Odeio SP



São paulo, nasci e vivo aqui a 22 anos, Tempo suficiente pra saber se você ama ou odeia algo.

A Cidade que dizem que não existe amor, e sim, eu confirmo isso, não existe mais amor em Sp. Talvez também seja um ódio repentino, porque costumava amar minha cidade, meu estado nem tanto, mas respeitava, porque pra mim existem lugares em são paulo que são invisitáveis, como a Rua Augusta por exemplo, um dos lugares que não me sinto bem.. Um lugar que me sinto muitas vezes sujo. Uma sensação que não se explica.

Mas hoje vejo que vivi meio que em uma “ilusão” por, antes ter várias coisas pra se fazer e hoje não muito. As mulheres não são como antes, os homens muito menos.

As pessoas não se respeitam mais, vivem em pecado, traindo a si mesmo.. Não sou um fanático religioso, na verdade eu não sou uma boa pessoa pra falar em pecado, porque vivo em um purgatório.

Muitas vezes sai sozinho na intenção de continuar assim, é meio estranho porque quando quer que não aconteça nada, é ai que sempre acontece. Sempre achava um conhecido, ou alguma mulher que fazia uma companhia, sendo garçonete, conhecida ou desconhecida, posso descrever uma vez:

Estava em um dia que queria ficar sozinho comigo, colocar meus pensamentos em ordem, poder me “escutar” e me organizar, mas nem sempre consigo.

Sai em uma quinta-feira dia de feriado, apenas eu não ia trabalhar dos meus amigos na sexta, fui em um barzinho aqui perto. Sentei em uma mesa e nessas ocasiões você encontra o inesperado, porque quando me vi tava conversando com uma mulher, a conversa tava boa, eu também sou amante de uma boa conversa.

Ela se mostrava muito interessada… Eu aprendi o bastante para saber quando a mulher esta interessada ou não. Mas me mantive na minha posição, sem mostrar muito interesse, afinal, mulher muitas vezes não gosta de um interesse exagerado vindo de um homem.

Continuamos conversando até que decidimos sair de lá, ir pra um lugar bem mais reservado. Foi ai, que quando me dei conta estava na casa dela “afogado” em sua vagina.

Hoje em dia é muito difícil achar uma mulher que goste ou deixe fazer um oral, tanto deixar como fazer em você. Só Eu sei como gosto de fazer isso, e receber. A melhor sensação. Nada satisfaz mais um homem do que poder sentir a mulher, poder ver ela curtindo o momento, ela relaxando, poder ver a cara de satisfação.. Você na hora se sente um “Deus”. Achei que poderia estar enferrujado, porque a um ano atrás eu prometi pra mim mesmo que não faria mais sexo por fazer. Sexo sem sentimento…

Mas talvez todo o sofrimento me fez voltar a ser o que eu era. Um despreocupado com a vida, procurando só se divertir, ou achar alguma mulher pra algo casual.

Não é uma coisa que sinto orgulho mas é uma coisa que criei pra me proteger, e funcionava. Quando deixava esse “Eu” de lado eu acaba sofrendo de novo, sempre deixei a felicidade amorosa entrar, mas ela nunca se mantinha. E assim acaba nascendo um “eu” mais frio e calculista do antes.

Nunca desrespeitei uma mulher, sempre mantive um relacionamento a base de verdade, mesmo que seja apenas de uma noite, sempre disse o que queria e qual eram minhas intenções… Mesmo assim algumas se iludiam, isso era ruim, e me machucava junto..

Mas voltando.. O sexo realmente foi bom, eu à agradeço, mesmo não lembrando seu nome, talvez seja Camila, ou Jéssica… Tanto faz.

Foi a primeira depois de uma recente Ex. Foi a primeira do retorno do “velho eu”.

Talvez seja por isso que odeio SP, por antes ter tanto algo pra se perder e hoje não.. É realmente difícil achar uma mulher pra se amar, e extremamente fácil achar uma pra abrir as pernas e te deixar entrar.

Minha história não é um exemplo pra ninguém, nem de muito orgulho. mas é o que a vida me deixou transformar.

É por isso e outras coisas que Odéio Sp.


Autor: Mário Durães


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