Paradigma da convergencia pedagógica



 

PARADIGMA DA CONVERGENCIA PEDAGÓGICA

Este, é um sistema ou escola de pensamento em construção, que esta sendo desenvolvido por mim, afecta ao dominio da educação, que do ponto de vista epistemológico esta alicerçado em tres domínios ou pitares:

Domínio Científico;

Domínio Pedagógico;

Domínio Axiológico.

 

  1. Domínio científico:

Assumi um carater científico porquanto toma o fenómeno da educação como objecto de estudo, e olha-na como um problema meramente dialéctico, examina a educação em seus aspectos específicos, portanto aqui, processos como histórico-cultural, antropológico, processos politicos-económico são tido como relevantes e visto dialéticamente, dialogicamente numa perspectiva metodologicamente particular não obstante requerer o universal para conferir coerencia, sentido e significado à sua tarefa.

Raízes: A raíz dessa nova forma de pensar a educação pode ser localizado no pensamento socrática, na ontologia platónica, no realismo aristotélico, nas filosofias e religieõs orientais, no pragmatismo de Jonh Dewey, nas teorias psicocognitivas, nas teorias sociocognitivas, nas teorias personalistas, na fenomenologia, no existencialismo, no funcionalismo, nas teoria da reprodução cultural, na escola critica de frack furd, no pensamento complexo, na pedagogia da libertação. Portanto o paradigma proclama a “guerra” (no bom sentido), pois trata-se de uma interligação ideológica e aqui também residem as razões da designação paradigma da convergencia pedagógica (perspectiva que olha a educação contemporanea como um fenómeno antropológico, politico, socio-economico, psicológico, sem discorar as luzes clássicas). Com estas asserções acredita-se que estamos perante uma filosofia com uma forte componente teórica de modo que é, em si uma visão interdisciplinar.

 

  1. 2.    Dominio Pedagógico

E importante salientar que os aspectos que hei-de apresentar sobre este dominio revelam a componente prática da presente perspectiva.

A realidade objectiva, extrapolada sob escopo de determinadas variáveis permitiu aferir que um pouco por todo o país decorrem práticas pedagógicas ao nível técnico, ou seja, verifica-se aqui e aquola resquiços de tradicionalismo na rede escolar pública porque o curriculum fez das componentes pessoais do processo uma espécie de robôs retendo regras e com incapacidade de utilização de informações memóristicas.

A presente perspectiva inclina-se para estudos que garantam profundidade, a convergencia pedagogica enfatiza que o factor mais importante na educação a qualquer nível é ensinar a pensar. Os psicológos cognitivistas já mostraram que é razoável esperar que os alunos demonstrem alguma visão crítica do material ao qual estão expostos nos vários estágios de desenvolvimento mesmo com histórias de Ngangula que lhes sejam lidas. Para uma compreensão adequada do mundo a convergencia pedagógica postula uma inteligencia sobre os factos e das maneiras de ordená-los e classificar o conhecimento. Pois, o estabelecimento de leis científicas é determinado por dados factuais actualizados, por isso a escola deve ensinar os factos substanciais sobre o universo, pelo que um bom programa deverá apresentar o material de modo ilustrado, agradavel e interessante.

Afirmo a minha ortodoxia sobre o pensamento de Jonh Lock, por ter acreditado que a brincadeira era um evidente auxilio ao aprendizado, e hoje os procedimentos e leis da psicologia infantil são cada vez mais resoluto neste aspecto.

A presente perspectiva, na sua neutralidade, defendi arduamente a autonomização e a discentralização do curriculo por razões muito simples e óbvias.

  1. A escola no e para o século XXI, deve ser, como verdade de razão, uma oficina para os problemas imediatos e do futuro, o que implica a necessidade da elaboração de um curriculo adaptado as exigencias da comunidade no qual se localiza a escola.   
  2. Só uma escola cuja liderança é participativa é capaz de promover a comunidade e o seu educando no aspecto humanístico e no seu sistema axiológico efectivo. Aqui evocamos a possibilidade de haver transferencia de competencias.

Papel do Professor: Reafirmamos o que uma vez disse um ilustre pensador: “Nós educadores, somos políticos, portanto fazemos educação quando educação”. Ora, penso ser a oportunidade para esclarecer termos que tem sido mal aplicados, trata-se da palavra politica-existe apenas dois modos de existir humanamente: politicamente ou egoistamente, a primeira expressão sobrepõem a dimensão social do animal racional, política, tal como se diz tradição grega, no sentido de organização, interferencia sobre os assuntos da poli. A segunda expressão sobrepõe a dimensão psicológica do animal racional, projectar o mundo desde o ponto de vista de um lado (esquerdo ou direito) da âncora, ou seja, uma cosmovisão construida a partir simplismente de quem vê, do seu sofrimento, frustrações, ódios, impulsos. Com esta luz, acredito ter cristalizado e quiça ter sugerido definitivamente algum modo de vida à aqueles que antes, humildimente reconheciam não estar nem num, nem noutro modo de ser humano. Quero com essa pequena tese radiar o que foi afirmado por Freire, nos seguintes termos: educação é assunto de um homem que reconheci e existencializa um outro ser, objecto e simultaneamente sujeito na relação. A metodologia que assumimos previlegia o dialógo como processo horizontal de transferencia intersubjectiva de proposições entre as componentes pessoais do processo sem quaisquer tendências de hierarquização da relação pedagógica, isto não significa que esta sendo relativizado a autoridade do professor, pelo contrário, recuamos o autoritarismo e investimos o professor de poder sobre o aluno, consideramos que o professor é filosoficamente orientador, ajundando o aluno na escolha do material importante e dilatá-los com desejo de aprimorar se cogitar (pensar) na formaa mais profunda e prozaica possível. Provavelmente a maneira mais clara para entender isso é citar Freire e Morin como professores prototipos que a convergencia pedagógica pretende ter.

  1. 3.    Dominio Axiológico

O paradigma da convergencia pedagógica partiu do princípio segundo o qual, o homem é um ser biopsicosocial. A nova visão respeita todos os valores vividos temporalmente como: a solidariedade orgânica, o exercicio de cidadania sem limitações e represálias, tolerancia sobre pessoas e grupos em austeridade de caráter ou moral.

Para terminar este pequeno resumo relativamente a um assunto de extrema complexidade, devo dizer com humildade científica, que este é um desígnio aberto, e coloco em voga sob responsabilidade de, nos próximos tempos trabalhar sabiamente as opiniões em apêndices constitutivo.

 

Referências Bibliográficas

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Autor: Joao Catchindele Ngumbe


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