DESCRIÇÃO E USO DO MINERAL PIRITA



  1. Propriedades químicas:

1.1  Classificação química – Sulfeto

1.2  Fórmula química – FeS2 (46,6% Fe e 53,4% S) 

  1. Identificação:

2.1  Cristalização: Formam-se cristais cúbicos estriados ou com massas granulares, mas também pode apresentar-se como um octaédro.

2.2  Cor: Amarelo-claro, amarelo-latão. Com traço preto.

2.3  Brilho: Metálico.

2.4  Clivagem: Pobre [001].

2.5  Dureza: 6 a 6,5. Riscado pelo Quartzo.

2.6  Densidade: 4,9 a 5,1 g/cm3.

 

  1.  Uso do mineral:

Os sulfetos metálicos, como a pirita, produzem o dióxido de enxofre que é empregado na produção de ácido sulfúrico ou reduzido para enxofre elementar, através da ustulação1. A reação abaixo descreve ustulação da pirita:

4FeS2 +11O2 → 8SO2 + 2Fe2O3

Através da oxidação do SO2 se produz o ácido sulfúrico. O processo com maior rendimento de H2SO4 é o processo de contato onde é usado um catalisador fixo como, por exemplo, compostos de vanádio.

A obtenção desse ácido sulfúrico ou enxofre elementar, através da pirita tem um papel fundamental para as indústrias de fertilizantes. Logo que nos últimos 30 anos, o consumo brasileiro de enxofre quadruplicou, devido ao aumento da produção agrícola. O maior consumo de ácido sulfúrico é usado para fabricação de fertilizantes, como os superfosfatos e o sulfato de amônio.

A queima do carvão mineral, para fins energéticos ou metalúrgicos, produz como rejeito, a pirita. Rejeitos ricos em FeS2, oxidam-se em presença do ar e da água, desencadeando a formação de drenagens ácidas, um dos mais graves impactos ambientais associados à atividade de mineração, que podem ocorrer em minas abandonadas ou em atividade.

 Como o carvão mineral é a maior fonte energética não-renovável do Brasil, fica clara a importância de tratar o mineral pirita, não apenas como um rejeito do carvão, mas sim como matéria-prima para vários outros processos químicos.

Em Santa Catarina, onde entre 1979 e 1999 houve uma grande exploração de carvão, resultando em grande quantidade de FeS2 no solo e na água, há estudos pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, sobre a produção de Sulfato ferroso a partir da pirita. 

  1. Referências bibliográficas

LEINZ, Viktor. ESTANISLAU, Sérgio. Geologia Geral. Editora Nacional. 14ª Ed. Vol 1. São Paulo – SP. 2003 

POPP, J. Henrique. Geologia Geral. Editora JC. 5ª Ed. Rio de Janeiro – RJ. 2004. 

PETERSON, Michael. Produção de Sulfato Ferroso a partir da pirita: Desenvolvimento Sustentável. Tese para obtenção de doutorado em Engenharia Química à Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, maio de 2008. 

FERNANDES, R. C. Francisco. BENVINDO, Adão. CASTILHOS, Zuleica. Agrominerais para o Brasil. Centro de tecnologia mineral. Rio de Janeiro – RJ. 2010. 

http://www.uniceub.br/museugeo/mineral25.htm. 05/09/2011. Às 22:23. 

http://www.rc.unesp.br/museudpm/banco/sulfetos/pirita.html. 05/09/2011. Às 22:23. 

http://www.dicionario.pro.br/dicionario/index.php/Pirita. 05/09/2011. Às 22:34. 

http://www.colegioweb.com.br/quimica/Acido-sulfurico.html 05/09/2011. Às 22:45. 

http://argissolo.cnps.embrapa.br. 06/09/2011. Às 13:02.

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