Talvez um dia dê...



 

Às vezes você acha que vai dar, que teus sonhos e desejos vão se encontrar e a felicidade nesse dia perpetuará. Mas nem sempre, ou quase nunca os planos ocorrem na ordem em que a gente desenha na nossa cabeça. Não, no nosso mundo tudo é tão perfeito que chega a inexistir qualquer possibilidade de fracasso. Doenças não causam medo ou atrapalham as relações. Brigas são silenciosas e acabam em um abraço. Talvez um dia dê pé da gente viver assim desse jeito. Mas a gente ultimamente tem tido outras preocupações. Se não doer já é uma vitória. Não chorar a noite é a glória. Mas a gente sabe o quanto a gente está sofrendo e o quanto a distância do olhar – mais – dos nossos corações têm nos feito verter lágrimas 24 horas por dia e por dentro. Talvez um dia dê tempo de a gente sentar e conversar. “Deixar de falar e não esquecer de ouvir”. De prestar mais atenção ao que a gente não diz, mas que os nossos olhos denunciaram todo esse tempo. De presença e de ausência. Mas nem sempre o que se quer é o que se pode ter, às vezes é preciso abrir-se à solidão e entender um pouco de si próprio para quem sabe fazer por merecer uma companhia melhor que suas próprias dores da vida. Enfim, talvez um dia dê para sorrir sem medo, amar sem culpa e aceitar sem sentir qualquer constrangimento...

 

Com vídeo da música Warwick Avenue – Duffy – http://youtu.be/_UbTYv3QDsE


Autor: Johney Laudelino Da Silva


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