Jean Jacques Rousseau.



Jean Jacques Rousseau.

 

1712-1778.

 

“O homem nasceu livre em toda parte encontra-se acorrentado”.

 

Rousseau nasceu na cidade de Genebra, de origem pobre, seu pai um consertador de relógio, sua mãe morreu no parto, o pai teve pouco interesse pelo filho,   o pobre menino foi deixado em Gênova, quando seu pai teve que fugir da cidade para não ser condenado criminalmente.

Uma história muito triste mais real, uma criança abandonada pela família, graça seu empenho pessoal deu a história da humanidade, uma grande contribuição intelectual.

Foi um gênio, sofreu muito na infância e muito mais na velhice, quando a sua mãe morreu deixou alguns livros de herança a Rousseau  adquiriu o  habito de ler, como a única forma que teve para rememorar a sua mãe.

 Que  também tinha como costume a prática de leitura, foi exatamente esse exercício  que lhe levou a genialidade transformando em um imortal da literatura.  

 O jovem andou pelo mundo solitariamente até ser cuidado por uma madame Warens. Tudo indica que ela estava perdidamente apaixonada pelo Jovem Rousseau, foi exatamente a sua sorte.  Mulher rica que lhe deu todas as formas de proteção.

Por esse tempo ele se dedicou a estudar por sua conta, até completar oito anos de estudos, lendo diariamente,  quando conseguiu seu primeiro emprego.

 Foi secretário do embaixador Francês em Venesa. Escreveu seu primeiro livro aos  quarenta  anos e logo ficou muito famoso após a sua publicação.

Transformou-se no pensador iluminista Frances mais importante daquele tempo, apesar da sua fama, como escritor devido suas ideias indispuseram com quase todo mundo que conhecia, incluindo os católicos e Madame Warens a sua amante.

Logo em seguida ao publicar o livro Contrato Social indispôs com o governo Frances e com os protestantes, sofreu muito, morreu pobre e terminou seus dias sozinho, desesperado, fugindo de país a país para se livrar de perseguição, antes tinha sido protegido pelo  seu amigo David Hume, na Inglaterra.

Por ultimo perseguido por todo mundo voltou a Paris, onde morreu, não suportando a perseguição cometeu suicídio.  Na época de Rousseau era muito difícil ser crítico, ainda mais ele que desenvolveu seus escritos visando à superação em definitivo do Antigo Regime e não defendia totalmente a sociedade moderna.

Colaborou na produção da Enciclopédia, de Diderot, as principais obras de Rousseau são Confissões, Emilio e O contrato Social.

Sendo que o Contrato Social foi seu melhor trabalho, no qual ele procurou apresentar a realidade ideal da nova sociedade, fazendo uma crítica  a sociedade e com a política educacional que tinha criticado em suas outras obras, particularmente Emílio e a Origem da Desigualdade.

Nessas obras ele havia criticado, argumentando que a injustiça resultava da política e de instituições que suprimem as vontades e capacidades naturais dos homens.

  Na sua obra anterior introduziu o famoso conceito do bom selvagem,  deixando claro que os homens no estado de natureza não praticavam o mal.

Devido naturalmente o caráter pacífico de suas paixões e a ignorância do vício, impediam de praticar a maldade, Rousseau foi contra a sociedade anterior, mas ao mesmo tempo revelava profundas desconfianças a respeito da nova sociedade que estava em gestação.

Extremamente crítico, não via também muitas possibilidades no capitalismo que estava começando a nascer no seu período histórico, mesmo assim não entendia a possibilidade de outro tipo de sociedade, naturalmente a mesma caminhava pelas suas variáveis.   

Dado ao seu modo de analisar dessa forma adquiriu inimigos entre todos os setores da sociedade. Declarou que  o homem nasceu livre, mas se encontrava  acorrentado, ele apresenta o contrato social com essa frase. Mal entendida por diversas correntes da época e ainda hoje.

