PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO COM AS CONTRIBUIÇÕES DOS TEÓRICOS



UNIVERSIDADE ANHAGUERA UNIDERP

CURSO PEDAGOGIA EAD 

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Profa Ma Helenrose A. da S. Pedroso Coelho

CUIABÁ-MT

Setembro/2012 

Adriana Patrícia de Amorim Silva - RA 377071

Bárbara Pacheco dos Santos - RA 368743

Elaine Santos de Oliveira - RA 371211

Josiane Glória de Morais Alt - RA 353968

Rosália dos Santos Ramos - RA 365206

Veronice Maria de Jesus - RA 353726                      

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Profa Ma Helenrose A. da S. Pedroso Coelho

CUIABÁ – MT

Setembro/ 2012

Introdução

A cada ano que passa a psicologia vem conquistando mais espaço em vários campos da sociedade. Isto é psicologia não se limita a tratar de distúrbio, mas a tentar explicar os processos psíquicos do ser humano possibilitando melhorar as condições de vida humana.

Ao estudar a psicologia nós educadores passamos a entender que cada ser humano tem diferentes subjetividades, e que cada aluno chegar na escola traz consigo diferentes particularidades, a tarefa dos educadores não é, a de ensinar as crianças alguns conceitos fundamentais, ma sim, a de coloca-las em circunstancia favoráveis ao aprendizado.

Este trabalho tem por objetivo identificar as contribuições de alguns dos teóricos da psicologia para a área da educação tais como: Sigmund Freud, Jean Piaget, Henri Wallon e Lev. S. Vigotski.  

 Sigmund Freud

Sigmund Freud nasceu no dia 06 de maio de 1856 em Frei Berg ( hoje pribor ), que esta anexada a Tchecoslováquia e morreu em Londres aos 82 anos em 1938.

Sigmund Freud ficou conhecido no mundo todo, como o pai da psicanálise, ele revolucionou o campo cientifico com a conclusão de suas pesquisas, o entendimento do funcionamento biológico dos seres humanos ficou mais completo devido a não separação entre o corpo e a mente.

Freud relacionou o pensamento filosófico ao pensamento neurológico e somente ele levou para dentro dos círculos intelectuais a sexualidade em todos os seus sentidos e cogitou a influenciar que os instintos sexuais têm em nossos problemas, angustia sonhos e comportamentos. A contribuição de Freud foi muito grande e na área da educação se deu quando ele relacionou a sexualidade com a educação dividindo o parelho psíquico em três partes o pré-consciente, o consciente e o inconsciente e logo após chegou a conclusão de outro aparelho psíquico o id, ego e o superego ( o id funciona como o inconsciente o ego como o consciente e o super ego funciona como uma censura, ligada a moral ), porque até então para os estudiosos crianças não tinha sexualidade, e só à desenvolvia a partir dos 11 anos na puberdade, Freud concluiu que todo se humano já nasce com a sexualidade, Freud também dividiu o desenvolvimento humano em fases porque ele achava que era emocional:

Fase oral: a criança coloca tudo na boca

Fase anal: produção individual (criança brincar com fezes)

Fase fálica: descobrir que o nosso corpo nos da prazer

Período de latência: há um intervalo na vida sexual

Fase genital: descobrimos que o corpo de outra pessoa nos da prazer

Freud relacionou a sexualidade com a educação com o intuito de focalizar a psicanálise como uma ferramenta estimuladora de praticas artísticas e intelectuais buscando a supressão dos processos de repressão moral das pulsões sexuais no ambiente escolar e social. É muito importante para nós professores entender em que fase da vida de cada

 

individualidade ele esta preparado para receber informações e aprender conforme o seu  momento emocional, compreender melhor os porquês de cada ação, que realizamos, como é formada a moralidade e a sexualidade humana e também como se dá a inserção da criança na sociedade.

O professor deve lidar com uma sala de aula negando todo seu papel repressor e aceitar que ao atuar em uma sala de aula ele vai estar diante de diferentes subjetividades. Freud chegou a afirmar que educar é uma tarefa impossível devido a subjetividade do inconsciente de cada um.

