Ideário Predestinado.



Ideário Predestinado.

 

Lembro-me muito bem.

A noite fecundava-se aos olhos do vício.

Austero era o calçamento ao instinto perdido.

Talvez não tivesse nada mais a dizer.

Além de um canto precedente a estação desértica.

 

Um pobre poeta sem destinação.

Aqui nesse mundo contando a intensidade.

Quando a tarde termina e  começa o  escurecer.

A madrugada trás nela mesma a claridade do dia.

Mas perde se no tempo a homogeneidade dos sinais.

 

Milhões de vezes com essa viseira inexorabilíssima.

Como se espantasse o lúbrico destino diante da polidez.

Eu mesmo não sou nada além da imaginação dos segredos.

Alguma coisa pudesse dizer a ascensão da alucinação  desarticulada.

Deveria então dizer o precípite entendimento indelével.

 

Que horror ter que pronunciar aos vocábulos completos.

Entre uma coisa e outra nunca acreditei na dialética exclusiva.

A imperfeição disforme não teria mais nada a dizer a essa madrugada presunçosa.  

Surpreende-me aos antiperistálticos abalos a incompreensão.

Que propósito é esse perscrutado a loucura dos conteúdos.

Algo abstrato indefinível pela lógica de refutação dos paradigmas.

Preexcelso figura-se ao que se deve dizer assombradamente.  

 

Recôncavos abstratos a dimensão infinita do universo.

Árdua ideia impressionadora acata infrenes hulhas a compreensão.

Quem inventou tudo isso a não ser o gelo árdego a distância do tempo.

Haveria outra luz, outro céu, outros deuses, e outras almas.

O que seria então a misericórdia do que aprendemos por aqui.

Não sei dizer outra coisa, o mundo é completamente estranho, entendo apenas figuração da poesia.

Mas jamais poderei saber precipuamente a razão do poeta.

Estar aqui é como se nunca estivesse, tantos meandros para apenas um só  princípio.

 

Sabe o que é a fenomenologia das complexidades das parcelas.

Posso até explicá-la mais a vida perderá seus segredos indispensáveis.

Hoje aqui perdido desejando sonhar tão somente a mecanicidade do silêncio.

Porque o espírito dos detalhes espencereano  define o intinto como lógico.

As relações de coexistência balizam o ávido filóstomo.

 

Chama-me de irracional imagino tudo isso a uma ligeira idiossincrasia.

Projeto além da história subjulgadas exceções tardiamente tolas.

O magnetismo relâmpago a uma razão reprimida a delinquência oficial.

As contradições gasificam vingam se as flores zarpadas ao infinito.

Ao ato perceptivo,  destino pespegado  ao olhar demasiado.

Dos encantos propositais.

Quem produziu esse fundo contratual inexorável.

O destino é tão comum que até o nada entende a abundancia da esperança.  

Hoje é o ultimo dia pode ter certeza disso, perola-se ao entendimento.

 

Edjar Dias de Vasconcelos.


Autor: Edjar Dias De Vasconcelos


Artigos Relacionados


O Verdadeiro Sentido Da Imaginação

Nietzsche

Idiossincrasia Romântica.

A Intuição Do Saber.

O Destino Da Fantasia.

Interpretação.

Metáforas Inconsistentes.