O Empirismo de Francis Bacon.



O Empirismo de Francis Bacon.

 

Nasceu em Londres, foi educado para vida política, porém, estudioso da filosofia, envolveu em questões políticas nas quais foi mais tarde condenado por corrupção.

 Por esse motivo abandonou o palácio e dedicou a resto da sua  vida em estudar filosofia e sua aplicação a um método de construção epistemológico para favorecer no desenvolvimento das ciências.

Profundamente influenciado por Galileu, tinha como objetivo superar a velha concepção aristotélica do mundo e do antigo modelo científico do entendimento da realidade, particularmente da natureza, seu eterno objeto de estudo.

Ele desenvolveu uma obra científica de indiscutível valor para o desenvolvimento do mundo e particularmente ao desenvolvimento da ciência em geral, aplicada ao entendimento da ciência da natureza.

Foi considerado como  fundador indelével do chamado método indutivo da investigação científica, ele sempre teve a firme posição de fazer dos conhecimentos científicos, um instrumento necessário ao procedimento prático do controle do objeto real em estudo ou seja, o entendimento do fenômeno em pesquisa.

Sempre teve muito interesse pelo desenvolvimento das conquistas técnicas do seu tempo, as razões práticas do desenvolvimento da ciência, observador e analítico.

Tinha  a mais profunda aversão pelo pensamento da filosofia especulativa substantiva a escolástica, resquício do pensamento medieval a maldita herança do método aristotélico.

Para ele a ciência tem um lado prático, o qual deve ser valorizando nas ações humanas nesse mundo, o desenvolvimento fundamental das pesquisas cientificas, por meio de uma metodologia meramente experimental.

Tendo como motivo apresentar os resultados objetivos para o desenvolvimento da sociedade, refere se especificamente ao campo técnico das aplicações ao campo experimental.

Mas para tal o homem na figura do cientista tinha que libertar de várias ideologias, a filosofia era o instrumento para essa desideologizaçao, possibilitando ao homem preso apenas ao método indutivo, suas experiências observacionais.

O primeiro grande passo libertar se dos ídolos, portanto, para tal efeito, os principais ídolos são apresentados à consciência humana, que são falsas noções, preconceitos hábitos mentais não recomendados ao desenvolvimento da ciência propriamente dita.

Em seu grande livro Novum Organum, ele enumera quatro tipos de ídolos necessários a serem superados por uma razão lógica aplicada ao mundo da metodologia empírica indutiva.

Essas ideologias bloqueiam a razão humana e não deixa a ciência desenvolver, ídolos da tribo, ídolos da caverna, uma alusão ao mito da caverna de Platão, ídolos do mercado ou do foro e por ultimo ídolo do teatro, esses são os grandes empecilhos para o método empírico indutivo.

Os que são ídolos da tribo estão enraizados na própria natureza humana, faz parte da essência do ser da espécie humana, é a ideia falsa de que os sentidos são as medidas de todas as coisas, o justificavam, as percepções tanto do sentido como da mente guardam analogia apenas com a natureza humana e não com a realidade prática das coisas, ou seja, com a própria natureza como fenômeno de observação.

A razão humana sempre destorce tudo, devido seus motivos ideologizados, isso faz parte do próprio processo de síntese que se encontra formulado na lógica humana e na forma como o homem pensa o mundo culturalmente. Esse mecanismo tem que necessariamente ser superado diz Bacon.

Os ídolos da caverna outro empecilho ao caminho da ciência, isso porque cada homem, regra geral tem dentro de si, além das contradições das ideologias aquilo que se equivoca o saber e o desenvolvimento do mesmo.

 Uma caverna, ou seja, princípios não fundamentados, mas próprio da figuração dos ídolos,  que interferem  a luz do mecanismo da própria razão, deturpada e não deixa o homem evoluir com eficiência ao método observacional indutivo.

A caverna é uma limitação da razão, no sentido de levar ao homem a múltiplas perturbações ate certo ponto espontâneo, mas prejudiciais a uma lógica positiva ao científico.

 O  chamado ídolo de foro, a chamada reciprocidade  de associação entre os homens, discursos semelhantes presos a noções abstratas ligadas ao mundo fictício impostas ao comportamento social, que bloqueia a mente no processamento para uma razão lógica desconstruída desses domínios, os homens se predem ao senso daquilo que não é real, forçando ao intelecto a sua perdição total.

Por ultimo, o que se chama de ídolos do teatro, como se realiza essa ultima compreensão negativa que impede a formulação técnica do método empírico, são as diversas doutrinas filosóficas viciosas que atrapalham as regras da demonstração da racionalidade adequada para a evolução cientifica do método observacional.

Com objetivo de combater todas essas ideologias prejudiciais, Francis Bacon, propõe como solução uma metodologia revolucionária, que tem como objetivo de superar a velha concepção de ciência defendida pela metodologia de analise dedutiva, aplicações dos princípios abstratos da escolástica.

Seu método indutivo fundamenta-se numa rigorosa observação, dos fenômenos naturais em particular, estudando e observando cada fato particularizado ligado ao mundo natural, considerados suas etapas necessárias.

Em primeiro lugar é indispensável à observação rigorosa da natureza com objetivo das coletas de informações, a partir das quais formular as hipóteses que devem ser comprovadas ou não a partir logicamente da experiência.

A organização de forma racional dos dados recolhidos empiricamente, observados e selecionados de acordo com interesse científico a ser desenvolvido.

A formulação das explicações amplas, a chamada generalização das hipóteses, até chegar à particularização específica, visando exatamente à compreensão dos objetos em estudo.

Comprovar as hipóteses formuladas, diante de repetidas experimentações em diversas circunstancia até chegar à causa verdadeira da hipótese formulada.

Bem por fim, a grande contribuição dada à nova ciência por Francis Bacon, na história das ciências modernas, foi exatamente apresentar o conhecimento científico como resultado de um método de investigação em que considera observação dos fenômenos, elaboração racional das hipóteses, a experimentação necessária, visando objetivamente às hipóteses levantadas.

 

Edjar Dias de Vasconcelos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Autor: Edjar Dias De Vasconcelos


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