Comentário Hebreus (Parte II)



 

 

 EPÍSTOLA AOS HEBREUS

 Reinaldo Bui


II  PARTE

 

O SACERDÓCIO DE CRISTO É SUPERIOR AO HUMANO

 

Hebreus 4:14 a 16 – JESUS É O NOSSO SUMO SACERDOTE.

 

“Tendo, portanto, um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou os céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno.”

 

A fé que professamos em Jesus é o fator fundamental para entrarmos no descanso de Deus.

 

A.Devemos manter firmes a nossa confissão.

  • ·Eis alguns motivos pela qual não temos porque nos desanimar. Se os hebreus mantiveram-se firmes (+ ou -) por tanto tempo porque tinham um sacerdote entre eles  que levavam suas súplicas e anseios diante de Deus, muito mais agoura, tendo Jesus como o Sumo Sacerdote deles.

 

1.Por que temos Jesus como nosso Sumo Sacerdote.

2.Por que nosso Sumo Sacerdote compadece-se das nossas fraquezas.

3.Por que nosso Sumo Sacerdote foi tentado como nós, mas não pecou.

 

B. Devemos nos achegar confiantemente ao trono da graça.

  • ·Da mesma forma, se a figura de um rei era fundamental para a unidade de uma nação, muito mais agoura, tendo Jesus como Rei, assentado no trono da graça, é muito melhor para caracterizar a unidade e a comunhão de Seu povo.

 

1.Para recebermos misericórdia em ocasião oportuna.

2.Para acharmos graça em ocasião oportuna.

3.Para encontrarmos socorro em ocasião oportuna.

 

Hebreus 5:1 a 10 – FOI DEUS QUEM ESCOLHEU JESUS PARA SER NOSSO SUMO SACERDOTE.

“Porque todo sumo sacerdote tomado dentre os homens é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados, podendo ele compadecer-se devidamente dos ignorantes e errados, porquanto também ele mesmo está rodeado de fraqueza. E por esta razão deve ele, tanto pelo povo como também por si mesmo, oferecer sacrifício pelos pecados. Ora, ninguém toma para si esta honra, senão quando é chamado por Deus, como o foi Arão. assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei; como também em outro lugar diz: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. O qual nos dias da sua carne, tendo oferecido, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua reverência, ainda que era Filho, aprendeu a obediência por meio daquilo que sofreu; e, tendo sido aperfeiçoado, veio a ser autor de eterna salvação para todos os que lhe obedecem, sendo por Deus chamado sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.”

 

Jesus foi aperfeiçoado por sua fidelidade demonstrada em seu sofrimento e morte.

 

O autor passa a mostrar, então, as comparações existentes entre vários aspectos das duas alianças. A idéia central é mostrar que a Segunda aliança é melhor ou superior à primeira.  Alguns aspectos comparativos entre o sacerdócio humano e o de Cristo são mostrados aqui.

 

A.Aspectos do sacerdócio humano.

  • ·O sacerdócio humano não era perfeito, não era perpétuo e não era suficiente. Mas mesmo assim, seguia alguns princípios estabelecidos por Deus, para que, quando chegasse e que é superior, os homens pudessem compreender.

 

1.O sacerdote é tomado dentre os homens.

2.O sacerdote é constituído nas coisas concernentes a Deus.

3.O sacerdote intercede em favor dos homens.

4.O sacerdote oferece tanto dons como sacrifícios pelos pecados.

5.O sacerdote é capaz de condoer-se dos pecadores.

6.O sacerdote não toma esta honra para si.

7.O sacerdote é somente chamado por Deus.

 

B.Aspectos do sacerdócio de Cristo.

  • ·Quando Cristo veio para assumir o papel de Sumo Sacerdote dentre os homens, precisou, então, seguir estritamente os princípios estabelecidos por Deus para ser, justamente, reconhecido por todos.

 

 

 

1.Cristo foi tomado dentre os homens.

2.Cristo foi constituído nas coisas concernentes a Deus.

