BULLYING ELEMENTO NORTEADOR NAS ORGANIZAÇÕES
BULLYING ELEMENTO NORTEADOR NAS ORGANIZAÇÕES
Este trabalho tem objetivo de levar a informação e o conhecimento do que é o fenômeno bullying que antes muitos não conheciam, e hoje muitos conhecem apenas em falar, mas não sabem a origem e o que realmente é esta prática onde crianças, jovens, adolescente e adultos independe de sua classe social e também no meio coorporativo, estão sendo vitimas dessa violência e não sabem como agir levando para suas vidas grandes seqüelas destes ataques.
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Palavra chave: Bullying, escolas empresas e ser humano
Segundo Silva, Ana Beatriz Barbosa autora do livro Bullying Mentes Perigosas ‘’Todos os dias a vida de milhares de crianças e jovens brasileiros é afetada por um fenômeno cada vez mais comum: O bullying de origem inglesa, a palavra corresponde a um conjunto de atitudes de violência física e/ou psicológica que ocorrem nas instituições de ensino. É um tipo de agressão intencional, que ridiculariza, humilha e intimida suas vítimas. Algumas crianças, por serem diferentes de seus colegas-altos ou baixos demais, gordinhos ou muito magros, tímidos, nerds, mais frágeis ou muito sensíveis, sofrem intimidações constantes. Discriminados em sala de aula, as vítimas de bullying, na maioria das vezes, sofrem caladas frente ao comportamento de seus ofensores. “E as conseqüências podem ser desastrosas: Desde repetência e evasão escolar até o isolamento, depressão e, em casos extremos, suicídio e homicídio.”
Atos de violência física, psicológicos, brigas, ofensas agressões que tornam a vida de quem sofre esta prática um verdadeiro inferno que em muitos casos torna-se irreversível em danos psicológicos, onde o agredido tem que submeter-se a tratamentos por toda a sua vida e em muitos casos não conseguem voltar a ter um convívio saudável na sociedade.
Segundo o jornal o globo a princesa AIKO filha única do herdeiro ao trono do Japão, naruhito ficou seis dias afastada da escola por um suposto caso de Bullying por parte de um grupo de crianças. Aiko de nove anos retornou após seis dias afastada onde reclamava para sua mãe de dor de estomago e ansiedade o que fez com que não retornasse a escola , aparentemente foi informado que um grupo de alunos zombou de vários colegas entre eles a princesa Aiko o que levou o palácio imperial a intervir e pedir medidas a responsável do colégio.
Em maio de 2009 um adolescente de 12 anos resolveu registrar ocorrência na delegacia da criança e do adolescente (DCA) por estar sofrendo bullying pelos colegas do centro de ensino fundamental 24, em ceilandia – Brasília – DF. A delegacia ainda apura o caso. Segundo o delegado Francisco Antonio da Silva, a ocorrência é curiosa por ser o primeiro caso nesse sentido apurado na DCA.
Estes casos acima descritos são reais e mostram as agressões sofridas por crianças dentro da escola independente de sua classe social. O fenômeno bulying não é uma prática nova, este fenômeno é uma prática vista nas escolas americanas e hoje vem crescendo no Brasil. No meio escolar a pratica do bulliyng atinge mais as crianças e adolescentes, mas segundo a psicanalista Araceli Albino em um artigo publicado na revista psique, ano V n. 49, pagina 57 “nem só as crianças e adolescentes são praticantes do bulying. Esse tipo de perseguição ocorre também em adultos, que buscam de alguma forma, perseguir, humilhar e agredir a outro. Assim como nos pequenos é difícil saber o que leva um adulto a tomar tal atitude contra outro, mas especialistas acreditam que, na maioria dos casos, os agressores são motivados por inveja ou alguma vingança pessoal”.
