O Brasil não quer carro elétrico no país



Nunca houve tanta preocupação com o meio ambiente como hoje. Neste cenário, o governo está implantando programas para procurar reduzir a poluição criada pelos veículos automotores. Um dos programas, foi o rodízio municipal da cidade de São Paulo. Este foi aplicado na década de 1990, visando reduzir a poluição de uma das maiores cidades do mundo. Ainda em São Paulo, na década de 2000, foi criado o programa Controlar, que visa fiscalizar os veículos para que não poluam mais do que deveriam, de acordo com as especificações do fabricante.

Será que estes programas não colocam o fator meio ambiente como secundário e, exista, algum outro interesse, como o aumento da arrecadação?

Quanto ao primeiro programa citado, o do rodízio municipal, fica claro, olhando as estatísticas de trânsito, que o objetivo era reduzir o número de veículos automotores em um determinado dia útil. Os governos não tiveram competência em incentivar o transporte público e de prover um crescimento sustentado das vias públicas e, a solução, diga-se paliativa, foi coibir o uso de veículos.

Quanto ao programa Controlar, fica claro que sua implantação foi de criar nova forma de arrecadação. Hoje veículos de combustão fóssil, devido ao avanço da tecnologia, poluem bem menos que antes. A população, pelo êxito das políticas econômicas dos anos 18 anos, estão comprando e mantendo carros mais novos e, teoricamente, sem poluir tanto. A prefeitura de São Paulo criou políticas proibitivas ao trânsito de caminhões a diesel pelas vias de São Paulo , obrigando-os a contornar pelo rodoanel. Será que ainda precisamos de um programa que cobra por fiscalizar os veículos?

Mesmo se fosse necessário, a tecnologia atual nos laureou com um novo carro, o elétrico. O uso desta tecnologia ainda está evoluindo mas já traz enormes benefícios para quem a utiliza. O carro não agride a atmosfera com monóxido de carbono e, não causa poluição sonora a população. Porquê os governos então não incentivam o uso do carro elétrico?

Segundo a ABVE (Associação Brasileira de Veículo Elétrico), alguns estados e municípios federação criaram leis que visam a redução ou isenção total dos impostos como IPVA. Isentar totalmente a cobrança de impostos é drástico demais pois, o Estado tem que ter o direito de arrecadar impostos para manter o provimento e manter a qualidade de serviços básicos a população, entretanto, a redução dos impostos foi um grande incentivo a população a ter um carro elétrico. Mas, porquê o povo ao querer adquirir um novo carro, não pensa primeiro num carro elétrico? Um veículo que não iria agredir o meio ambiente e, além do mais, traria enorme redução do custo para o proprietário?

O carro elétrico ainda é uma tecnologia muito cara. Componentes como a bateria, motor e carregadores ainda são importados e são caros. Um preço de um carro elétrico, mesmo se fosse produzido no Brasil,custaria no mínimo R$ 200.000,00. Colocando somente estes fatores a mesa, o consumidor já se sente desencorajado a adquirir um carro assim.

Retomando a questão do meio ambiente, o governo poderia reduzir o IPI e o ICMS, dar incentivos fiscais as fábricas de componentes deste tipo de carro que quisessem implantar uma planta aqui no Brasil, etc. Mas, como percebemos, não faz. Ainda não vimos o poder executivo levantar esta bandeira. Fica claro que o governo está mais preocupado com a arrecadação do que o meio ambiente. Além do motivo da redução da arredação devido aos impostos, os fabricantes de veículos convencionais iriam vender menos, a Petrobrás iria vender menos combustível fóssil e, em contrapartida, o governo iria arrecadar menos.

Segundo um levantamento da Folha de São Paulo, um veículo convencional, percorrendo a distância de 120 Km, gastaria na cidade de São Paulo R$ 31,20.

 Em contrapartida, um veículo elétrico, gastaria com energia elétrica somente R$ 3,20! A população com certeza seria a maior beneficiada. A diferença entre um preço e outro seria de R$ 28,00 e, supondo que 50% disso seja impostos, o governo deixaria de lucrar por volta de R$ 14,00. Fica claro que o governo não tem interesse algum de promover a aquisição de carros elétricos no país.

Cabe a população não se calar e afrontar os seus governantes exigindo melhor qualidade de vida. Enquanto o governo fica com medo de perder dinheiro com a arrecadação na venda de veículos, venda de combustível e nas taxas para utilização de carro, poderia juntar sua equipe e tentar trazer esta grande dádiva da tecnologia para o país. Todos iriam ganhar. Um novo mercado iria surgir como o de pontos de carregamento de veículos, peças de reposição, etc. Não queremos acabar com os veículos automotores tradicionais mas, sim, que coexistam os dois modelos de veículos. O governo não quer que a população e o meio ambiente tenham vantagem com o uso do carro elétrico e, o que prevalece é a vantagem da grande arrecadação que o governo tem, através de nossos veículos.

 Fonte:

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1172568-plano-do-governo-deixa-carros-eletricos-sem-beneficios.shtml

http://www.abve.org.br/quemsomos.asp

 


Autor: Marcio Fernandes Cruz


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