Sanidade e loucura



Sanidade e Loucura

Wanderson Vitor Boareto

Resumo

A loucura e a sanidade estão lado a lado por toda a história da humanidade. Todas as debilidades que a sociedade vem sofrendo através dos tempos. Homens e mulheres enfrentam atos de loucura nas atitudes e maneira de viver. A loucura está presente na vida do homem moderno.

Palavras Chaves

Loucura, Sanidade, Sociedade, Postura, Pensamento.

Durante séculos a sociedade vem sendo forjada por sábios e loucos, mas o que os difere? A loucura da sabedoria tem diferença, se tiver um por que. Grandes sábios foram condenados as fogueiras da inquisição. Quando Nero incendiou Roma, foi considerado um louco ou um Deus?

Neste sentido, a loucura ocupou seu palco na história da humanidade, e na vida das pessoas. É sano pensar que o homem irá estudar, trabalhar, construir família e depois de vários anos de sacrifício e angústias ele acabará em uma cama de hospital ou em uma casa de idosos. Onde está a sanidade nesta proposta de vida?

A morte é a única verdade indiscutível, a velhice é uma realidade que todos os seres humanos vão passar. Aristóteles em sua Obra “A Política” ensina que a questão não é envelhecer, mas como envelhecer, isso segundo ele faz toda a diferença. A pergunta é: acreditar nisso é uma forma de loucura? O que é qualidade de vida? Esta qualidade tão discutida nos dias atuais é sano ou insano?

Quando se analisa a loucura temos em mente pessoas doentes andando de um lado para outro com roupas grandes e uma baba escorrendo pela sua boca, como em filmes que muitas vezes assistimos no cinema. No entanto, vai, além disso, pois os parâmetros de análise que temos são muito limitados já que a loucura e a sanidade são apenas uma questão de óptica. Pensando assim todos temos momentos de debilidade mental, tanto é verdade que as clínicas de análise e tratamento psicológico estão repletas de pacientes.

As crises sociais são uma verdadeira loucura, já que uns tem tão pouco e outros tem tanto, os índices de estupro e abuso de menores estão aumentando a cada dia. Jovens, estão entrando no mundo do crime, das drogas e do álcool que a cada dia se torna mais comum na vida das famílias. Isso é normal, será que grande parte da sociedade é louca ou tem uma sanidade real?

Esta semana um rapaz Americano entrou em um cinema e atirou em várias pessoas a queima roupa. Matando quatorze pessoas. O que o levou a essa atitude? A loucura? Talvez o sistema, a política ou a cultura sejam loucos. Erasmus de Roterdã, em sua obra “Elogio a Loucura”, trabalha várias visões da loucura, mas enfatiza o bem que a loucura causa à sociedade.

Em uma palestra, na UFMG, de filosofia do Direito, o professor dizia que as leis eram tratadas para evitar à loucura social e a ética a ferramenta que media o grau de equilíbrio entre os mais e os menos favorecidos de uma comunidade já que a ética trabalha uma harmonia universal, ou seja, bem comum. Penso nisso vem sempre a dúvida: isso é um grau de loucura?

O aprender é sano ou é louco? Ouço muito a seguinte afirmação: quem estuda muito fica louco ou aquele indivíduo é tão inteligente que é meio louco. Neste sentido, a loucura e a sanidade tem a mesma abordagem. O homem é um ser social, pensante, é um ser com graus de loucuras diferentes, tudo depende, a vida é uma variável entre ricos, pobres, crianças, velhos, homens e mulheres, pois todos têm um grau de sanidade e um grau de loucura. O que faz a diferença é tentar entender isso tudo, e assim trabalhar todas as minhas debilidades e transformar os defeitos em virtudes.

Bibliografia

TARNAS, Richard, A Epopeia do Pensamento Ocidental, Ed Bertrand Brasil, 2002, Rio de Janeiro, RJ;

BECCARIA, Cesare, Dos Delitos e Das Penas, Ed Martin Claret, 2000,São Paulo, SP;

BROCA, J.Brito, Pensadores Franceses, Ed W.M.Jackon Inc. , 1960,São Paulo, SP;


Autor: Wanderson Boareto


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