Sua obra defende a relação entre o direito e a lei, liberdade e justiça, enfatizava  o governante tem que ser o agente do povo, sua doutrina em geral abstrata, parece defender a tirania da maioria sobre as monorias, mas visando a defesa do bens coletivos.  Muito avançado para sua época.

Ele defende o dever de todos que participam da sociedade a obedecer ao Estado, imagina o mesmo acima da sociedade, ele nega de certa forma os direitos individuais, resquício da sociedade antiga, como ainda hoje a sociedade moderna, afirma apenas os direitos individuais dos proprietários.

Mas de fato Rousseau argumenta explicitamente que qualquer noção de direitos individuais deve ser abandonada, seja qual for o modelo de Estado. A vontade geral diz nos Rousseau é à vontade direcionada para os próprios direitos comuns.

A vontade de todos que deve ser entendido como contra vontades egoístas individuais, portanto, cada um deve colocar a sua pessoa e todo seu poder em comum sob a égide da suprema direção da vontade geral e em  defesa da  capacidade coletiva.

Aceitamos cada  um como a parte invisível do todo, o Estado tem que estar acima dos interesses particulares, hoje a burguesia usa dos interesses particulares fazendo o Estado defender esses interesses.

 O Estado é o mecanismo de classe social, o que é  sagrado não é mais o Estado mais esse mecanismo de defesa de classe social por intermédio do Estado, exatamente o que faz  até hoje a burguesia.   

A vontade geral para Rousseau parece gerar uma força maior que as diversas partes ou classes, a vontade geral assume o aspecto de uma parte individual, acima dos membros que lhe dão poder.

Em resumo na visão de Rousseau não pode haver  falta de harmonia entre os interesses do soberano e do povo, ele percebe que existe muitas tensões no seu conceito de contrato social.

 Motivos pelos quais  não é tão idealista assim, pois tem consciência que a vontade individual se tratado da nobreza não vai mesmo de encontro aos interesses do povo, muito menos da burguesia nascente.

Esse é verdadeiro motivo de escrever o contrato social, fazer com que quem governe entre minimamente na legalidade, o que de fato nunca aconteceu na sua época e muito menos posterior, na criação do Estado burguês, o contrato passou a dar legalidade para os interesses particulares o que nunca foi à vontade de Rousseau.  O uso de sua ideologia em benefício da particularidade.

No capitalismo moderno, o contrato não tem finalidade de defender funções coletivas, nesse caso não teria sentido defender a vontade do povo, porque a mesma é usada ideologicamente para defender a vontade da burguesia.

O Estado transformou em um instrumento de dominação, aqueles que desejam conquistar o Estado, o objetivo é explorar o povo, com efeito,  o mesmo é um instrumento inimigo do povo. Essa foi análise desenvolvida posteriormente por Karl Marx.

Naturalmente que sua inspiração nasceu primariamente em Rousseau.  Hoje são diversas ideologias, mas todos compreendem que para o desenvolvimento pleno de uma sociedade.

 O Estado político tem que cumprir sua função social, ou seja, que os bens coletivos devem estar acima dos bens particulares, não refiro ao coletivismo comunista, mas uma relativa distribuição de renda, mesmo no capitalismo o que é impedido pela direita quando faz uso do poder econômico.

O pleno consumo, é o  que leva o pleno emprego, o pleno emprego é o que provoca ao desenvolvimento da sociedade, essa forma de pensar denomina-se de  desenvolvimento humano, com desenvolvimento político,  técnico e econômico de uma sociedade.

 Essas ideias de certa forma em outras variáveis remonta a Rousseau.  Esse é o grande valor dele, para entendimento da sociedade contemporânea a luz do desenvolvimento das formulações das tradições de suas ideologias.  

 

Edjar Dias de Vasconcelos.

 

 

  

 


Autor: Edjar Dias De Vasconcelos


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