Desenvolvimento e Preservação Ambiental: Como Conciliar os Interesses em Conflito.



Desenvolvimento e Preservação Ambiental: Como Conciliar os Interesses em Conflito.

A dicotomia existente entre desenvolvimento e preservação ambiental tornou-se o maior desafio a ser enfrentado pela humanidade. Cientistas e ambientalistas de todo mundo dedicam-se com afinco a equacionar esta equação com o propósito de proporcionar o alcance do desenvolvimento ecologicamente sustentável. Inegavelmente a humanidade alcançou graus de desenvolvimento em ritmo acelerado. Progresso e tecnologia chegam aos pontos mais pobres da terra. A chamada geração tecnológica, atingiu índices inimagináveis em matéria de produção, tanto de gêneros de primeira necessidade como os de escala industriais. Para atingir o nível de desenvolvimento atual, a humanidade utilizou uma escala crescente dos recursos naturais. Infelizmente a utilização destes recursos renováveis ou não, foi feita sem planejamento objetivando somente o retorno imediato dos capitais investidos. Fortunas foram amealhadas, nações desenvolveram-se aceleradamente, deixando porém um passivo ambiental enorme, capaz de ameaçar a vida na Terra. Apesar da grande evolução científica, finalmente constatou-se que os recursos humanos, de capital, tecnológicos, de matérias primas e outros não são inesgotáveis. Segundo pesquisas, para que todos pudessem desfrutar do progresso experimentado pelas nações desenvolvidas seriam necessárias duas Terras e meia para suprir os requerimentos em recursos e energia. A partir destas constatações, aliada ao enorme crescimento populacional com a melhora do cenário econômico e a grande concentrações industriais e urbanas fizeram eclodir a preocupação ecológica. Inicialmente tímida, ligada mais a problemas estéticos do meio ambiente e a preservação da natureza existencial, não gozavam de prioridade dos governantes, cientistas e humanidade. No inicio dos anos 70, entretanto, devido a concentração industrial e urbana, a natureza começava a cobrar o desleixo com que fora tratada. Rios poluídos, atmosfera irrespirável, chuvas ácidas começaram a estampar as manchetes dos jornais e afetar o bem estar das pessoas. Iniciou-se então uma massificação das preocupações públicas e cientifica sobre os males do descaso ambiental. Quantias vultosas de recursos financeiros passaram a ser destinados para a solução dos problemas ligados ao meio ambiente nos países desenvolvidos. Problemas locais foram solucionados com a eliminação das fontes poluidoras, reconstituição de eco sistemas e melhor planejamento das cidades, oferecendo um certo alivio as preocupações ambientais. Contudo, este esforço ainda era insuficiente, visto que o problema já alcançava escala mundial, a situação já não se limitava apenas ao ambiente nacional, mas estendia-se a toda a humanidade. No início da década de 80, durante o domínio da globalização, a visão dos problemas ambientais como risco a civilização acentuou-se. Discussão sobre efeito estufa, destruição da camada de ozônio, catástrofes naturais e a importância da preservação da biodiversidade centralizam-se na preocupação mundial. O foco dos investimentos passa a ser não somente o retorno financeiro, como também a não agressividade ao meio ambiente. Produzir mais e poluir menos passa ser a meta de todas as grandes companhias mundiais, pois tão importante como um bom retorno financeiro e a não associação de seus nomes e atividades com empresas ecologicamente irresponsáveis.


Autor: Zuleide Regis Da Costa


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