Gestão de pessoas - Um modelo pragmático de administrar no Brasil



Gestão de pessoas - Um modelo pragmático de administrar no Brasil 

Nos dias atuais, as empresas fazem parte de um cenário caracterizado por constantes mudanças, surgindo a necessidade de se buscar soluções para aumentar sua eficiência nos resultados e sua eficácia na resolução de problemas, garantindo sua existência e sucesso num mercado que a cada dia torna-se vez mais competitivo.

Segundo Porter (1996) poucas foram as empresas que conseguiram competir com base na eficiência operacional durante um período de tempo muito prolongado. A razão mais óbvia para isto é a rápida difusão das melhores práticas. Os concorrentes podem facilmente imitar técnicas de gestão, novas tecnologias, melhorias produtivas e os modos originais de satisfazer as necessidades dos clientes.

Tendo em vista a grande demanda por mão de obra a fim de atender novos clientes, bem como com as constantes mudanças causadas pela implantação de um projeto de inovação, algumas empresas têm utilizado novas ferramentas na área de administração de pessoas, para treinar seus colaboradores, haja vista parte destes novos contratados não possuírem a capacitação necessária para o atendimento destes novos clientes. Esta nova situação atinge também antigos colaboradores que não possuem o conhecimento necessário para exercer novas atividades propostas pela inovação aplicada para o crescimento da empresa.

De encontro com este cenário - a necessidade de ter funcionários hábeis, prontos a atender a demanda da empresa – veio à necessidade de se aplicar treinamento específico para exercer novas atividades.

A facilidade do indivíduo de se adaptar e absorver novas informações e conhecimento faz com que a rotatividade nas empresas aumente cada vez mais, já que as oportunidades para profissionais com perfil diversificado são uma realidade cada vez mais constante. Estas oportunidades vêm acompanhadas de benefícios bem atraentes e geralmente elevam o status deste tipo de profissional, que por sua vez abrem mão de casa, família e do seu ambiente de convivência para desfrutar destes benefícios.

Melo (2010) cita que não é difícil observar grandes empresas convocarem seus colaboradores para treinamentos, pois no mundo corporativo, essa prática é cada vez mais comum. Empresas optam por investir na capacitação destes profissionais a fim de melhorar a excelência de suas atividades dentro da organização ou diante de seu público.

 Educação corporativa é um sistema de formação de pessoas pautado por uma gestão de pessoas com base em competências, devendo, portanto, instalar e desenvolver nos colaboradores (internos e Externos) as competências consideradas criticas para a viabilização das estratégias de negocio, promovendo um processo de aprendizagem ativo e permanente vinculado ao propósito, valores, objetivos e metas empresariais cada universidade corporativa é uma unidade única, com características peculiares e específicas, compatíveis com a empresa que a adota. (BOOG, 2006, pg 29).

 O que move o mundo são as pessoas e independentemente da atividade de uma empresa, seus resultados dependem delas. Sendo assim, a gestão dos recursos humanos passa a ser uma atividade estratégica e deve ser gerida de maneira adequada e coerente para o sucesso da empresa.

Para facilitar a incessante busca pelo aprimoramento das pessoas, o mercado oferece ferramentas que permitem o treinamento pela internet, que é o caso dos e-learning’s, que facilitam e contribuem na busca de disseminar o maior conhecimento não apenas de uma equipe interna, mas de todos os colaboradores de uma organização.

Treinar significa investir em profissionais com um propósito único: fazer com que todas as partes cresçam, pois quando se fala em admissões e demissões, fora o aumento com os gastos, cria-se grande transtorno para a empresa com a falta de mão-de-obra qualificada, criando um desequilíbrio na qualidade dos serviços prestados e até mesmo na produtividade.

Conforme Limongi-França (2006), é nítido que o papel do profissional de recursos humanos deve estar atento às constantes mudanças do mercado externo e também da realidade das pessoas que compõe a organização.

Com o mercado de trabalho amplamente competitivo, a busca constante por profissionais com um maior grau de instrução profissional também cresce, o que dificulta encontrar um colaborador ideal para uma vaga específica em muitas empresas, pois pode se deduzir que os melhores profissionais já estejam empregados, porém as instituições apresentam a consciência de que ninguém é insubstituível, por mais gastos que possa gerar para a empresa. Isto é um fato real e que não pode ser esquecido.

Segundo Vizoli (2009), os profissionais da área de gestão de pessoas que tenham por objetivo reduzir o seu índice de rotação de pessoal devem analisar todo o processo de recrutamento, seleção, treinamento, motivação e também como está sendo o desenvolvimento do colaborador dentro da organização.

Porter (1996) já citava há anos atrás que a importância da adaptação entre as políticas funcionais é uma das ideias mais antigas da estratégia, mas está desaparecendo da agenda dos gestores, pois os mesmos voltam o olhar para as competências centrais, recursos-chave e fatores críticos de sucesso. Mas, a adaptação daqueles que executam as tarefas à estratégia é uma componente bem mais fundamental para a vantagem competitiva do que se julga.

A estratégia competitiva consiste em ser diferente e esta diferença precisa estar alicerçada em colaboradores motivados, bem treinados e preparados para os desafios, que se sintam parte do time e estejam dispostos a vestir a camisa da empresa a fim de viabilizar o sucesso mutuo.

 Por Andara Cristina Moura Correia

 REFERÊNCIAS

 BOOG, G. G., BOOG, M. T. Manual de treinamento e desenvolvimento: gestão e estratégias/coordenação. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.

 PORTER, Michael. O que é estratégia? Harvard Business Review, Novembro/Dezembro de 1996. Publicado com permissão de Harvard Business Review. © 1996 by the President and Fellows of Harvard College. Todos os direitos reservados. 

LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina. Comportamento Organizacional: Conceitos e Práticas, São Paulo: Editora Saraiva, 2006.

 MELO, Fabio Bandeira. A importância dos treinamentos para a carreira de profissionais e sucesso de empresas. Disponível em http://www.administradores.com.br/informe-se/entrevistas/carreira-recursos-humanos/a-importancia-dos-treinamentos-para-a-carreira-de-profissionais-e-sucesso-de-empresas/21/ DE 30/08/2010 EM 06/10/2012

 VIZOLI, Miguel: Administração de Recursos Humanos. 1 ed. São Paulo: Pearson, 2009.

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