3.Cristo intercede em favor dos homens.

4.Cristo oferece tanto dons como sacrifícios pelos pecados.

5.Cristo é capaz de condoer-se dos pecadores.

6.Cristo não tomou esta honra para si.

7.Cristo foi somente chamado por Deus.

 

* A partir daqui, o escritor abre um parêntese para tratar da imaturidade dos cristãos hebreus (provavelmente este era o motivo do desânimo em que se encontravam), só retomando o assunto referente ao sacerdócio de Melquisedeque no início do capítulo 7.

 

 

 

Hebreus 5:11 a 14 – DEUS PRESA O CRESCIMENTO ESPIRITUAL DE SEUS FILHOS.

 

“Sobre isso temos muito que dizer, mas de difícil interpretação, porquanto vos tornastes tardios em ouvir. Porque, desde a infância sabes as sagradas letras, que podem necessitais de que se vos torne a ensinar os princípios elementares dos oráculos de Deus, e vos haveis feito tais que precisais de leite, e não de alimento sólido. Ora, qualquer que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, pois é criança; mas o alimento sólido é para os adultos, os quais têm, pela prática, as faculdades exercitadas para discernir tanto o bem como o mal.”

 

Os hebreus demonstravam imaturidade pelas suas atitudes.

 

A.Devemos observar como age o crente imaturo.

  • ·Muitas verdades deixaram de ser ditas, pois os crentes hebreus custavam a entender as coisas.

 

1.O crente imaturo age como criança.

a.É inexperiente na palavra.

b.Não pode ser inteirado na Palavra.

c.É tardio em ouvir a Palavra.

 

2. O crente imaturo necessita de leite espiritual.

a.Não cresce com o tempo.

b.Precisa ser ensinado novamente.

 

B.Devemos imitar a maneira como age o crente maduro.

  • ·A ênfase deste parágrafo, portanto, era estimulá-los a agir com maturidade na fé, deixando de olhar apenas para os nossos umbigos e passarmos a buscar coisas mais excelentes.

 

1.O crente maduro age como adulto.

a.Tem suas faculdades mentais exercitadas.

b.Conseguem discernir não somente o bem, mas também o mal.

 

2.O crente maduro se alimenta de alimento sólido.

 

Hebreus 6:1 a 8 – JESUS NA CRUZ: VERGONHA E HUMILHAÇÃO.

 

 “Pelo que deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento de arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e o ensino sobre batismos e imposição de mãos, e sobre ressurreição de mortos e juízo eterno. E isso faremos, se Deus o permitir. Porque é impossível que os que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; visto que, quanto a eles, estão crucificando de novo o Filho de Deus, e o expondo ao vitupério. Pois a terra que embebe a chuva, que cai muitas vezes sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção da parte de Deus; mas se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada.”

 

É impossível arrepender-se para salvação uma Segunda vez.

 

O escritor está dando continuidade ao seu argumento sobre a imaturidade dos hebreus, animando-os a deixarem de lado os princípios elementares do cristianismo (não ignorá-los, mas passarem adiante) caminhando para “aquilo que é perfeito”. O autor, então, faz a analogia com a relação chuva – terra – frutos:

 

A.A terra absorve a água da chuva

  • ·Talvez lembrando Isaías 10:55, o autor usa a analogia da chuva com a Palavra de Deus, lembrando que assim como a terra absorve a chuva que cai, assim também os hebreus já haviam absorvido os ensinos elementares do cristianismo.

 

1.Eles aprenderam sobre os fundamentos do arrependimento de obras mortas.

2.Eles aprenderam sobre os fundamentos do batismo.

3.Eles aprenderam sobre os fundamentos da imposição de mãos.

4.Eles aprenderam sobre os fundamentos da fé.

5.Eles aprenderam sobre os fundamentos da ressurreição dos mortos.

6.Eles aprenderam sobre os fundamentos do juízo eterno.

 

B.Se a terra produz frutos proveitosos, redunda em bênçãos.