Temos um caso recente que saiu em toda mídia, que foi o caso da estudante Geisy arruda que foi hostilizada pelos colegas da faculdade por estar usando um vestido muito curto, caso este que se tornou público e com grande proporção em toda mídia inclusive internacionalmente não se tornando uma prática diária pela repercussão que teve e hoje a vitima ganhou a causa na justiça onde vai receber uma indenização no valor de R$ 40.000. Outro caso que ocorreu também envolvendo uma pessoa famosa foi com a filha da apresentadora Monique Evans que no dia 15 de julho de 2010 teve uma surpresa ao chegar à faculdade onde cursa o primeiro ano de nutrição, pois os muros ao redor da instituição estavam pinchados com frases de ofensas a ela e sua mãe. A apresentadora ao saber do ocorrido informou que não vai descansar enquanto não ver os responsáveis por este ato na cadeia. O Caso ainda esta sendo investigado pela instituição, mas segundo a apresentadora seus advogados já estão tomando as providencias cabíveis.
Estes casos citados acima são apenas alguns exemplos de casos ocorridos e que de alguma forma chegou ao conhecimento de todos através da mídia, mas existem muitos outros casos que não são divulgados e na maioria das vezes por falta de informação não denunciam e outros com medo de seus agressores ficam intimidados e não denunciam com medo da violência se tornar maior.
Nas organizações a violência é sutil porem mais prejudicial, pois a prática é para destruir o outro profissionalmente visando o cargo ou a vaga que o mesmo ocupa onde a abrangência é maior, pois ataca o profissional e o pessoal. É comum ocorrer à prática do bulliyng quando ocorre o ingresso de um novo colaborador onde o colaborador veterano sente-se ameaçado profissionalmente e tenta algumas formas de intimidação e até mesmo ameaças aonde o novo colaborador chega com todo gás, garra, querendo fazer a diferença e se destacar na empresa e logo ocupar cargos maiores dentro da organização. Agindo desta forma as empresas que “adotam” o bullying como uma forma de fortalecimento organizacional onde correm o grande risco de perder seus colaboradores devido ao afastamento médico, pois os colaboradores acabam necessitando de sérios tratamentos psicológicos que levam muito tempo ou dura a vida inteira do colaborador ficando dependente de vários tipos de remédios.
Um artigo publicado no periódico British journal of guindance & conselling indica que algumas companhias acompanhadas em pesquisas de percepção, até mesmo acham o bullying aceitável. Algumas chefias se agrupam com os bullies (aqueles que praticam o bullying) e outros simplesmente não intervêm. Para alguns executivos o bullying é visto como uma forma de deixar outros indivíduos mais fortes (um “mal necessário” para construir caráter).
Uma pesquisa realizada pelo IBGE em Brasília apontou Brasília como a capital do Bullying no meio da educação segundo o estudo, 35,6% dos estudantes entrevistados disse ser vitimas constante da agressão, mas que não denunciam por falta mesmo de conhecimento onde ficaram sabendo que foram vitimas desta prática somente depois de terem recebido a informação do que era o bulliyng, então podemos ver a importância de estar divulgando este fenômeno.
Hoje o bulliyng já esta sendo mais conhecido da sociedade através das denuncias já existes e que se tornaram públicas, claro que já ocorreram milhares de atos desta violência e em grandes proporções psicológicas que não foram denunciados por medo ou por falta de conhecimento, mas hoje temos um novo cenário que envolve educação, empresas, pais, sociedade e governo, todos unidos pelo fim desta prática seja ela no meio escolar ou não.
Um grande exemplo aconteceu em uma escola particular na cidade satélite e ceilândia Brasilia-Df, onde a escola foi condenada a pagar o valor de R$ 3 mil reais a mãe do aluno onde o garoto com apenas 7 anos era agredido pelos colegas onde apanhou por um ano e sua mãe já havia comunicado a direção da escola mas nada foi feito, o menino ficou com medo de voltar para a escola e adquiriu dificuldades de aprendizado a escola se omitiu ao caso, onde teve conhecimento do que estava acontecendo através da mãe do aluno mas não fez nada e todos os atos foram comprovados pela mãe do aluno onde houve a decisão Judicial pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal onde foi deferido a causa a favor do aluno. Esta condenação chama a atenção para o fenômeno Bullying, que não são apenas simples agressões são crimes praticados contra pessoas ou grupo de pessoas que levam a grandes problemas psicológicos por toda a vida do individuo e que precisa ser denunciado para que os praticantes desta violência seja punidos de acordo a lei
É preciso que a sociedade abra os olhos para esta prática com uma visão sim de um crime previsto em lei e de grave seqüelas e que não estamos livres da pratica que pode já ter ocorrido com qualquer em nosso meio e não termos percebido devido a falta de conhecimento ou por omissão e que fazer a denuncia é o melhor a fazer e assim inibir esses agressores.
