Quando um valentão entra em cena



Todos os dias, milhares de notícias são divulgadas nos jornais, televisões, rádios, sobre o falado fenômeno bullying. Derivado do inglês o termo quer dizer: Valentão, aquele que insulta. Quem será esse tal valentão? Um aluno agressor? Um aluno agredido e com vontade de vingar-se? Ou um professor emocionalmente desequilibrado dando aula em uma escola? São perguntas como essas que faço todos os dias e não consigo enxergar nenhum desses personagens como “Valentões”.

    Na verdade o que acontece é um processo bem complexo, pessoas todos os dias são vítimas e agressores, simultaneamente, desse fenômeno que resulta em uma violência descontrolada. Isso é uma bola de neve, que a cada dia torna-se maior com tanta violência entre os jovens estudantes.

    Outra situação dessa realidade é que o bullying não acontece somente nas escolas, sua maioria é iniciada nas bases familiares, dando continuidade no espaço escolar e consequentemente ampliando para toda a sociedade. Muitas notícias são divulgadas sobre o assunto pelos meios de comunicação citados no inicio desse texto, mas o que estamos fazendo de fato para mudar essa realidade? O que fazer para não ver nossos filhos nessa situação? Estamos falando de pessoas que são agredidas física e psicologicamente e até violentadas ao extremo, porque tudo começa com um simples apelido e termina em uma tragédia. O que fazer nesse momento que nos surpreende?

    Vamos unir nossas forças para começar mudar essa realidade, conscientizando nossos filhos, alunos, pais, mestres e todas as pessoas que compõem essa sociedade que sem perceber são o próprio fenômeno bullying. Todos nós somos o bullying! Para acabar esse mal, temos que primeiramente anular a violência interna do nosso ser e depois tentar mudar o outro em busca de uma política de paz renovadora, a qual não vemos há tantos séculos. O homem conseguiu adquirir ao longo do tempo tecnologias e inteligência voltada para a era do capitalismo e esqueceu-se de garantir um mundo de harmonia, onde todos possam dividir o mesmo espaço, respeitando as diferenças alheias e promovendo a construção de ciências para o bem. Começamos a fazer nossa parte nesse texto e fora dele também. Comece a fazer a sua agora, imediatamente! E cuidado para não tornar-se mais um desses “valentões” que são facilmente vencidos pela falta de inteligência pacificadora.  

      

Jamerson Kleber França da Silva


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