  • ·Sempre que a “boa chuva” mandada por Deus rega a terra, espera-se que ela redunde em bons frutos, pois esta água é preciosíssima demais para ser desprezada. A princípio, parece que os hebreus provaram os bons frutos que a Palavra produz.

 

1.Os hebreus já haviam sido iluminados.

2.Os hebreus já haviam provado este presente do céu.

3.Os hebreus já haviam se tornado participantes do Espírito Santo.

4.Os hebreus já haviam experimentado a bondade da Palavra.

5.Os hebreus já haviam experimentado os poderes da terra que há de vir.

 

C.Mas se a terra produz espinhos e ervas, redundará em maldição.

  • ·Se ao invés de produzir bons frutos, esta mesma terra produzir espinhos, está pronta para ser queimada. Ora, a terra não é queimada, mas sim os espinhos e os abrolhos. A terra, porém, permanece. O que o escritor está chamando atenção aqui, é que aqueles que voltam-se para o mundo, fatalmente sofrem dano. Usando algumas palavras duras, ele procura enfatizar a seriedade da apostasia.

 

1.Ele usa o termo caíram para referir-se àqueles que apostataram.

2.Ele usa o termo impossível para mostrar que não tem como converter-se pela segunda vez (renová-los para o arrependimento).

3.Ele usa o termo crucificando de novo para mostrar a gravidade da apostasia.

4.Ele usa o termo expondo-o a ignomínia para lembrá-los da vergonha de Jesus na cruz por eles.

 

 

Hebreus 6:9 a 12 – DEUS NÃO É INJUSTO.

 

“Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e que acompanham a salvação, ainda que assim falamos. Porque Deus não é injusto, para se esquecer da vossa obra, e do amor que para com o seu nome mostrastes, porquanto servistes aos santos, e ainda os servis. E desejamos que cada um de vós mostre o mesmo zelo até o fim, para completa certeza da esperança; para que não vos torneis indolentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas.”

 

Não se tornem negligentes, ois Deus não se esquecerá de vocês. 

 

Depois de algumas palavras duras, o autor passa a exortá-los de uma maneira mais branda:

“Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e que acompanham

a salvação, ainda que assim falamos.”

 

Talvez a idéia seja não desanimá-los, mas criar uma atmosfera incentivadora para prosseguirem firmes na fé.

 

A.Devemos estar certos das coisas pertencentes à salvação.

  • ·O escritor já estava informado a respeito do nível de conhecimento dos hebreus, portanto ele parte do que eles já detêm para animá-los no seu desenvolvimento.

 

1.Deus não é injusto.

2.Deus não se esquecerá do seu trabalho.

3.Deus não se esquecerá do seu amor.

4.Deus não se esquecerá do seu serviço.

 

B.Continue mostrando até o fim a mesma diligência.

  • ·Mais algumas palavras de ânimo são ditas em prol da esperança que os hebreus devem alimentar.

 

1.Para a plena certeza da esperança.

2.Para não se tornarem indolentes.

3.Para serem imitadores dos que herdam as promessas.

a.Pela fé.

b.Pela longanimidade.

 

 

Hebreus 6:13 a 20 – DEUS CUMPRE SUAS PROMESSAS.

 

“Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha outro maior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente te abençoarei, e grandemente te multiplicarei. E assim, tendo Abraão esperado com paciência, alcançou a promessa. Pois os homens juram por quem é maior do que eles, e o juramento para confirmação é, para eles, o fim de toda contenda. assim que, querendo Deus mostrar mais abundantemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu conselho, se interpôs com juramento; para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos poderosa consolação, nós, os que nos refugiamos em lançar mão da esperança proposta; a qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até o interior do véu; aonde Jesus, como precursor, entrou por nós, feito sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.”

 

As promessas de Deus são âncora para a nossa alma.