A informação
Não é de hoje que ocorrem muitas brigas entre alunos, humilhação malstratos, agressões físicas e psicológicas, ou seja, tudo que sempre ocorreu, mas hoje com uma diferença com o conhecimento do que realmente é este fato, as escolas já discutem e fazem uma avaliação do fenômeno, ou seja, já foi diagnosticado como um problema e agora é saber como tratar ou como agir com esta situação. Nas organizações a prática é nova onde ocorre como forma de competitividade entre colaboradores, mas não deixando de ser um problema grave.
Este fenômeno é um problema mundial, que esta presente em quase todas as escolas e que veio crescendo silenciosamente e hoje vem sendo estudado e pesquisado inúmeras formas para combater esta prática.
A mídia deu uma grande ajuda para divulgar este fenômeno devido à prática ter ocorrido com pessoas famosas e assim houve uma grande repercussão nos jornais e revista tornando assim o fenômeno mais conhecido da sociedade em geral, mas é preciso ações mais abrangentes para que se torne do conhecimento geral de todos de como prevenir e identificar a vitima desta violência.
O Brasil vem discutindo o fenômeno e vem tomando soluções eficazes para combater o fenômeno. As ONG organizações não governamentais se mobilizam para tentar solucionar este grande problema focando no desenvolvimento dos jovens baseado na arte e na cultura, onde são desenvolvidos trabalhos em equipe envolvendo todos e descobrindo com trabalhar em equipe e ter uma boa convivência em grupo e no meio da sociedade em geral e assim obtendo um bom resultado onde esses jovens começam a ter uma convivência saudável entre si e o numero de casos praticados de bullying vem diminuindo consideralvemente..
Como as organizações estão agindo?
As escolas estão bem conscientes do fato, mas não agem de forma preventiva somente quando o fato ocorre é que tomam providencias para o ocorrido onde deveria estar tomando medidas antes do acontecimento de forma a levar a informação e o conhecimento a todos os alunos, pais, professores e funcionários onde todos estando envolvidos haveria uma ação preventiva.
A secretaria de educação do distrito federal esta elaborando um manual para orientar as escolas sobre como agir em caso de violência e outros problemas de relacionamento.
As organizações têm o conhecimento do que é a prática, mas muitas fecham os olhos para o fato de acordo a conveniência do momento coorporativo onde muitas empresas acham que é uma forma de estimular o crescimento do individuo visando apenas o crescimento organizacional onde pensam que assim o colaborador vai ter um crescimento pessoal e organizacional, e é exatamente ao contrario que ocorre o colaborador fica doente psicologicamente e conseqüentemente vem o seu afastamento da organização por problemas de saúde onde a organização nunca vai aceitar que foi pela prática do bulliyg.
Muitas empresas ainda apesar de ter o conhecimento do assunto agem como se não conhecessem frente às agressões ocorridas em suas instituições.
Fatores de risco
Fatores econômicos, sociais, culturais e principalmente influencia de amigos com formação de “grupinhos” são riscos para a manifestação da pratica do bullying nas escolas e no meio corporativo a inveja, e a competitividade entre os colaboradores onde se sentem ameaçados por um novo colaborador e desencadeia a pratica do bullying e causam grandes impactos na saúde psicológica do agredido.
Conseqüências: As conseqüências são grandes no físico e psicológico, causando danos a curto e longo prazo onde o individuo não consegue mais ter um convívio normal no meio social.
Como prevenir esta prática?
