Dúvidas no Amor



Perguntam-me se tive muitos amores?

Respondo que nunca parei para contar. Mas foram muitos sim, mas poucos ficaram na lembrança.

Seria amor? Acho que foi! Porque vivi momentos maravilhosos, e se esqueci, foi porque era apenas uma nuvem cálida, e que virou água.

Quando perdia um amor era como gritar na janela: Entra o próximo!

Assim recebemos beijos diferentes; papo diferente, modos e hábitos diferentes. Mas quando essa relação que terminou fora muito forte, e séria!

Essa troca de corpo gera uma saudade absurda da paixão que se foi.

Então pesamos os prós e contras. Vale à pena correr o risco?  Mas pra mim tudo é renovação.

 Até hoje nunca mandei alguém que gostasse embora, mas o ciúme sempre foi à causa mais forte do fim do relacionamento.

Alguém um dia escreveu que o amor é uma solução para os nossos problemas; quando em minha opinião o amor é um pagamento por ter resolvido meus problemas.

Temos que aprender a resolver nossos conflitos, mágoas e tristezas. Depois sim, vamos à busca das oscilações do humor, da serenidade, e elevar a auto-estima, amparando-se em si próprio.

Não tenho formação psicanalítica, mas andei lendo e tenho muitos palpites, e sou cumprimentado muitas vezes por isso.

O principal quando se perde alguém, eu prefiro ficar na minha.

Saio para os meus bailes, para restaurantes, teatros. Ou então curto a pescaria, e tento conversar com os peixinhos, sem ficar caçando um novo alguém para um amor derradeiro.  Se vier tudo bem! Se não vier eu trato de mim, porque com certeza eu me entreguei de corpo e alma aquele amor que se foi, e me descudei ao me doar por inteiro.

Não tinha lembrado que tive o meu primeiro amor aos 12 anos. Uma mulher com 24 que me iniciou na vida amorosa.

Quando meus pais se envolveram por ela ser  mais velha, eu entrei em desespero, e só pensava em morrer.

Mas era criança, e não demorou conheci outras gatinhas da minha idade, e tudo que aprendi passaram ao conhecimento delas. Umas aceitaram, e outras, o meu rosto, encontraram as mãos delas.

E de repente me pergunto, porque estou escrevendo sobre o amor?  Isso acontece, porque vejo alguém com um olhar diferente, e que vem despejando sentimentos amorosos sobre mim.

 Conheci-a num baile, e de lá para cá temos trocado amabilidades, e somos motivos de comentários invejosos.

 Por vezes fico vagando pensando nela. Sinto frio, arrepios.

 Será que é o meu amor derradeiro?

Aliás, por vezes, não, penso nela o tempo todo. Tentando um contato com ela; descubro que ela também não para de pensar em mim

E à medida que o tempo vai passando, me pergunto se é valido o amor verdadeiro chegar a esta idade?

Então fico com essa perguntar a me martelar: -  Tem idade para o amor?

Sem pestanejar, respondo: Claro que não. Será?

 

 

 


Autor: Agostinho Moreira Da Costa


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