Métodos de alfabetização



Ao professor de Língua Portuguesa, coube umas das tarefas mais árduas, entender as inadequações de português cometidas pelo falante nativo, pois,  se pararmos para pensar,  uma criança mal alfabetizada é a mesma que no futuro não conseguira ler e escrever com fluência, acarretando prejuízos a sua vida. A alfabetização surgiu junto com a escrita, pois era necessário deixar esses ensinamentos a outras gerações. Ler e escrever propicia ás línguas a se manterem vivas.

Se buscarmos na história veremos que o método de alfabetização era: Ler é o que faz o aluno saber escrever., surgindo às cartilhas que davam ênfase para a escrita e usavam bons autores para copia e aquisição da mesma.  Nessa época só as crianças de classes abastadas freqüentavam a escola, precisavam mais da leitura do que da escrita. Algum tempo depois as crianças pobres foram ingressando nas escolas e esse método teve que ser mudado, a leitura ficou em segundo plano e a escrita passou a ser o foco. O ensino passou por níveis; primeiro o nome das letras é ensinado, depois as combinações silábicas, finalmente os textos.

As cartilhas eram inadequadas, pois possuíam métodos estéreis, não levavam em conta a realidade do aluno, e os textos eram inadequados para a faixa etária do mesmo. A tarefa do professor é ensinar para a vida. É comum encontrarmos alunos que acham impossível aprender a língua materna, chegando a odiá-la, e essa postura, sem duvida vem da escola. Segundo Cagliari existe meios termos. “A educação não pode viver só de ensino, em que o professor vem pra sala de aula e despeja em seus alunos um longo discurso, como também não pode viver só de aprendizagem, deixando os alunos descobrirem tudo por si mesmo. Deve haver um equilíbrio entre os dois tipos de atividades: O professor deve ensinar, caso contrario, as escolas não precisam existir, por outro lado é preciso também que haja uma grande participação do aprendiz, porque é ele quem precisa aprender e mostrar que aprendeu e sobretudo, saber que aprendeu.”

O papel do professor é ensinar, ele deve ser um mediador da aprendizagem, alfabetizar é levar em conta a predisposição da criança em querer aprender. O  bom professor não fica ensinando questões complexas da língua no período de alfabetização, as crianças devem aprender a ler e escrever com poucas regras, mas as mais simples possíveis, levar em conta a realidade do aluno. Esse é o caminho mais importante dentro do ensino.

Somente com todas essas informações em mãos, podemos trabalhar aulas de leitura e escrituras com mais qualidades e eficiência. Não devemos entender essas leituras como decodificação do código, mas como leitura do mundo onde a criança esta inserida. Os conteúdos são importantes, pois esse tipo de ensinamento embora ideal, esta muito longe das nossas salas de aula. Cabe ao futuro professor mudar essa realidade.

Referencias bibliográficas:

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando sem o ba – bé – bi – bo –bu. São Paulo, Scipione, 1998. 

Eleonora Osana Moreira da Rosa, Professora de Letras e Psicopedagoga.

 


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