Gestão De Pessoas



Gestão de Pessoas
 

Questões:

1 – A importância do conhecimento acerca de gestão de pessoas para o profissional de pedagogia.

O termo Gestão de Pessoas está sendo muito discutido nos dias atuais, porém, ainda não se tornou uma prática efetiva em todas as áreas de atividades humanas. A gestão de pessoas inicialmente foi sendo introduzida no âmbito empresarial, e hoje busca seu espaço no ambiente escolar.

Para o profissional de pedagogia, o conhecimento em gestão de pessoas se torna necessário, pois a escola também é uma instituição, tal qual a empresa, e seu produto é o conhecimento. O processo educacional envolve uma hierarquia administrativa, e uma organização que atende a clientela, cercada de regras e normas.

Portanto, para uma administração gestora, é necessário que se entendam os princípios que esta nova forma de administração considera, como a desmistificação da gestão anterior que tratava apenas de treinamento e liderança, passando a favorecer o ato cooperativo, criativo, conciliando as questões humanas e individuais, e refletindo constantemente sobre a prática educativa e a construção do conhecimento, uma vez que a educação é um processo de desenvolvimento continuado e precisa de atualizações e renovações constantes.

2 – A diferença de concepção de gestão de pessoas e recursos humanos.

Recursos Humanos – RH é conhecido como um departamento empresarial que trata da seleção e contratação (ou demissão) de mão de obra para um determinado fim. Esse departamento segue regras de seleção de trabalhadores conforme a necessidade da empresa e conforme a qualificação do candidato, que por vezes, pode ser um excelente colaborador e acaba sendo desclassificado por meras burocracias.

Nesse sentido, a Gestão de Pessoas busca incrementar o processo de seleção baseando-se nas potencialidades do trabalhador, antes da análise propriamente burocrática, alinhando a política do setor à organização e metas da empresa. Esse processo é feito com a colaboração de todos os setores da empresa.

Em se tratando da questão educacional, seria a forma de encontrar profissionais comprometidos com o seu trabalho e colaborador do grupo, que se dedica, se atualiza, sabe se relacionar toma decisões e compartilha seu conhecimento, ensina e aprende, atendendo assim as exigências da instituição.

3 – Os papéis de administrador de conflitos e de motivador do gestor de pessoas.

Ser um administrador de conflitos é ser capaz de analisar uma situação buscando a solução do problema de modo que sua ação seja direcionada para um entendimento. A exposição de culpados, e as acusações concentram grande parte do tempo, além de desgastarem as pessoas envolvidas. Se houver distinção de culpados ou causadores do problema, estes deverão ser ouvidos e saberem que tiveram uma atitude inadequada, mas isso se pode fazer de modo respeitoso e sem platéia, resultando depois, num entendimento mútuo e reconhecimento de erro.

O diálogo é uma forma bastante positiva no estabelecimento da ordem, embora às vezes seja um pouco difícil, necessitando de um maior argumento em favor de todos os envolvidos. Para ser um bom gestor, precisa-se conhecer e respeitar a personalidade, valores e crenças dos envolvidos, para que suas palavras e ações não comprometam o grupo.

Por fim, este gestor precisa estar atento ao seu papel de administrador de conflitos e tentar solucionar os problemas que surgem, de maneira natural, buscando e aplicando estratégias de ouvir e falar, e acima de tudo, ter humildade para assumir erros e reparar ações mal interpretadas. Precisa ser um profissional capaz de motivar o grupo a agir em benefício do próprio grupo, oferecendo novas visões de coletividade, além de promoções pessoais dentro dos padrões da instituição, visando assim a auto-realização de cada um.

4 – A exigência, tanto para os educadores quanto para os alunos de ter uma visão globalizada.

Vive-se a era do conhecimento em tempo real, do avanço tecnológico e novas formas de aquisição de informações, passando do pensamento cartesiano para o pensamento global. Uma visão globalizada compreende questões de entendimento e interpretação de fatos e acontecimentos, compreendendo uma postura crítica e reflexiva acerca daquilo que é apresentado.

A visão globalizada permite que se estabeleça uma compreensão sobre o ser humano enquanto ser social, que vive em conjunto e necessita estar inserido num contexto social. Dentro destas questões, estão as relações sociais e as emoções, que fazem parte do indivíduo e precisam ser entendidas e trabalhadas.

Para os educadores, é necessário que se tenha claro, que a informação por si só não garante a aprendizagem, ou seja, é preciso que essa informação seja transformada em conhecimento, para que resulte em uma ação. Todo conhecimento origina mudança de comportamento, e assim, encontra resistência.

É preciso que se estabeleça uma forma de pensamento global, para que se possa agir no local onde se encontra, fazendo uma ligação entre as formas de conhecimento e culturas diferenciadas, enriquecendo-as ainda mais. Também, com a globalização, o diálogo e as relações sociais estão ficando cada vez mais reduzidos, apesar do encurtamento das distâncias entre as pessoas, e os educadores precisam trabalhar a importância do diálogo, do encontro e discussão de idéias para que se efetive uma sociedade de verdadeiros cidadãos.

5 – As relações afetivas e intrapessoais.

Em se tratando de relações afetivas, observa-se que a evolução tecnológica e globalizadora acaba afastando as pessoas por conseqüência de uma vida cheia de compromissos e trabalho. As relações intrapessoais dizem respeito ao indivíduo consigo mesmo, o que pode sofrer influências externas positivas ou negativas, e que podem interferir na personalidade, nas crenças, atitudes, opiniões e sentimentos.

Uma pessoa que esteja bem consigo mesma, é capaz de se relacionar mais e de forma melhor, estando inclusive motivada em suas tarefas, responsabilidades, obrigações. Portanto, a relação afetiva torna-se uma ferramenta poderosa, capaz de equilibrar ou desequilibrar a relação intrapessoal de qualquer pessoa.


Autor: Marilia Kostecki


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