 

Juramentos faziam parte da lei? Não há nenhum lugar da lei que mandasse os homens jurarem, muito pelo contrário. A lei chamava a atenção para se tomar o cuidado de não jurar pelo que é superior. Porém, manter a palavra era um ponto crucial para os hebreus. E também para Deus. Por isso o autor mostra estas comparações existentes entre juramentos.

 

A.Os juramentos dos homens são uma garantia.

  • ·Quando dois homens faziam um pacto ou um acordo, o seu juramento (ou a sua palavra) era o que bastava. Havia um ritual com um animal sacrificado que significava faltasse com a palavra, o mesmo deveria acontecer com o infiel.

 

1.Os homens juram pelo que é superior.

2.Somente entre homens o juramento de homem é uma garantia.

3.Para os homens, um juramento de resulta o fim de contendas.

 

B.O juramento de Deus é uma garantia.

  • ·Quando Deus fez um pacto com Abraão, um animal foi cortado ao meio e apenas Deus passou entre o animal, não exigindo a palavra do homem, pois Ele sabe que este é incapaz de cumprir. Deus não precisava disto para mostrar a fidelidade e a confiabilidade da sua Palavra, mas jurou por si mesmo.

 

1.Não há ninguém superior a Deus.

2.Não há ninguém a quem ele possa jurar.

3.Deus jurou por si mesmo.

 

C.Os juramentos de Deus em relação aos homens.

  • ·Já que o homem é incapaz de cumprir a sua parte na aliança, e sabendo que por causa disso sua sentença já está determinada, resta-lhes apenas uma saída: confiar na Palavra daquele que não pode falhar.

 

1.Podemos nos ancorar na esperança proposta.

2.Juramento de Deus é uma garantia para nós.

a.Porque é impossível que Deus minta.

b.Deus demonstrou a imutabilidade do Seu propósito.

 

*Aqui fecha-se o parêntese e o escritor de Hebreus volta a sua comparação entre o sacerdócio de Jesus com o de Melquisedeque.

 

 

Hebreus 7:1 a 10 – JESUS É SEMELHANTE A MELQUISEDEQUE.

 

“Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão quando este regressava da matança dos reis, e o abençoou, a quem também Abraão separou o dízimo de tudo (sendo primeiramente, por interpretação do seu nome, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz; sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote para sempre. Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu o dízimo dentre os melhores despojos. E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que estes também tenham saído dos lombos de Abraão; mas aquele cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou ao que tinha as promessas. Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. E aqui certamente recebem dízimos homens que morrem; ali, porém, os recebe aquele de quem se testifica que vive. E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos, porquanto ele estava ainda nos lombos de seu pai quando Melquisedeque saiu ao encontro deste.”

 

Jesus é o rei da paz e da justiça, comparável ao sacerdócio de Melquisedeque.

 

O autor da carta aos hebreus considera algumas comparações existentes entre os sacerdotes Jesus e Melquisedeque. Não podemos deixar de notar também as coincidências entre os dois personagens.

 

A.Hebreus nos mostra algumas características do sacerdote Melquisedeque.

  • ·Devemos fazer algumas considerações a respeito de Melquisedeque: primeiro, a grandeza deste homem, pois mesmo sendo Abraão detentor da promessa, reconheceu em Melquisedeque alguém superior a ele. Segundo, Abraão já o conhecia. Terceiro, a linhagem sacerdotal só viria com Levi, descendente de Abraão, muitos anos depois.

 

1.Melquisedeque é sacerdote para sempre.

2.Melquisedeque é chamado rei da paz.

3.Melquisedeque é chamado rei da justiça.

4.Melquisedeque não tem genealogia.

5.Melquisedeque não tem princípio nem fim de dias.

6.Melquisedeque é feito filho e Deus.

7.Melquisedeque é maior que Abraão.

8.Melquisedeque tem poder para aperfeiçoar.

9.Melquisedeque existe antes de Abraão.

 

B.Hebreus nos mostra algumas características do sacerdote Jesus.

  • ·Com extrema semelhança, as características levantadas pelo escritor sobre o sacerdote Melquisedeque coincidem com o Sacerdote Jesus, com quem ele compara.