 

Jean Piaget

A educação na visão piagetiana: com base nesses pressupostos. A educação deve possibilitar à criança um desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período sensório-motor até o operatório abstrato.  A escola deve partir dos esquemas de assimilação da criança, propondo atividades desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilíbrios sucessivos, promovendo a descoberta e a construção do conhecimento. Para construir esse conhecimento, as concepções infantis combinam-se as informações advindas do meio, na medida não é concebido apenas como sendo descoberto espontaneamente pela criança, nem transmitido de forma mecânica pelo meio exterior ou pelos adultos, mas   como resultado de uma interação, na qual o sujeito é sempre um elemento ativo, que procura ativamente compreender o mundo que o cerca, e que busca resolver as interrogações que esse mundo provoca. É aquele que aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo, e que constrói suas próprias suas própria categorias de pensamento ao mesmo tempo em que organiza seu mundo. Não é um sujeito que espera que alguém que possui um conhecimento o transmita a ele por um ato de bondade. Quando se fala em sujeito ativo, não estamos falando de alguém que faz muitas coisas, nem ao menos de alguém que tem uma atividade observável. O sujeito ativo de que falamos é aquele que compara, exclui, ordena, categoriza, classifica ,reformula, comprova etc. em uma ação de pensamento ou em uma ação efetiva (segundo seu grau de desenvolvimento). Alguém que esteja realizando algo materialmente, porém seguindo um modelo dado por outro, para ser copiado, não

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habitualmente um sujeito intelectualmente ativo. Principais objetivos da educação: formação de homens criativos, inventivos e descobridores, de pessoas críticas e ativas, e na busca constante da construção da autonomia. Devemos lembrar que Piaget não propõe um método de ensino, mas ao contrário, elabora uma teoria do conhecimento e desenvolve muitas investigações cujos resultados são utilizados por psicólogos e pedagogos. Desse modo suas pesquisas recebem diversas interpretações que se concretizam em propostas didáticas também diversas, implicações de pensamento piagetiano para a aprendizagem os objetivos necessitam estar centrados no aluno, a aprendizagem é um processo construído internamente, a aprendizagem depende do nível de desenvolvimento do sujeito à aprendizagem é um processo de reorganização cognitiva. Os conflitos cognitivos são importantes para o desenvolvimento da aprendizagem, a interação social favor e a aprendizagem, as experiências de aprendizagem necessitam estruturar-se de modo a privilegiarem a colaboração, a cooperação e intercâmbio de pontos de vista na busca conjunta do conhecimento. Piaget não aponta respostas sobre o que e como ensinar, mas permite compreender como as crianças e os adolescentes aprendem, fornecendo um referencial para a identificação das possibilidades e limitações de crianças e adolescentes. Desta maneira, oferece ao professor uma atitude de respeito às condições intelectuais do aluno e um modo de interpretar suas condutas verbais e não verbais para poder trabalhar melhor com elas.

 

Henri Wallon


Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu em Paris, França, em 1879. Graduou-se em medicina e psicologia. Fez também filosofia. Atuou como médico na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), ajudando a cuidar de pessoas com distúrbios psiquiátricos. Em 1925, criou um laboratório de psicologia biológica da criança. Quatro anos mais tarde, tornou-se professor da Universidade Sorbonne e vice-presidente do Grupo Francês de Educação Nova – instituição que ajudou a revolucionar o sistema de ensino daquele país e da qual foi presidente de 1946 até morrer, também em Paris, em 1962. Ao longo de toda a vida, dedicou-se a conhecer a infância e os caminhos da inteligência nas crianças.

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Militante de esquerda participou das forças de resistência contra
Adolf Hitler e foi perseguido pela Gestapo (a polícia política nazista) durante a Segunda Guerra (1939-1945). Em 1947, propôs mudanças estruturais no sistema educacional francês. Coordenou o projeto Reforma do Ensino, conhecido como Langevin-Wallon – conjunto de propostas equivalente à nossa Lei de Diretrizes e Bases. Nele, por exemplo, está escrito que nenhum aluno deve ser reprovado numa avaliação escolar. Em 1948, lançou a revista Ênfase, que serviria de plataforma de novas ideias no mundo da educação – e que rapidamente se transformou numa espécie de bíblia para pesquisadores e professores. Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança, mas também suas emoções para dentro da sala de aula. Fundamentou suas ideias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa. Militante apaixonado (tanto na política como na educação), dizia que reprovar é sinônimo de expulsar, negar, excluir. Ou seja, “a própria negação do ensino”.
As emoções, para Wallon, têm papel preponderante no desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades. Em geral são manifestações que expressam um universo importante e perceptível, mas pouco estimulado pelos modelos tradicionais de ensino. Estudos realizados por Wallon com crianças entre 6 e 9 anos mostram que o desenvolvimento da inteligência depende essencialmente de como cada uma faz as diferenciações com a realidade exterior. Primeiro porque, ao mesmo tempo, suas ideias são lineares e se misturam – ocasionando um conflito permanente entre dois mundos, o interior, povoado de sonhos e fantasias, e o real, cheio de símbolos, códigos e valores sociais e culturais.
Nesse conflito entre situação antagônica ganha sempre a criança. É na solução dos confrontos que a inteligência evolui. Wallon diz que o sincretismo (mistura de ideias num mesmo plano), bastante comum nessa fase, é fator determinante para o desenvolvimento intelectual. Daí se estabelece um ciclo constante de boas e novas descobertas. Diferentemente dos métodos tradicionais (que priorizam a inteligência e o desempenho em sala de aula), a proposta walloniana põe o desenvolvimento intelectual dentro de uma cultura mais humanizada. A abordagem é sempre a de considerar a pessoa como um todo. Elementos como afetividade, emoções, movimento e espaço físico se encontram num mesmo plano. As atividades pedagógicas e os objetos, assim,

