Escolas e universidades para o mundo virtual ?



Quanto mais contextualizado o for o ensino,  mais próximo estará de transmitir a compreensão  da realidade do cotidiano da vida. Isto adiciona a importância do tema ao aprendiz , o qual se envolverá mais emocionalmente e focalizará maior atenção ao valor intelectual  das informações . A força da influência do ambiente físico e sobretudo psicosocial no indivíduo é decisiva no seus comportamentos. E puras informações tecnologicas ou científicas, não são normalmente objeto de atenção duradoura para aprendizes, caso estas informações não sejam contextualizadas com a realidade vivenciada no contexto psicosocial onde convive. Pedagogia é isto, conseguir trazer a motivação para o envolvimento do aluno como participante na compreensão.  

No Contexto da Neurociência, quando múltiplos  canais neurais estiverem envolvidos no aprendizado, maior numero de áreas cerebrais serão recrutadas,inclusive aquelas  do inconsciente emocional ,as quais dominantemente  participam na consolidação do aprendizado.  Este processo, aprimora a atenção dedicada pelo aprendiz no processo de aprendizagem e potencializa o esforço do professor na sua função.

Devido, justamente a essa interpretação dos mecanismos neurobiológicos envolvidos  é o fato amplamente conhecido " só a pratica ensina ", mas pouco explorado pelas escolas e universidades tornando os aprendizes (alunos) meros participantes passivos do processo de aprendizagem. A conseqüência disto é a grande desmotivação revelada pelos alunos, tornando as escolas ou as aulas  penosas tarefas. 

Também os professores , pressionados por uma metodologia educacional massificante e produtivista,  tentam esconder constrangimentos nessa forma de atuação profissional. Segundo Ken Robinson  as escolas precisam sofrer uma revolução,pois estão acabando com a capacidade criativa dos alunos.

As Universidades deixaram de ser  locais de produção de pensamentos, professores e alunos são pressionados a produzir deixando pouco ou nenhum espaço para  reflexões criativas e inovadoras. Estamos subestimando as capacidades neurobiológicas de nossas crianças e especialmente de  jovens, tão conflicatados dentro de uma sociedade ainda fortemente consumidora. Estamos  mediocrisando  a forma de ensinar e aprender.

Nascemos inteligentes e com capacidades de aprender,mas não podemos perder a capacidade de sonhar ou estaremos reproduzindo cidadãos despreparados para inovações que lhes permitam adotar habitos e condutas para a sustentabilidade tão demandada no Brasil. Combater analfabetismo funcional, ainda presente  mesmo no meio universitário e a falta de maturidade para tornar-se um profissional comprometido com a capacidade de impor-se ao mercado pela competência é o objetivo. As escolhas profissionais não deve obedecer apenas a critérios mercadológicos. Devem pautar-se por  reconhecimentos das motivações e potencialidades reveladas desde criança e ao longo de sua vivência no aprendizado formal bem como das vocações advindas do aprendizado  informal ,que deve ser considerado também. Quando fazemos o que gostamos, geralmente agradamos mais aqueles que nos observam.


Autor: Carlos Hohl Abrahao


Artigos Relacionados


Aulas Que Agradam Alunos E Professores

O Tangram Como Objeto De Aprendizagem

O Magistério Foi A Que Mais Sofreu Deteriorações.

Ética, Ideologia E Poder Na EducaÇÃo FÍsica Na PercepÇÃo De Professores De TrÊs Escolas Da RegiÃo Metropolitana De BelÉm

"ten Ways To Build Rapport With Your Students"

Aprendizagem Com Mobilidade: Uma Reflexão Sobre O Tema.

AvaliaÇÃo