A malandragem dos judeus



A MALANDRAGEM DOS JUDEUS

Os judeus estão a propor a discussão de motivo cinematográfico a respeito da “Inocência dos muçulmanos”. Invertendo essa perspectiva muito explorada na mídia, propomos a abordagem contrária, correspondente a um filme cujo título poderia ser “A malandragem dos judeus”.

Israel... Ah, Israel! Que nome bonito! Um nome bíblico de agradável sonoridade. Como foi possível que a sublime designação do Povo de Deus acabasse como marca de uma organização criminosa? Justamente porque denominava o povo eleito, o termo Israel serviu maravilhosamente bem para disfarçar os agentes do diabo que tomaram a Terra Santa e até hoje infernizam o Oriente Médio. Quanta malandragem! Outra malandragem: depois de terem invadido e usurpado o território palestino, acharam que não seria de bom-tom continuar a chamar a Palestina ocupada de Palestina. Afinal, não sendo palestinos na Palestina, ficariam parecendo invasores europeus. A malandragem inaugural: os colonialistas judeus diziam que a Palestina era uma “terra sem povo”. Uma terra sem povo no Levante em 1948! Tratar-se-ia de um milagre de Jeová para Rothschild, um dos bilionários agiotas e patronos do sionismo?    

E eles acabam de aprontar mais uma de suas malandragens: agora querem desencadear a sonhada “guerra de civilizações” contra os muçulmanos, apelando a agentes provocadores recrutados entre atores de Hollywood. No campo cultural é que começou a primeira batalha. As armas têm larga provisão nos arsenais das artes dramáticas, agora empregadas para violar a fronteira do sagrado. 

A manobra consiste em baixar a zero qualquer respeito pela religião do outro e fazer a indignação assim suscitada parecer ameaça à “liberdade de expressão” dos povos “livres”. Entre estes, Israel apresenta-se como o paradigma, na condição da única “democracia” do Oriente Médio. A pretensão pode não ser descabida. Uma quadrilha de assassinos e ladrões de terra pode, sim, ser democrática, por que não? Ocorre apenas que as vítimas desses bandidos não têm direito a voto, ou a seu território, ou a sua vida.

Os malandros agiriam da seguinte forma: Israel, claro, puxaria o ataque contra o Irã, como medida de segurança. Nisso teria o apoio de valor inestimável da Otan, evidentemente. A circunspecta Europa não deixaria que fanáticos religiosos detivessem armamento nuclear. Uma questão de responsabilidade... Então, por iniciativa de Israel e a bem da Humanidade, os gringos passariam a contar com mais uma colônia neste mundo, o Irã, um país perigosamente livre, habitado de gente louca. 

Os malucos aiatolás acolheram metade do mundo em Teerã, na conferência ali realizada de altos representantes do Movimento dos Países não Alinhados. “Um absurdo! Uma vergonha para a humanidade!”, clamou o campeão judeu da moralidade, Benjamin Netanyahu. Decerto esses que dialogam com os muçulmanos são também todos inocentes.  

Nas chamas da grande explosão resultante, em cujas chamas Israel espera queimar os  inimigos da Comunidade Internacional, juntamente com todos os obstáculos em seu caminho para sujeitar a seu poder benfazejo toda a Palestina, como também as terras que dali se avistam muito, muito além do horizonte, até o Eufrates. Ou seria até o Indo? Quanto mais longo for o braço armado da Comunidade Internacional mais seguro estará o mundo.  Eis como querem que pensemos os bons-moços judeus.

Na preparação da campanha, chutaram a santa, isto é, ofenderam o Profeta. Ontem, no Jornal (Anti) Nacional, William Bonner mal continha a alegria de sua animosidade antiárabe e anti-islâmica, ao dizer que o tal filme “A inocência dos muçulmanos” havia “ridicularizado” o profeta Mofama. Ou seja, intenta-se nos laboratórios da mídia sob controlo dos possessores gringos a criação da má fama de Mofama, como se isso pudesse ser alguma coisa engraçada.

Qualquer guerra não tem nada de divertido. A operação encoberta de uma guerra psicológica, por sua insídia, sua perversidade, menos ainda poderia parecer engraçada. Jesus Cristo pode ser “ridicularizado”? Alguém acharia graça do triste humorista que tentasse “ridicularizar” Jesus Cristo? Essa seria brincadeira infantil de uma criança mal-educada, se por trás dela não se escondessem monstros de malignos desígnios. Está em Telavive, em Washington, em Ottawa, Berlim, Paris, Tóquio e outras capitais do imperialismo o covil dessas temerárias criaturas.

O problema com a inocência dos muçulmanos é a malandragem dos judeus. (Neste passo não posso seguir sem pedir desculpas aos malandros tupiniquins.) Enquanto os inocentes islamitas pretendiam temer apenas a Alá, os malandros sionistas acumulavam armas e pecúnia para conquistar o poder e fazer esse poder temido, tanto quanto o poder de Deus. Pensam que conseguirão. Há certa lógica nesse otimismo: se são os judeus o povo eleito, por que não deveriam ser o representante de Deus na Terra?

Essa é uma malandragem de tipo teológico. Enquanto dizem representar Deus, os judeus vão instalando o inferno na Terra Santa. Os judeus já decidem da vida e da morte de seus opositores. Dispõem da terra e da água e do petróleo e da mídia, também dos diamantes, a bomba atômica também eles têm, eles cobram os juros, eles acumulam, tanto estudaram que aprenderam a matar melhor do que qualquer assassino serial: sua indústria bélica exporta a morte para partes do mundo onde está a sua clientela de bandidos.

E ninguém finge melhor do que eles. Os hipócritas fingem tão bem que agridem parecendo não agredir, matam parecendo não matar, atacam parecendo não atacar. A agressão ao Profeta não foi agressão, mas louvável exercício da liberdade de expressão. O assassínio do Dr. Abdel Aziz Al Rantissi não foi assassínio, mas exercício legítimo do direito de defesa. O ataque de um exército judeu nunca foi um ataque, mas sempre um contra-ataque, Neste caso, se algum ataque existiu, terá sido preventivo. A mídia internacional de Israel diz: os judeus não matam os seus inimigos, estes é que acabam morrendo.

O islamita apenas aparentemente mostra-se inocente. Na corrida de ratos de que são os campeões, os ocidentais acham que só não é inocente quem adora o bezerro de ouro. Qualquer cultura sem o valor máximo dado ao consumir e ao acumular riqueza parece-lhes estranha, uma forma de inocência. O gringo julga o maometano inocente porque este é capaz do gesto sublime de se sacrificar pela pátria e pelo Altíssimo, o Clemente, o Misericordioso. Um patriota islamita não é um inocente. Inocente é quem acredita em malandros.         

  


Autor: Chauke Stephan Filho


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