O belo artístico em Hegel



De caráter filosófico, o presente trabalho em sua estrutura reflexiva aborda o conhecimento estético em um de seus aspectos especulativos que se detém a investigar sobre a ideia geral do Belo Artístico baseado no pensamento do filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 – 1831), especificamente exposto, na obra Estética (1820 – 1829). A mesma foi organizada por seus discípulos, na cidade de Berlim, alguns anos após sua morte.

Nossa análise se baseia na compreensão geral do Belo Artístico, adentrando o entendimento sobre as mais profundas relações que o Belo se presta com a natureza, e por fim, com a subjetividade criadora do artista em sua participação no conteúdo ideal da obra de arte. Para aprofundar a nossa compreensão, nosso trabalho se divide em três capítulos, a citar.

No primeiro, deteremos nossa atenção à Estética em Hegel, em vista de uma compreensão mais ampla da ideia geral do Belo Artístico, e de suas expressões sensível e espiritual, enquanto conteúdo do ideal. Discorreremos sobre as características de individualidade e universalidade da obra de arte, e trataremos também a respeito da relação do ideal com as formas exteriores, isto é, com a natureza, mostrando a influência que os elementos da natureza exercem na produção do Belo Artístico e consequentemente do ideal.

No segundo, voltaremos o olhar a uma explanação das formas de realização do ideal na obra de arte. Após a definição da ideia mais ampla do belo, passaremos a observá-lo em seus instantes mais particulares, de como ele se determina em seu sentido restrito, trata-se da determinação do ideal como tal. Em seguida, nossa explanação versará sobre as formas práticas de como o ideal se realiza, portanto, da determinação do ideal como ação, englobando por meio desta, o estado do mundo, a situação, a ação e seus agentes. Todos como instrumentos de produção artística. E, por último, analisaremos a respeito das formas como o exterior se determina no ideal.

No terceiro capítulo, mostraremos a relação da subjetividade criadora do artista com a arte. Assim sendo, enfatizaremos a importante missão do artista na concretização ideal da obra de arte, pela pintura e demais manifestações produzidas pelo homem. E também os caminhos que o artista tem de percorrer, para que a arte seja compreendida como uma expressão estética e perfeita. Para Hegel, a imaginação do artista, seu talento como gênio, a inspiração, a objetividade da representação, a maneira subjetiva, o estilo e, por fim, a originalidade, são todos como momentos que suscitam a subjetividade criadora.

Não é pretensão nossa, contudo, abordar por este trabalho a complexa temática do Belo Artístico em seu sentido geral, mas a partir da noção hegeliana, abrir posteriores caminhos discursivos partindo das pistas de reflexão elucidadas na sequência desse texto. Cada capítulo, cada tópico, cada parte, portanto, devem estar para nossa capacidade intelectiva como sinais ou placas a indicar novos horizontes.


Autor: Jose Augusto Neto


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