 

1.Jesus é sumo sacerdote para sempre.

2.Jesus é chamado rei da paz.

3.Jesus é chamado rei da justiça.

4.Jesus não tem genealogia.

5.Jesus não tem princípio nem fim de dias.

6.Jesus é Filho de Deus (foi feito filho do homem)

7.Jesus é maior que Abraão.

8.Jesus tem poder para aperfeiçoas.

9.Jesus existe antes de Abraão.

 

Hebreus 7:11 a 28 – JESUS É SUPERIOR A MELQUISEDEQUE.

 

“De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (pois sob este o povo recebeu a lei), que necessidade havia ainda de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão? Pois, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. Porque aquele, de quem estas coisas se dizem, pertence a outra tribo, da qual ninguém ainda serviu ao altar, visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, tribo da qual Moisés nada falou acerca de sacerdotes. E ainda muito mais manifesto é isto, se à semelhança de Melquisedeque se levanta outro sacerdote, que não foi feito conforme a lei de um mandamento carnal, mas segundo o poder duma vida indissolúvel. Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Pois, com efeito, o mandamento anterior é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou), e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual nos aproximamos de Deus. E visto como não foi sem prestar juramento (porque, na verdade, aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes, mas este com juramento daquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre), de tanto melhor pacto Jesus foi feito fiador. E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer, mas este, porque permanece para sempre, tem o seu sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre para interceder por eles. Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime que os céus; que não necessita, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez por todas, quando se ofereceu a si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens que têm fraquezas, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, para sempre aperfeiçoado.

 

O sacerdócio de Cristo é eterno enquanto que o sacerdócio terreno é transitório.

 

Não somente a figura do sacerdote, mas o serviço sacerdotal, ou seja, o sacerdócio de Jesus é avaliado. Aqui, o escritor faz comparações existentes entre o sacerdócio levítico e o de Cristo.

 

A. Devemos observar alguns aspectos do sacerdócio levítico.

"Os hebreus conheciam muito bem o trabalho desempenhado pelo sacerdócio. A prática constante deste serviço, pois enquanto existisse pecado haveria necessidade do sacerdote, era a forma de ensinar e demonstrar ao povo de Deus, quão falho era este sistema.

 

1.O sacerdócio levítico precisa oferecer sacrifício pelos seus pecados.

2.O sacerdócio levítico não é perfeito.

3.O sacerdócio levítico apontava para a necessidade de outro sacerdócio.

4.No sacerdócio levítico, quando muda o sacerdócio muda a lei.

5.O sacerdócio levítico foi revogado por causa da fraqueza.

6.No sacerdócio levítico, eles são impedidos de continuar por causa da morte.

 

B. Devemos observar a superioridade do sacerdócio de Cristo.

"Mas sendo Cristo apresentado como Sumo Sacerdote perfeito, o sacerdócio levítico já não tem mais razão de existir, pois o segundo sacerdócio é melhor ou superior ao primeiro.

 

1.O sacerdócio de Cristo é Santo, inculpável, sem defeito e a si mesmo se ofereceu.

2.O sacerdócio de Cristo é para sempre.

3.O sacerdócio de Cristo é imutável.

4.O sacerdócio de Cristo foi constituído não conforme a lei, mas conforme a vida.

5.O sacerdócio de Cristo foi introduzido por causa da superioridade.

6.O sacerdócio de Cristo é fiador de superior aliança.

a. Ele pode salvar para sempre.

b. Ele acolhe a todos que se achegam a Deus.

c. Ele vive sempre e intercede por nós.

 

Algumas considerações mais são feitas neste parágrafo. O escritor monta seus argumentos retomando tudo o que foi dito até agora: Moisés jamais atribuiu sacerdotes da tribo de Judá, mas sendo o sacerdócio levítico imperfeito, havia necessidade de outro sacerdócio e este mudou para outra tribo. Se a ordem de Melquisedeque é para sempre, pois o juramento mostra que este é para sempre, então o outro sacerdote é semelhante a melquisedeque.

