem... dificuldade e facilidade para aprender (...) tem “os que têm mais dificuldade e os que têm menos dificuldade”...” outros que não conseguem “calcular...” me sinto incapaz sem saber o que fazer. (Professor do Quarto Ano do Ensino Comum)
    “... não sabe ler, não sabe nem escrever... porque a parte intelectual deles é lesionada. É aquela parte do cérebro que não elabora. Aquela viscosidade (... Não tem como! Por mais técnica que você tenha de alfabetização, de técnica pedagógica, não elabora...” (Professor do Quinto Ano do Ensino Comum )
“olho pra carinhas do meu aluno com deficiência intelectual fico pensando qual o futuro deles... o que eu posso fazer...” (Professor do Sexto Ano do Ensino Comum).

3.1 Pesquisas realizadas com professores que tem orientação pedagógica:

A pesquisa foi realizada através de questionários aplicado individualmente aos professores que tem ligação direta com aluno com necessidades especiais, na Escola “Algodão Doce” Ensino de Educação Infantil e Fundamental, no Município de Abatiá, onde possui o profissional Pedagogo.
“... chorei muito de início, chorava o dia todo, todo dia chorava... vinha do serviço, eu chorava, eu via uma deformidade, eu chorava, sabe?” Mas com a orientação e conversa com Pedagoga da escola fui compreendendo e visualizando a forma de aprendizagem do meu aluno, hoje trabalho com alunos inclusos com segurança se medo. (Professor de Educação Infantil)
    “...Tinha uma visão distorcida sobre inclusão”... Mas aprendi a trabalhar e respeitar os alunos especiais através das orientações pedagógicas que obtive ao decorrer do tempo. (Professor do Ensino de Nove Anos do Ensino Comum)
    “... achava que eles eram bobos e não entendia nada”... Ao passar do tempo percebi que os bobos eram nos professores que não enxergava a potencialidade e as limitações desses alunos tão especiais e que nos aprendemosmas do que  ensinamos . ( Professor do Quarto Ano do Ensino Comum  )
    “... tinha medo, receio, de trabalhar com os alunos inclusos”... Hojetenho preferência de lecionar para essa clientela . (Professor do Quinto Ano do Ensino Comum)
“... são especiais pessoas maravilhosas”... Suas diferenças se tornam mínima quando começamos a entender e compreende-los. (Professor do Sexto Ano do Ensino Comum).










1.    Considerações Finais

    Este Artigo levou a conhecimentos teóricos muito importantes, mas ainda sim, deve ser considerada a identificação de limites e alcances cognitivos, motores e afetivos dos alunos especiais. No entanto, para conhecer as dificuldades dos processos de ensino/aprendizagem das pessoas com necessidades especiais, necessita-se do diálogo entre a família e as diversas áreas do conhecimento, tais como a ciência médica, psicológica, sociológica, pedagógica e dentro deste contexto, o pedagogo é o elo entre essas áreas, a respeito do sucesso ensino/aprendizagem nesse processo de inclusão.
    A ausência destes conhecimentos limita as mudanças, restringindo também os papéis que a criança com necessidades especiais pode representar tanto na escola como na sociedade. Essa ligação traz contribuições importantes, inclusive para o aluno e permitem ao professor fundamentar suas ações.
    Ter acesso aos outros profissionais, como fonoaudiólogos e fisioterapeutas envolvidos no desenvolvimento deste indivíduo, com certeza trazem contribuições significativas para as ações do professor em sala de aula.
    O ponto essencial deste artigo é a relação pedagogo x professor x aluno. Um melhor entrosamento, envolvimento desses agentes, com vistas a criar esclarecimentos a respeito das necessidades especiais e suas desmistificações. Os referenciais teóricos tocantes à esse processo é a chave para o sucesso da inclusão, com isso os professores alcançam novos patamares de qualidade no decorrer ensino/aprendizagem.
    À medida que os profissionais convivem e adquirem maiores informações sobre a condição especial do aluno com necessidades especiais, maior é a tendência em aceitá-los, por isso a inclusão é tão importante.
    Pessoas com necessidades especiais têm apresentado avanços impressionantes e rompido muitas barreiras. Em todo o mundo, há pessoas com graves limitações estudando, trabalhando, vivendo sozinhas, se casando e chegando à universidade.
    As pessoas com necessidades especiais não podem ser considerados “anormais” ou “desviantes”, muito menos serem “dignos de piedade”. Não devem ser vistos como um conjunto de imagens negativas favorecendo a segregação, mas sim como uma pessoa que tem capacidade de se tornar independente.

























Referências
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