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Metro quadrado carioca vale mais que o dobro paulista

A base socioeconômica carioca melhorou bastante nos últimos anos, fato a ser comemoradas pelo comércio e demais camadas de negócios do Rio de Janeiro. E, dentre essas camadas, uma das que mais prestou atenção nesse acontecimento foi a imobiliária. Mas também existe outra questão importante: a escassez no estoque de imóveis de luxo no Rio de Janeiro.

Estamos falando dos bairros luxo, diga-se de passagem. E aqui o apelo carioca é fortíssimo: além do já tradicional apelo turístico internacional, existe também a pouca oferta de terrenos e grandiosa demanda, que ajudam a explicar que o metro quadrado mais caro do Brasil fica na capital fluminense, ganhando com extrema facilidade da Zona Sul paulistana.

Para se ter uma ideia, fizemos uma comparação entre os bairros mais tradicionais no quesito luxo, e o metro quadrado de um apartamento em Ipanema, no Rio de Janeiro, pode custar mais do que o dobro de um imóvel no bairro Vila Nova Conceição, o bairro mais nobre e caro de São Paulo. A explicação fica no apelo turístico: o Rio é global. Existem compradores de todos os cantos do Brasil e do exterior. Gente de todas as nacionalidades querendo um imóvel de qualidade na cidade do Rio de Janeiro, fazendo com que a oferta seja grande. E o valor também.

Os números comprovam: o preço médio do m² de lançamentos no bairro de Ipanema chegou a R$ 36,660. Já no Leblon esse número caiu pela metade, chegando a R$ 17,900, mas querendo ou não ainda muito acima de média do país. Só que na média entre todos os apartamentos, o Rio de Janeiro cai para a 11º.

A explicação se dá por causa da dispersão de importância que ocorre entre os imóveis no RJ, por conta da pirâmide social grande que existe. Por isso, cidades do interior paulista, como Santos e Campinas, figuram na frente da capital carioca.

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