 

 

Hebreus 8:1 a 6  -  JESUS É O NOSSO SUMO SACERDOTE ETERNO.

 

Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus,  como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem.  Pois todo sumo sacerdote é constituído para oferecer tanto dons como sacrifícios; por isso, era necessário que também esse sumo sacerdote tivesse o que oferecer.  Ora, se ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria, visto existirem aqueles que oferecem os dons segundo a lei, os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído, quando estava para construir o tabernáculo; pois diz ele: Vê que faças todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte. Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas.

 

 

O sacerdócio terreno era uma amostra do celeste que é perfeito e terno.

 

O escritor começa este parágrafo mostrando que o essencial de todas as coisas que ele tem dito é saber que nós temos um sumo sacerdote perfeito (nós possuímos tal sumo sacerdote) que está assentado junto ao trono de Deus nos céus. Isto parece pouco para que os hebreus (e nós também) mantenham-se firmes na fé?

 

A. É importante sabermos o papel de todo sumo sacerdote.

–O papel desenvolvido pelo sumo sacerdote já era conhecido por eles. O autor , aqui, só estava reavivando suas memórias.

 

1.O papel de todo sumo sacerdote é oferecer ofertas a Deus.

2.O papel de todo sumo sacerdote é oferecer sacrifícios pelo povo.

 

B. É importante sabermos que na terra Cristo não seria sacerdote.

–Vários motivos impediriam a nomeação de Jesus como sacerdote, segundo a lei.

 

1.Existiam aqueles que ofereciam sacrifícios segundo a lei.

2.Estes sacrifícios são sombras das coisas celestes.

 

C. É muito mais importante sabermos que no céu possuímos um sumo sacerdote perfeito.

–Porém no céu, Cristo foi feito, por Deus Pai, sumo sacerdote para sempre. Ele exerce todas as funções de um sacerdote, não mais segundo a lei, não mais num tabernáculo feito por mãos humanas, não mais oferecendo sacrifícios imperfeitos.

 

1.Ele está assentado à destra do trono.

2.Ele é ministro do santuário.

3.Ele é ministro do verdadeiro tabernáculo.

a. Erguido por Deus.

b. Não pelo homem.

 

Hebreus 8:7 a 13 – JESUS É O MEDIADOR DA NOVA ALIANÇA

 

Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda.  E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá,  não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor.  Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.  E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. Pois, para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei. Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer.

 

Deus cumpriu sua promessa de que faria uma nova aliança com o homem.

 

Tudo isto, continua o escritor, já estava previsto na própria lei, onde Deus já havia dito que faria uma nova aliança, não segundo a lei, porque foram incapazes de cumprir. O autor mostra as comparações entre as duas alianças: a antiga e a nova.

 

A. A antiga aliança com a casa de Israel era uma aliança condicional.

–Esta aliança, como já vimos, dependia do homem cumprir com algumas obrigações inscritas na lei. Falhou por causa da incapacidade do homem. “Não continuaram, não atentei...”, disse Deus.

 

1.A antiga aliança dependia da lei.

2.A antiga aliança dependia do homem para ensinar ao próximo.

3.Na antiga aliança os pecados eram lemprados.

4.A antiga aliança era antiquada.

5.A antiga aliança era defeituosa.

 

B. A nova aliança com a casa de Israel é uma aliança incondicional.

–Por causa da incapacidade do homem de cumprir a lei, a nova aliança tinha que ser diferente. Não mais baseada no que o homem pode fazer, mas no que Deus quer fazer pelo homem.

 

1.A nova aliança não depende da lei.

2.A nova aliança não depende do homem para dar continuidade.

3.Na nova aliança os pecados são esquecidos.

4.A nova aliança é recente.

5.A nova aliança é necessária.

 

C. A nova aliança foi baseada em promessas superiores.

–Somente pela fé é que o homem pode se achegar a Deus. Fé nas promessas que Deus faz para o homem. Sem dúvida, esta nova aliança é infinitamente superior àquela feita aos patriarcas.

