A INTERAÇÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO MEIO ESCOLAR
A INTERAÇÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO MEIO ESCOLAR
Ana Laura Nunes do Carmo*¹
Angelita M. da Silva Barbosa
Jéssica Athália Amorim Silva
Leonardo Ribeiro Mendonça
Luciana Fernandes
Ana Paula Barbosa*²
Resumo
Neste artigo abordaremos a pesquisa realizada entre 19/03/12 a 24/05/12 no centro de Atendimento Educacional especializado Escola Olívio Faleiros situado na cidade de Itirapuã SP. É fato que crianças com necessidades especiais possuem suas limitações; sejam elas físicas ou cognitivas. O intuito da pesquisa foi observar crianças especiais no âmbito escolar, observando assim como se dá a inclusão e quais as dificuldades enfrentadas pela criança nesse processo de Socialização. Os principais autores utilizados como referencial teórico foram Matson e Mullick (1991), Cervo e Bervian (1983) Maria Teresa Égler Mantoan (1997) e Vigotsky (1997). O pressuposto inicial foi observar e verificar a convivência entre crianças com necessidades especiais e as crianças ditas “Normais”. Os resultados da pesquisa mostraram que a inclusão das crianças especiais no âmbito escolar são de grande ajuda pois a convivência com outras pessoas, crianças e professores estimulam seu desenvolvimento cognitivo e psíquico, ensinando-as desde a tenra idade a expressar seus sentimentos, interagindo, conversando, brincando e por meio disso passam a aprender que também é normal ser diferente.
Abstract
In this article we will talk about a research realized between 19/03/12 and 24/05/12 on the Olivio Falleiros Specialized Educational Service Center, located in Ititapuã-SP. It is a fact that children that have special necessities own particular limitations, even physical or cognitive. The research aim was to observe the special children into the school, observing their inclusion and which are the difficulties faced by them during the process of socialization. The main authors used as theoretical reference were Matson and Mullick (1991), Cervo and Bervian (1983), Maria Teresa Égler Mantoan (1997) and Vigotsky (1997). The first purpose was observe and verify the living together between special children and the ones called “normal”. The research results showed that the inclusion of the special children in the school is a great help because of their living together with other people, children, teachers stimulate their cognitive and psychological development, teaching them since childhood to express feelings, integrating, talking, playing and thru this they learn that is normal being different.
*¹ Alunos do Curso de Psicologia da Universidade de Franca, cursando o 4° semestre da Disciplina Laboratório de Pesquisa II.
*² Professora Orientadora do Projeto, Docente do Curso de Psicologia da Universidade de Franca, Especialista em Didática, Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos, Doutora em Serviço Social pela Unesp de Franca.
Introdução
A criança com necessidades especiais possui limitações em seu desenvolvimento. Podem apresentar diversos transtornos sendo eles: sensoriais ,motores, de linguagem e emocionais, podem também ter problemas de interação e adaptação em relação a outras pessoas na sociedade.
A inclusão tem como objetivo que uma pessoa não seja separada das outras por suas diferenças. De acordo com Figueiredo (2009 p. 121) fazer amizades é muito importante para a criança com deficiência para que possa interagir com o grupo e por meio desta interação a criança aprenda com essas experiências a iniciar conversas com seus colegas, a aprender uns com os outros. Para os alunos portadores de deficiência é importante principalmente que eles mesmos se aceitem, para que assim possam ser aceitos. Apesar das dificuldades vividas é necessário a cada dia, a, superação.
Sendo assim, o intuito da pesquisa foi observar crianças especiais no âmbito escolar, observando assim como se dá a inclusão e quais as dificuldades enfrentadas pela criança nesse processo de Socialização.
Referencial Teórico
De acordo com Vigotsky (1997) as dificuldades apresentadas por pessoas com deficiência não se relacionam propriamente com a deficiência, mas sim com as formas de concepção social da deficiência.
Segundo Mantoan (1997), o primeiro passo para a integração social passa pela escola, já que o papel dela não é apenas o de ensinar o português e matemática, mas também o de participar decisivamente no estabelecimento dos padrões de convivência social. É através da escola que a sociedade adquire, fundamenta e modifica conceitos de participação, colaboração e adaptação. É na escola que a criança vai passar uma boa parte do seu dia, e é na escola também que a criança vai ter seu primeiro contato com a sociedade, interagindo com outras pessoas e crianças, a escola também ajuda muito as crianças na sua adaptação com as pessoas.
De acordo com Matson e Mulick (1991), devemos oferecer á criança portadora de deficiência um ambiente educacional o menos restritivo possível; devemos também proporcionar-lhes aprendizagens efetivas em nível cognitivo. Porque muitas são as dificuldades e barreiras que as crianças com deficiência física encontram na escola, pois muitas vezes o grupo as trata diferentes por isso nem todas vão á escola por não ter a acessibilidade.
Metodologia
Neste projeto utilizamos questionários, que foram aplicados nos alunos e professores da instituição, onde as crianças responderam cinco perguntas e os professores seis.
Segundo Cervo e Bervian (1983), o questionário é a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita medir com melhor exatidão o que se deseja. Em geral, a palavra “questionário” se refere a um meio de obter respostas ás questões, por uma fórmula que o próprio informante preenche.
Pensando nisso partimos do pressuposto inicial de aumentar a interação entre as crianças com necessidades especiais e as crianças ditas “Normais” por meio de atividades e brincadeiras.
Resultados
Através do questionário é que podemos relatar e provar o intuito da pesquisa. No questionário aplicado para as crianças, feitas cinco perguntas, quando questionados se gostavam de ir a escola todos responderam que sim e que preferiam brincar com os amigos do que sozinhos e 40% das crianças ainda afirmaram que com as brincadeiras realizadas puderam sentir-se mais próximos das outras crianças. Diante disso conseguimos comprovar a importância da interação no ambiente escolar para as crianças especiais, que através de todo o projeto realizado puderam contemplar o quanto é bom estar perto das outras crianças e se sentir igual.
Conclusão
Neste artigo apresentamos uma pesquisa cujo intuito foi acompanhar a vida das crianças especiais no âmbito escolar, observando assim como se dá a inclusão e quais as dificuldades enfrentadas pela criança nesse processo de Socialização. Como já citado a inclusão tem por objetivo que uma criança não seja separadas das outras por suas diferenças. A vantagem da inclusão se estende a todas as crianças, não só as ditas “especiais” pois é um modo de ensinar as crianças desde cedo que, no mundo, existem diferenças e as mesmas precisam ser respeitadas. Os resultados da pesquisa mostraram que a inclusão das crianças especiais no âmbito escolar favorecem seu desenvolvimento cognitivo. Pois além de estar convivendo com as outras crianças, aprendem a expressar seus sentimentos interagindo e conversando, trocando idéias e por meio disso passam a aprender que também é normal ser diferente, e também auxilia as crianças a enxergarem o mundo e o ser humano tal qual ele é; cada um com suas dificuldades e limitações, mas com força de vontade, apoio e determinação tudo pode ser melhorado.
Referência Bibliográficas
CERVO, A. L., BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 3. Ed. São Paulo: McGraw- Hill, 1983.
FIGUEIREDO (2009 p. 121).
MANTOAN, MARIA TERESA EGLÉR, A integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema/ Maria Teresa Eglér. – São Paulo, 1997.
MATSON, Jhonny L. & MULICK, James A. (1991).Handbook f Mental Retardation, 2 ed. New York, Pergamon Press.
VIGOTSKY, L.S. Obras Escogidas V: Fundamentos de defectología. 1ª Ed. Madri: Editorial Pedagógica, 1997.
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