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devem ser trabalhados de formas variadas. Numa sala de leitura, por exemplo, a criança pode ficar sentada, deitada ou fazendo coreografias da história contada pelo professor. Os temas e as disciplinas não se restringem a trabalhar o conteúdo, mas a ajudar a descobrir o eu no outro. Essa relação dialética ajuda a desenvolver a criança em sintonia com o meio.
Sua teoria pedagógica de Henri Wallon ainda é um desafio para muitos pais, escolas e professores. Sua obra faz uma resistência contumaz aos métodos pedagógicos tradicionais. Numa época de crises, guerras, separações e individualismos como a nossa, não seria melhor começar a pôr em prática nas escolas ideias mais humanistas, que valorizem desde cedo a importância das emoções?Sua teoria pedagógica, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro, abalou as convicções numa época em que memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento.

 

 

Lev S. Vygotsky

A obra cientifica de Lev S. Vygotsky conheceu um destino excepcional um dos maiores psicólogos do sec. XX, nunca recebeu educação formal em psicologia.

Esse fenômeno muito raro na historia da ciência encontra-se uma tória do desenvolvimento mental. Nasceu em Orsha uma pequena povoação da Bielorússia, em 17 de novembro de 1896, durante seu estudo universitário teve uma excelente formação no domínio das ciências humanas: língua e linguística, estética e literatura filosófica e historia. Ao longo desse breve período Vygotsky escreveu cerca de duzentas obras.

Vygotsky foi muito engajado em atividades pedagógicas membro de diferentes órgãos dirigentes da educação nacional, atribuía a maior importância aos conteúdos dos programas educacionais.

Para Vygotsky, os signos a linguagem simbólica desenvolvida pela espécie humana tanto os instrumentos de trabalho quanto os signos são construções da mente humana que tem relação de mediação entre o homem e a realidade as obras relaciona entre que a

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criança consegue realizar sozinha, e que aquilo embora não consiga realizar sozinha é capaz de aprender e fazer com a ajuda de um adulto a criança pode adquirir termos intelectuais quando é dado suporte educacional.

Para ele a aprendizagem relaciona-se ao desenvolvimento desde o nascimento sendo a principal causa para desabrochá-lo ao desenvolvimento do ser.

 

CONCLUSÃO

Como vimos, este trabalho é resultado de um estudo minucioso que exigiu no decorrer da mesma muita análise e reflexão. Uma das vantagens oferecidas e que consideramos a mais importante foi o conhecimento que tivemos a respeito de alguns dos teóricos da psicologia que contribuíram com a história da educação em geral.  O artigo procura apresentar as principais contribuições que cada teórico apresenta: SIGMUND FREUD: A educação enquanto objeto histórico de investigação deve ser apreendido por uma forma psicanalítica.  JEAN PIAGET: Estruturas cognitivistas mudam através dos processos da adaptação assimilação e acomodação, níveis diferentes de desenvolvimento cognitivo e etapas da inteligência. HENRI WALLON: Aprendizagem humanista, habilidade ligada ao emocional, fazer o que gosta a importância do outro, potencial afetivo relacionamento professor-aluno. VYGOTSKY: Teoria histórica, natureza humana e uma categoria em permanente mudança em movimento focando o desenvolvimento e a evolução.                                                                                                         

Bibliografia:

FREUD, Sigmund. A História do Movimento Psicanalítico. Trad. Themira dse Oliveira Brito. Rio de Janeiro: Imago, 1997.

GOMIDE, Paula Inez Cunha; WEBER, Lídia Natalia Dobrianskyj. Análise Experimental do Comportamento: Manual de laboratório. 6.ed. rev. e ampl. Curitiba: IFPR, 2003.

MASSIMI, Marina. História da Psicologia Brasileira: da época colonial até 1934. São Paulo: EPU, 1990.

Patto, M.H.S. (1984). Psicologia e ideologia: uma introdução crítica à psicologia escolar. São Paulo: T. A.Queiroz        

Pedroza, R.L.S. (1993). Freud e Wallon: contribuições da psicanálise e da psicologia para a Educação. Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, Brasília-DF. 


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