 

1.Jesus obteve ministério mais excelente.

2.Jesus é mediador de uma aliança superior.

 

 

Hebreus 9:1 a 14 – CRISTO OBTEVE ETERNA REDENÇÃO PELO SEU SANGUE.

 

Ora, a primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado e o seu santuário terrestre. Com efeito, foi preparado o tabernáculo, cuja parte anterior, onde estavam o candeeiro, e a mesa, e a exposição dos pães, se chama o Santo Lugar; por trás do segundo véu, se encontrava o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos,  ao qual pertencia um altar de ouro para o incenso e a arca da aliança totalmente coberta de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná, o bordão de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança;  e sobre ela, os querubins de glória, que, com a sua sombra, cobriam o propiciatório. Dessas coisas, todavia, não falaremos, agora, pormenorizadamente. Ora, depois de tudo isto assim preparado, continuamente entram no primeiro tabernáculo os sacerdotes, para realizar os serviços sagrados;  mas, no segundo, o sumo sacerdote, ele sozinho, uma vez por ano, não sem sangue, que oferece por si e pelos pecados de ignorância do povo, querendo com isto dar a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santo Lugar não se manifestou, enquanto o primeiro tabernáculo continua erguido. É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem tanto dons como sacrifícios, embora estes, no tocante à consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto, os quais não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma. Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!

 

O sangue de Cristo é incomparavelmente superior ao de touros e bodes.

 

O escritor já mostrou que a nova aliança e tudo o que nela existe (sacerdote, sacerdócio, sacrifício, juramento,...) é melhor ou superior à antiga aliança. Mas não pára aí. Para completar, ele mostra aqui mais algumas comparações entre os dois tabernáculos, e também o sangue que foi oferecido. Outra consideração que existe nesta passagem é a “parábola para a época presente” que ele faz a respeito do tabernáculo: “O Espírito Santo quer mostrar com isto que o caminho do santo lugar ainda não estava aberto, visto que o tabernáculo continua erguido”. Ora, se o tabernáculo celeste já era uma realidade, pois Cristo já havia entrado nele, então não havia mais necessidade do tabernáculo terrestre, portanto este estava condenado à destruição.

 

A. Devemos considerar a imperfeição do ministério terrestre.

–O tabernáculo terrestre era apenas figura do que estava por vir. O autor já explorou esta idéia da imperfeição das coisas contidas na antiga aliança.

 

1.No ministério terrestre havia o tabernáculo terrestre (lugar santo)

a. No lugar santo havia o candeeiro.

b. No lugar santo havia a mesa.

c. No lugar santo fazia-se a exposição dos pães.

 

2.No ministério terrestre os sacerdotes entravam para oferecer sacrifícios.

a. Os sacrifícios eram feitos uma vez por ano.

b. Os sacrifícios nunca eram feitos sem sangue.

 

3.No ministério terrestre só o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos.

a. No Santo dos Santos encontrava-se o altar de ouro para o incenso.

b. No Santo dos Santos encontrava-se a arca com maná, vara, tábuas.

 

B. Devemos considerar a perfeição do ministério celeste.

–Mas de qualquer modo, a antiga aliança tinha sua validade. Ela servia para ilustrar as coisas celestiais, cobrindo temporariamente os pecados e suprindo, ainda que de maneira precária, uma necessidade do homem. Porém, argumenta o escritor, “se o sangue de touros e bodes... santificam, ...muito mais o sangue de Cristo...”

 

1.No ministério celeste há um maior e mais perfeito tabernáculo não feito por mãos humanas.

2.No ministério celeste não há lugar para sacrifícios por sangue de bodes e touros.

3.No ministério celeste Jesus entrou como Sumo Sacerdote com seu próprio sangue.

 

 

 

Hebreus 9:15 a 22 – CRISTO É O EXECULTOR DA NOVA ALIANÇA.

