Pode Ser Como Pode Não Ser... E Aí?



Pode ser como pode não ser... E aí?


Tudo o que hoje se fala, discute ou escreve é rebatido pelas ‘máfias’ e ‘poderosos de plantão’, infiltrados por essas quadrilhas em todos os segmentos, de forma a desqualificar os debates sérios e necessários à sociedade. Eles já possuem respostas prontas e gostam muito de afirmar que os assuntos mais importantes e urgentes de reflexão são óbvios, ou que aqueles cidadãos mais esclarecidos, têm mania de perseguição, ou que são pessimistas, ou, ainda, que são da ‘esquerda’ ou da ‘direita’, dependendo daquilo que mais lhes interessar no momento. O objetivo dessas quadrilhas é único: desqualificar e esvaziar os debates, não permitindo, nunca, jamais, que o povo se organize e que tenha o direito de refletir e do livre pensar.

Para desqualificar os debates, utilizam-se da afirmativa categórica de que é preciso agir ao invés de escrever e refletir. Entretanto, sempre que são solicitados a dizer qual a melhor forma de ação ou solução ou qual a melhor estratégia para a implantação de projetos, jamais sabem se posicionar ou apresentar algum plano concreto e científico. É óbvio que nada sabem, a única coisa que sabem fazer é a cooptação através de atos de corrupção, de ameaças diretas ou veladas e de intimidação. Quadrilha funciona assim: desqualificação, vulnerabilidade, intimidação e cooptação. Trabalho sério acontece pela conscientização, pela reflexão, fortalecimento e qualificação do povo. São formas de agir totalmente opostas. Uma é oportunista e egoísta e a outra é ética, séria, verdadeira e real, e para todos. A transformação acontece pelo conhecimento.

É de se pensar, e muito, sobre os últimos acontecimentos em nosso país. São graves, gravíssimos! Não seria necessário nem se fazer tal afirmação, pelos próprios resultados e interferência que estamos sentindo em nossas vidas, tanto particulares como profissionais e institucionais. Entretanto, pela forma dúbia e sorrateira de como os fatos são apresentados ou se apresentam, é prudente refletirmos sobre essa literal gravidade.

Qual o objetivo que alguém, ou algum grupo, possa ter ao querer desqualificar e enfraquecer uma instituição ou as instituições? Que jogo é esse, que estratégias são essas? A quem elas servem? Para que elas vêm? Que poderes são esses que a eles não interessa instituições fortes? Que poderes são esses, que a cada fato a lei tem uma interpretação diversa daquela que carrega nossa Carta Magna, sempre priorizando os interesses de alguém em específico e não da coletividade que construiu a ‘Constituição Cidadã’?

Em que país estamos vivendo? Algum dos senhores que está lendo esse artigo tem segurança em alguma coisa nessa nação brasileira? Algum brasileiro tem esperanças no futuro? Algum brasileiro morrerá feliz ou realizado em seu ‘berço esplêndido’? O que você, seja de que classe social ou econômica for, espera para seus descendentes? Você não fica constrangido ao ter de dizer a seus filhos que, mesmo que você trabalhe, estude muito, se dedique profundamente a seus ideais e obrigações, não consegue galgar aquilo que seria, por direito e conseqüência de seus atos, seu? Como explicar a nossos filhos que, se não compactuarmos com situações despidas de ética, de honra, de valores, de virtudes indispensáveis à construção de uma sociedade justa e para todos, não conseguiremos nos projetar como cidadãos e profissionais respeitados? Basta aludirmos alguma idéia em prol do todo e da justiça social, para começarmos a ser perseguidos e banidos de qualquer atividade social, classista, comunitária, institucional, etc.

Precisamos nos atentar para isso. Urge compreender que nem os governos se livram desses ‘poderes escusos’, que são construídos e protegidos por grandes estruturas mafiosas. Eles atuam como ervas daninhas ou cânceres, se alastram por todos os setores sociais, nossas instituições estão sofrendo com ‘eles’. São profissionais do crime organizado. Vivem disso, esse é o seu ‘trabalho’. São pessoas desprovidas de qualquer virtude ou valor ético. Tanto faz estar no partido político ‘A’ ou ‘B’, pois não têm convicções ideológicas; têm, sim, ganância, esquizofrenia, obsessão - querem, a qualquer preço, ter o controle de tudo e de todos, mesmo que para isso seja preciso matar, perseguir, torturar, infiltrar, grampear, mentir, ludibriar, enfim, ser bandido, desumano e cruel, muito cruel. Mas também não serve ser somente bandido, é mister ser o bandido do colarinho branco e, principalmente, de grifes famosas, pois esta é mais uma das formas de intimidar o povo pobre, humilde e manipulado por eles mesmos, que acredita que aquela figura ‘engomada’ que ali se apresenta tem a capacidade de resolver seus terríveis e contínuos problemas vitais.

