Errando não se aprende!



Passada outra eleição municipal, exceto para cidades onde haverá segundo turno, nós paulistas, em especial que moramos ou trabalhamos na Região Metropolitana de Campinas (RMC), tivemos o que se pode assim dizer um pleito tranquilo, pelo menos no que se refere a incidentes.

 Esperamos que, passada a eleição, não haja vencedores ou vencidos e, queira Deus, que, de alguma forma, a maioria soberana da população tenha feito a melhor escolha, pois eleição é decisão de 4 anos, muito diferente daquele jogo de futebol, que após uns minutos estamos na esquina discutindo a próxima partida ou lamentando o gol perdido que podia ter decidido o jogo.

 De maneira geral, houve renovação em câmaras municipais, mesmo naquelas que não aumentaram o número de cadeiras; aconteceram algumas reeleições como prova de continuação de um trabalho aprovado e como não poderia deixar de ser, houve decepções que fazem perguntar onde foi o erro?

 Tem frases, com as quais não concordo, que dizem: “é errando que se aprende” e “se aprende com os erros”. Penso justamente o contrário, "acertando é que se aprende mais" e "os erros devem ser evitados" para não precisarmos lamentar situações ou, para ir no popular, “não chorar por leite derramado”.

 Devemos ressaltar esforços coletivos ou individuais, enaltecer a vontade de acertar de cada um, mas não se pode, como disse o poeta, “dormir como pedra e esquecer o que foi feito”. É preciso senso critico, agir com instinto em favor do que consideramos melhor e, na hora que for preciso, não atender tudo que pedem ou determinam, mesmo que seja em nome da coletividade, afinal “quem sabe faz a hora”, disse outro poeta.

 Para encerrar, números para se pensar: Como uma coligação tem mais 64 mil votos nominais para vereadores e o candidato majoritário perde a eleição por receber pouco mais de 46 mil votos? Como uma coligação adversária recebe pouco mais de 31 mil votos nominais para vereadores, mas seu majoritário ganha a eleição com mais 54 mil votos? Não precisa explicar, ninguém entenderia mesmo...


Autor: Edson Terto Da Silva


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