A escola deve estar atenta as dificuldades de relacionamento de seus alunos, esta monitorando o seu convívio social, tendo sempre o envolvimento dos professores, funcionários, pais e alunos na tentativa de reduzir a pratica do bullying. A organização cria-se uma observância nos fatos ocorridos a saber se acontecem com freqüência ou se são fatos isolados e trazer o fato a todos da organização de forma aberta para que seja sabido por todos ,e de forma conjunta existir ajuda mutua na organização envolvendo toda a equipe, para que não prejudique o clima organizacional. A escola e as organizações não devem esperar acontecer para que se faça algo é preciso fazer saber o que é a pratica e como prevenir deixando seus colaboradores, pais, aluno e sociedade em geral conhecedora da pratica se comportar frente um acontecimento desta natureza.
O que a escola e as organizações podem fazer?
Cabe investimento em capacitação de seu corpo docente, e em seus profissionais de base, pois o bulliyng é um fenômeno de difícil solução onde tem que haver o envolvimento de todos e buscar novas ações e técnicas e parcerias que possam desenvolver novos projetos contra o fenômeno bulliyng, a união com ONG, é um bom caminho para desenvolver um bom trabalho contra o fenômeno de forma inserir o aluno a atividades culturais para o seu desenvolvimento pessoal, para que o profissional passe para a vitima deste fenômeno uma confiança para que possa se abrir e falar do ocorrido assim será mais fácil ajudar esta vitima.
Como identificar uma vitima de bullying?
Segundo Andréia Barros, revista abril nova escola, como identificar vitima e agressor destaca algumas características mais usuais das vitimas de bulliyng. Depressão, baixo auto-estima, ansiedade, abandono dos estudos, famílias desestruradas, – essas são algumas das características mais usuais das vítimas. De certa forma, o bullying é uma prática de exclusão social cujos principais alvos costumam ser pessoas mais retraídas, inseguras. Essas características acabam fazendo com que elas não peçam ajuda e, em geral, elas se sentem desamparadas e encontram dificuldades de aceitação. “São presas fáceis, submissas e vulneráveis aos valentões da escola”, explica Cleo Fante, especialista no assunto.
Os pais, as escolas devem estar atenta as mudanças, que possam ocorrer em seus alunos e adolescentes aumentado sua observância no comportamento de cada um e nos grupos também, e assim conseguiriam manter uma prática preventiva contra a prática do bulliyng. Nas organizações é um pouco complicado devido os interesses pessoais de cada colaborador onde cada um tem que se observar suas atitudes e meio onde trabalha e assim ter uma percepção do cenário que convive.
O governo também esta cada vez mais preocupado com a violência nas escolas onde o CNJ conselho nacional de justiça promoveu no ultimo dia 20 de outubro de 2010 o projeto justiça nas escolas com objetivo de aproximar a justiça e as instituições de ensino no combate a violência nas escolas reunindo educadores, sociedade e judiciário procurando assim encontrar em conjunto o caminho para conseguir acabar com a violência nas escolas que não é somente a pratica do bulliyng mas temos ainda as drogas que vem crescendo assustadoramente entre os jovens e adolescentes do país.
A CNJ lançou uma cartilha de orientação para a sociedade contra a pratica do bulliyng, o material será entregue para as escolas publicas e particulares de todo pais e ainda poderá ser acessado no site do CNJ.
Desta forma o fenômeno torna-se mais conhecido da sociedade em geral ficando assim mais fácil de ser combatido juntando a informação e o conhecimento que vai ser adquirido apartir da informação adquirida pela sociedade, havendo a prevenção desta prática seja ela nas empresas entre colaboradores ou entre estudantes nas escolas o importante é desenvolver nas empresas um clima saudável de convivência no meio coorporativo e nas escolas desenvolver uma convivência sadia podendo oferecer aos jovens e adolescentes o caminho para se tornarem pessoas de caráter deixando uma base bem estruturada para vida.
Por Fabiana Almeida Fernandes
Graduada em Gestão Comercial
Pós Graduada em Gestão de Pessoas.
