STONEHENGE



STONEHENGE

 

Era uma tarde onde o crepúsculo deixava o céu avermelhado e as sombras da noite se insinuavam entre as poucas nuvens. Um círculo concêntrico de pedras empilhadas, algumas com mais de cinco metros de altura e de tamanho monumental se destacavam em preto sobre o fundo avermelhado do céu. Ao centro do círculo, uma mesada também de rocha, cravejada de pedras preciosas em toda sua superfície, ostentava uma caixa de marfim entalhada de tamanho médio. Parecia a simples vista um altar ou uma mesa de sacrifícios. A sensação de religiosidade do lugar e a presença marcante de seres etéreos nesse templo convidava à oração.

Caminhando dentro do círculo ao longo da mesa, indo em direção da caixa de marfim, o Sr. J e eu, vestindo túnicas brancas compridas, e em silencio respeitoso, nos aproximamos do cofre branco com intenção de abri-lo. O Sr. J. disse para desmontar o monumento central à frete do altar, retirando o dólmen e logo os menires, o que fiz sem tardança. Como realizei o feito não sei, já que as pedras pesavam várias toneladas e consegui desmonta-lo sem esforço aparente.

Chegando perto da caixa o Sr. J. me fez sinal para abri-la; a caixa continha duas divisões e continha na primeira uma espécie de chaveta e arruela de ouro, consistindo em um arame achatado e dobrado ao meio formando uma argola, com as pontas juntas. A arruela servia para colocar as pontas do arame e servir de limite à argola. Vendo-a montada, pela face lateral, se assemelhava a uma cruz ansata, só que a argola era um pouco menor e as hastes inferiores estavam separadas. No outro compartimento, separado por um tabique também de marfim, havia um escaravelho vivo, grande, de um preto brilhante e assas transparentes, o qual mexia a boca como se estivesse a comer alguma coisa.

O Sr. J. pediu para que montasse a chaveta e a arruela de ouro e espetasse o interior da boca do escaravelho até o aparecimento de uma gota de sangue. Feito isso deveria derramar a gota sobre o altar, o que fiz imediatamente.

Uma nuvem esbranquiçada e em movimentos de rodamoinho começou a formar-se por cima da gota e a crescer e espalhar-se por toda a mesada. Logo depois foi se dissipando e apareceram no meio três figuras parecendo humanas, mas muito grandes, como de três metros de altura: um homem, uma mulher e um jovem. Não consegui distinguir suas feições por mais que me esforça-se. Logo em seguida acordei.

 


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