Contra-ataquem a Europa!



CONTRA-ATAQUEM A EUROPA!

Enquanto a Europa e os Estados Unidos bombardeiam, sangram, sabotam e desgraçam o mundo, idiotas tupiniquins para lá viajam e lá deixam os seus dólares. Quanta falta fazem os bilhões ao Brasil! Empobrecem o Brasil, levando daqui recursos que servirão alhures para armar e enriquecer os já ricos e superarmados soldados e mercenários que saqueiam tantos outros povos. Em sua pouco santa inocência, decerto terão até aplaudido quando a bandeira olímpica foi entregue a veteranos da guerra contra o Iraque, durante recente cerimônia nas Olimpíadas de Londres. Quanta ingenuidade! Quanta despolitização! Querendo apenas diversão em seu individualismo alienado, essa quinta-coluna de inocentes úteis alimenta o monstro ianque, enquanto este faz de todo o mundo o seu pasto ensanguentado.

Os gringos estão em guerra contra o Irã e tudo se passa na cabeça desses turistas idiotas como se nada de anormal estivesse acontecendo. Talvez só fossem perceber alguma coisa estranha se Obama se fantasiasse de um Hitler de Hollywood e se declarasse engajado no extermínio de todas as criancinhas do mundo. Mas a mídia reserva a fantasia de Hitler só a seus inimigos. Bush e seus epígonos são répteis peçonhentos e, como uma cobra, devem ser tratados à base de pauladas na cabeça.

A guerra contra o Irã significa uma guerra contra o mundo, e uma guerra contra o mundo significa uma guerra contra nós  mesmos, a humanidade morena do Sul do mundo. Os bravos voluntários de nossa defesa devem se lembrar de que a melhor defesa é o ataque. Os mujarredins estão na frente de batalha, mas todos devem colaborar com eles na retaguarda, pois a frente está sempre se deslocando e não tardará muito até que sejamos envolvidos na luta. Ou lutamos juntos para vencer, ou perderemos a guerra, cada um a seu tempo, lutando sozinhos e em vão.

Portanto, nossa solidariedade à Palestina, ao Irã, ao Afeganistão e a qualquer outro país onde o neocolonialismo europeu tenta derrotar a resistência anti-imperialista não pode ser apenas moral ou intelectual. Os agressores devem experimentar da violência com que martirizam tantos povos dignamente insubmissos.  Sejamos todos instrumentos da justa vingança!

Ante a dominação saxônica, a humanidade já sofreu uma terrível perda. A maravilhosa raça dos agarenos, outrora orgulhosos filhos do Profeta Maomé, que chegaram a dominar e civilizar a Europa, agora vê-se humilhada e despojada, sob o poder de uma casta  sanguinária de tristes palhaços e traidores a serviço de interesses ocidentais. Isto custou ao mundo árabe a riqueza fácil do petróleo: as potências ocidentais fizeram da raça do Profeta uma raça de lacaios.

Enquanto a nojenta oligarquia árabe comprava hotéis de luxo em Nova Iorque ou times de futebol cujas partidas seus representantes orientam humoristicamente à beira do gramado, ela mesma dava provas não só de que havia muito perdera o grande jogo do poder mundial, mas também de que passara a fazer o jogo dos inimigos de seus povos. A independência árabe afundou em “suas” reservas de petróleo. Suas cúpulas dirigentes venderam-se às oligarquias ocidentais sugadoras de petróleo e sangue árabes. Uma revolução mundial não seria de esquerda ou direita, mas de cima, porque dela é a missão sagrada de resgatar o poder árabe caído ao chão. O elite dirigente árabe está no chão, e seus porcos chafurdam na lama de petróleo. Em suas costas estão as marcas de botas de ianques, ingleses, alemães, franceses, ingleses, noruegueses, portugueses, espanhóis, australianos, neozelandeses... Todos os donos europeus do mundo agora submetem e humilham os árabes.

Ainda não estão satisfeitos. Ainda há povos, ainda há capitães que lhes resistem, aos quais os gringos  querem dar o mesmo triste destino que deram aos povos da península do Profeta. Um desses campeões da resistência é Ahmad Ahmadinejad, o altivo estadista iraniano e guia do mundo. Esse homem tem honrado a tradição de glória das majestosas raças orientais. Ele desafia o império ianque, ele não aceita render-se ao poder germânico da Europa, ele dá exemplo de independência e dignidade.

Isso tudo, entretanto, podia ter apenas a forma patética da retórica de luta, como tantas vezes sucedeu aos humilhados povos ao sul do Saara. Mas não, felizmente o mundo foi poupado de mais uma vã resistência verbal desmentida pela triste realidade de povos incapazes de resistir, lutar e vencer. A esses infelizes povos da África, perdedores de si mesmos, perdedores por natureza, só resta viver da autoilusão da igualdade, não a igualdade apoiada na luta e nas armas, na política e na economia, mas naquela que se vê  nos cursos de Antropologia nas capitais de imperialismo, na cultura politicamente correta a que levam as guerras politicamente incorretas, como o disfarce de que se revestem.

De tanta humilhação livra-nos o povo de Dario, Ciro e Cambises. E vão além os iranianos: o povo de Ahmadinejad decidiu humilhar os humilhadores. Nada há de mais justo. O Irã emerge como um vingador da história, a reação do Sul contra o Norte, um poder alternativo, um aliado dos fracos e derrotados. Esse país muçulmano tão inspirado em princípios cristãos sofre o ataque covarde dos infiéis europeus violadores dos princípios da própria religião que dizem ser a sua. Hipócritas e canalhas, eis o que são!

A espada de Bolívar tem agora a forma de uma cimitarra e deve cortar as mãos sujas de sangue da Europa e de suas extensões americanas e australianas. Ante o poder que escraviza, não pode faltar contrapoder que liberta. Por isso, salvem o mundo da ditadura gringa, contra-ataquem a Europa!         


Autor: Chauke Stephan Filho


Artigos Relacionados


A Questão Síria No Contexto Do Mundo árabe

A Líbia De Kadafi E Os Rebeldes Da Onu

A Malandragem Dos Judeus

Estados Unidos E A Guerra Iraque: O Fim Que Hegemonia Americana

Estados Unidos X Irà : O Acordo De Lula Na Contra-mão Da História.

O Capuz Do Terrorista E A Mídia

Oriente Na Procura Da Democracia