Adivinhando sentimentos, criando expectativas e voltando a realidade



 

A gente passa por alguns processos no cotidiano que não são tão claros e evidentes quanto a gente gostaria, e por isso mesmo permitem que nossa imaginação fale mais alto que a nossa razão, e que, tomados de uma enorme carga emocional de desejos e vontades, instiguem a tornar a realidade da gente com mais atrativos que aparentemente não possuem. São situações que podem levar a gente do desânimo causado pelas nossas dores diante do mundo até o ponto mais alto e sublime da realização dos nossos sonhos diante de nós mesmos. Nestas situações em que não ficam claros os motivos, em que não ficam evidentes as reais intenções das pessoas, por vezes, nós tentamos adivinhar o que os outros sentem pela gente. A partir disso a gente cria expectativas de certa forma irreais, pois você não tem como adivinhar mesmo o que o outro sente de fato, a não ser que ele diga ou deixe subentendido. Mesmo que o desejo de querer seja forte, intenso, verdadeiro e até certo ponto bonito, às vezes tem que deixar de lado, esquecer o que a gente quer para começar a entender o que a gente merece, se merece mesmo aquilo que tanto sonha... Enfim, quando a gente se volta novamente para a própria realidade, que pode ser dura, triste, solitária, monótona... A gente até se sente um pouco tolo, bobo, meio idiota, mas diante das circunstâncias criadas e ofertadas, é até normal... Afinal, não dá para adivinhar sentimentos alheios – vai saber até onde é verdade, até onde é utilidade, até onde é significado (se é que houve significado). Não dá para ficar criando expectativas irreais de felicidade – embora as sensações sejam positivas com relação ao que a gente faz e espera receber (não em troca, mas como reconhecimento por ser quem podemos ser). Portanto, voltando a realidade, a gente deve sim estar tranquilo com nossas atitudes, com nossos sentimentos e com nossas expectativas, embora o sono não seja tão leve, porque de certa forma tudo isso pesa, é uma carga emocional grande, é tua vida simplificada. Não de forma grosseira como lhe tratam, mas de uma forma mais sutil como você sentiu até hoje... Sutilezas que se mostraram em olhares, em abraços, em teu coração... Mas que infelizmente não fizeram nascer nada disso no coração das outras pessoas... Por isso essa sensação, por isso essa angústia no teu aparentemente sossegado coração...

 

Com vídeo da música Somos quem podemos ser – Pouca Vogal – http://youtu.be/NIB4LAasK7o


Autor: Johney Laudelino Da Silva


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