TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR



1. INTRODUÇÃO 

A articulação temporomandibular (ATM), uma das mais importantes articulações do corpo humano, é uma articulação sinovial, composta pelo côndilo da mandíbula na parte inferior, e pelo tubérculo articular e fossa mandibular na parte superior.  Um disco articular fibrocartilaginoso divide a cavidade articular em dois compartimentos, superior e inferior, (TOMACHESKI, 2004; MENEZES, 2008).

A articulação é revestida por uma cápsula frouxa formada por uma camada de tecido fibroso avascular, não possuindo sistema “vasculonervoso” nas áreas que sofrem pressão, consisti em tecido resistente às cargas compressivas. A ATM se torna diferente das demais articulações pelo fato de não ser revestida por cartilagem hialina, e sim por tecido fibroso, com morfologia espessada lateralmente formando o ligamento temporomandibular, dando suporte a parte lateral, de tal modo que fixa os compartimentos acima dos limites da face articular temporal e abaixo do colo da mandíbula, (MOORE,1994).

Para este complexo sistema funcionar de forma unificada, precisa de sincronismo e organização, tanto da ATM quanto das estruturas extrínsecas a esta articulação. Qualquer variação, em um de seus componentes pode produzir um desequilíbrio de seu movimento, levando a uma disfunção temporomandibular (DTM). (NUNES JÚNIOR;MACIEL; BABINSKI, 2005).

A ocorrência de disfunção temporomandibular (DTM) acomete todo equilíbrio dinâmico das estruturas, acarretando a vários sinais e sintomas. De acordo com estudos epidemiológicos os sintomas mais comuns entre os indivíduos com queixa de DTM são: “sons da ATM (19%); cansaço e enrijecimento da mandíbula (11%); dor na função mandibular (6%); limitação dos movimentos mandibulares (8%), travamento mandibular (4%), cefaléias (17%) e otalgia presente em 75% dos pacientes revelam como o principal sintoma. A DTM acomete grande porcentagem da população mundial, motivo principal para o desenvolvimento de técnicas terapêuticas para seu tratamento, (SILVEIRA, 2007;FREITAS  et al., 2011; TORRES, 2012).

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Autor: Maria De Fatima Barboza Vasconcellos


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