Nem sempre as mudanças significam aprendizagens
Nem sempre as mudanças significam que aprendemos. Muitas vezes elas só encobrem os nossos medos e fragilidades, através de artifícios e truques comportamentais sem qualquer profundidade. Mas o ser humano é pródigo na arte de enganar-se e ao outro e essa habilidade pode mantê-lo seguro e a salvo de qualquer invasão de privacidade. Especialmente quando estão em jogo, seus sentimentos, desejos e valores.
É engraçado observar como se comportam certas pessoas que se dizem adultas, só porque passaram dos vinte e poucos anos. Até parece que a idade é um atestado de experiência e maturidade, o que até poderia ser se não se levasse em consideração o livre arbítrio do ser humano em optar pelo o fingimento e a dissimulação em detrimento de uma aprendizagem.
O fato é que as verdadeiras aprendizagens requerem mudanças legítimas e sinceras, de outra forma, constituiriam apenas, máscaras comportamentais momentâneas ou circunstanciais.
Para haver aprendizagem real e consistente, além de legítima ela deve ser espontânea, portanto, deve ser desejada pelo ser humano. Quando circunstâncias alheias à sua vontade o conduzem a uma determinada aprendizagem, esta poderá ser legítima, mas não será necessariamente, autêntica, porquanto não foi espontânea ou seja, desejada. É necessário que queiramos busca-la, que queiramos construí-la a partir das nossas experiências de vida, sob todas as circunstâncias.
Aprendemos quando nos permitimos conhecer, refletir e incorporar conhecimentos diversificados sobre o nosso mundo interno, cheio de subjetividades e suas relações com as subjetividades do “outro”, dentro de um contexto maior que é o mundo exterior que os engloba.
“Simulamos” aprender, quando construímos nossas experiências sem um vínculo real com a “verdade”, apenas tomando-lhe emprestado a força do seu significado na representação social.
Autor: Magda Dantas Calíope Sobreira
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