Substituição



Muitos se indagam por que haveria necessidade de nosso Senhor Jesus Cristo morrer na cruz, para que os que nele cressem fossem salvos.

Como poderia a morte de um só homem trazer perdão a milhões de pessoas, e potencialmente ser suficiente até mesmo para salvar toda a humanidade, caso todos os homens cressem nEle?

Para acharmos a resposta para tais indagações devemos retornar ao princípio, ao jardim do Éden, à advertência e à maldição que foi proferida por Deus ao primeiro homem, que caso ele Lhe desobedecesse ele morreria.

Há então esta maldição de morte sobre toda a humanidade representada no cabeça da raça, num único homem, a saber, em Adão.

Então quando Adão pecou e morreu, todos nós fomos encerrados no seu pecado e morte, de maneira que todos os seus descendentes foram também considerados desobedientes e pecadores pela justiça  de Deus, porque a sentença de morte, o juízo proferido por Deus, se aplicaria não somente a Adão mas a todos os seus descendentes, a saber, a toda a humanidade.

Mas Adão não era o cabeça de uma raça espiritual, senão de uma raça, de uma humanidade natural.

A vida espiritual do céu não poderia ser transmitida por Adão aos seus descendentes. 

Ou seja, a vida de Deus não poderia ser multiplicada por Adão através do ato da reprodução, e nem por quaisquer dos seus descendentes, gerados pelo próprio homem.

Então, veio ao mundo aquele último Adão, o segundo e último cabeça da raça humana, não da natural pecaminosa, mas da que seria criada como uma nova criação santa para Deus. A criação da vida espiritual do céu nestes descendentes caídos de Adão.

Se o primeiro Adão não tinha o poder de transmitir a vida espiritual eterna, o último Adão o possui em plenitude, porque é espírito vivificante.

Todavia, esta vida eterna não poderia ser transmitida a todos os homens, porque somente os que se tornassem obedientes a Deus, pela fé nEle, poderiam alcançar tal benefício, porque se a sentença da morte eterna trazida sobre o primeiro Adão e todos os seus descendentes foi motivada pela desobediência, então, seria por um ato de obediência que a morte deveria ser vencida pela própria morte de Cristo, de maneira que todos os que estivessem identificados com Ele pela obediência à vontade de Deus, e pela fé nEle, seriam beneficiados pela determinação divina, de considerar a sentença de morte já cumprida por eles, porque afinal, um outro morreu na cruz no seu lugar.

A justiça divina estava satisfeita em relação a estes que crêem, porque pela obediência perfeita de Cristo ao Pai, todos eles poderiam ser justificados e perdoados para sempre de todos os seus pecados.

É por isso que aqueles que estavam mortos em delitos e pecados em Adão, podem ser agora revivificados em Cristo.

Se na primeira cabeça da raça há morte, na segunda, há vida, e não a vida natural de Adão que continua sendo transmitida por seus descendentes, mas a vida eterna espiritual que nos veio do céu por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, o pão vivo que desceu do céu, para que nos alimentando dEle possamos ter a vida espiritual eterna prometida por Deus.

 

Pr Silvio Dutra

       


Autor: Silvio Dutra


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