Os bandidos vivem assim... E você vive do que? Trabalha quantas horas por dia para sustentar sua família? E, lembre-se, também para sustentar esses bandidos. Tira quanto por cento de seus ganhos para pagar impostos? Consegue planejar seu futuro? Consegue cuidar de sua saúde? Isso você nem pensa, não é mesmo? Corre dia e noite pensando sempre em como cuidar de sua família, que mágicas criar para que tudo dê ‘certo’ (!). Não é assim que noventa e nove por cento dos brasileiros vive?

É algo ímpar na história mundial. Todos os poderes podres do mundo estão ‘adotando’ o Brasil para colocar em prática seus megalomaníacos projetos. Tudo que aqui chega é dúbio, tudo tem duas caras, tudo é coberto pela dúvida, tudo é lançado em forma de BEM e MAL. E isso não é de graça, nada vem por acaso. Ao retirarem os direitos fundamentais do povo, deixam-no vulnerável e enfraquecido, conseqüentemente desinformado, sem cultura, tendo assim dificuldade em interpretar aquilo que lhe é ‘oferecido’ nos ‘programas de governo’ e veiculado por grande parte da mídia antiética e corrompida, que sem dó alguma de seus compatriotas lança mensagens subliminares maldosas, destrutivas, isso para se dizer o mínimo.

Hoje vivemos uma ditadura velada, onde essa máfia que está em todas as partes do mundo, enxerta seus membros em qualquer lugar que lhe interessa dominar, independentemente do tipo de governo implantado em cada nação. Isso é mero detalhe: o tipo de governo, ou quem está no poder de cada nação, representa, simplesmente, o tipo de estratégia e qual o ‘modus operandi’ que essa máfia precisará para se articular, se com mais ou menos infiltrações, etc., dependendo de com quem poderão se aliar para colocar em prática seus planos de dominação, humilhação e segregação do povo. Essa é a realidade hoje em nosso país.

Precisamos ter coragem para enfrentá-la. A proposital insegurança social a que é exposto o cidadão, deixando-o com medo de tudo, é uma das estratégias a serviço das máfias, que visam à dominação através das formas mais truculentas e sorrateiras.

O objetivo desses ‘poderes escusos’ é manter o controle econômico/financeiro mundial e para isso é necessário ter povo pobre, faminto, inculto, medroso, desencorajado, desesperado, desacreditado, doente, enfraquecido, desrespeitado, sujeitado, pois precisam de ‘escravos’ e ‘soldados de batalha’. Para tudo isso acontecer, é mister que a instituição família desapareça e que as demais instituições estejam fracas e desacreditadas. A intenção é colocar tudo e todos em dúvida! Quando não há respeito e hierarquia, não há educação e nem cidadão fortalecido. A aprendizagem acontece, quando há respeito, afeto e admiração pelo educador e pelos pais. Quando os pais e a família estão desacreditados, enfraquecidos, humilhados, surgem os conflitos e criam-se os delinqüentes. Com as instituições acontece o mesmo, desacreditadas e enfraquecidas pelos inúmeros fatos de corrupção, o povo passa a não ter mais a quem recorrer e acaba nas mãos dos ‘salvadores da pátria’, aqueles aproveitadores de sua própria torpeza.

É preciso estar alerta! É urgente um posicionamento daqueles mais esclarecidos, é necessária a demonstração pública de coragem, pois ela encorajará outros cidadãos e assim sucessivamente. Precisamos de um levante em nosso país, de uma injeção de ânimo. E essas máfias jogam e se aproveitam da dimensão de nossa pátria, o que torna muito mais difícil a organização do povo, uma vez que não conta com os recursos financeiros desses ‘poderes escusos’. E é importante lembrar, que os recursos financeiros dessas máfias, são aqueles que foram roubados de nosso povo, através de todas as formas de corrupção que já conhecemos, sendo a mais cruel delas a morte de crianças pela desnutrição. Crianças essas que passam pelo mundo somente para sofrer profundamente, na maioria das vezes sem sair daquele pequeno barraco onde nasceram. O que poderá valer mais do que a vida de um filho? Seja nosso de sangue, ou um filho de nossa pátria.

Meus compatriotas, precisamos estar sempre alertas, pois tudo pode ser como pode não ser aquilo que estamos vendo ou imaginando. Essa dubiedade faz parte da tática e da estratégia dessas máfias. Lançar e implantar a dúvida é o sucesso desses malfeitores. Precisamos estar atentos e ter o senso crítico necessário para instruir nossos filhos, conversar com os amigos, com nossos funcionários, com nossos com nossos parentes mais próximos, de modo a mudar o jogo para salvar nosso país e possibilitar a vida para nossos descendentes. A tragédia social já está instalada e o fim dessa história dependerá de cada um de nós.

Carmen Pio
Advogada
14.09.2008


Autor: carmen pio


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