 

 Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.  Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador;  pois um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador.  Pelo que nem a primeira aliança foi sancionada sem sangue;  porque, havendo Moisés proclamado todos os mandamentos segundo a lei a todo o povo, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, e lã tinta de escarlate, e hissopo e aspergiu não só o próprio livro, como também sobre todo o povo,  dizendo: Este é o sangue da aliança, a qual Deus prescreveu para vós outros.  Igualmente também aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os utensílios do serviço sagrado.  Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão.

 

Para que uma aliança entre em vigor é necessária a morte daquele que a fez.

 

Sabemos que um testamento só é válido quando a pessoa que o fez morre. Mas quando o autor nos mostra as comparações existentes nos dois testamentos, vemos que o segundo é superior ao primeiro

 

A. Devemos lembrar das condições impostas na antiga aliança.

 

–Aqui, o sangue de um animal inocente era derramado para se fazer valer o testamento, segundo um ritual determinado por Deus.

 

 

1.Moisés usou o sangue destes animais.

a. Aspergiu no povo.

b. Aspergiu no livro.

c. Aspergiu no tabernáculo.

d. Aspergiu nos utensílios.

 

2.Foi feita através da morte de animais.

 

B. Devemos lembrar que não há condições impostas na nova aliança.

–Aqui, o sangue do próprio mediador desta aliança, Jesus, foi derramado, cumprindo amplamente todas as exigências da lei.

 

1.Jesus é o mediador da nova aliança.

2.Só através Dele os que foram chamados por Deus podem receber bênçãos.

 

Hebreus 9:23 a 28 – CRISTO APRESENTOU SEU PRÓPRIO SANGUE COMO SACRIFÍCIO.

 

 Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores.  Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus;  nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio.  Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado.  E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo,  assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.

 

As coisas e os sacrifícios terrenos são só uma amostra das coisas celestiais.

 

Aqui neste parágrafo, o autor faz as comparações existentes nos dois sacrifícios: o terreno e o celestial.

 

A. Devemos notar os sacrifícios das coisas terrenas.

–Os sacrifícios terrenos eram insuficientes, por isso precisava constantemente repetido. Além disto, eles apontavam para um sacrifício maior, que ainda estava para acontecer.

 

1.Estes sacrifícios precisavam ser feitos muitas vezes, todos os anos.

2.Estes sacrifícios eram figura das coisas celestiais.

a. Necessitavam de um santuário feito por mãos humanas.

b. Eram feitos com sangue alheio.

 

B. Devemos notar os sacrifícios das coisas celestiais.

–Quando olhamos para o sacrifício oferecido por Cristo na cruz, devemos notar a sua superioridade dos sacrifícios oferecidos na antiga aliança. Este foi perfeito e suficiente, cumprindo plenamente a necessidade do homem.

 

1.O sacrifício de Cristo foi feito uma única vez.

2.O sacrifício de Cristo é para sempre.

 

 

Hebreus 10:1 a 18 – CRISTO VEIO PARA CUMPRIR A VONTADE DE DEUS.

 

 Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem. Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos, porquanto os que prestam culto, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais teriam consciência de pecados?  Entretanto, nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos,  porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados.  Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste;  não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade. Depois de dizer, como acima: Sacrifícios e ofertas não quiseste, nem holocaustos e oblações pelo pecado, nem com isto te deleitaste (coisas que se oferecem segundo a lei), então, acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade. Remove o primeiro para estabelecer o segundo.  Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas.  Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados;  Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus,  aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés.  Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados.  E disto nos dá testemunho também o Espírito Santo; porquanto, após ter dito:  Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei,  acrescenta: Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre. Ora, onde há remissão destes, já não há oferta pelo pecado.

 

 

A lei e os sacrifícios do A.T. não são eficientes quanto a purificação dos pecados.

 

Finalmente, o autor termina fazendo as comparações existentes entre as ofertas de sacrifícios da antiga aliança.

 

A. Foi removido o primeiro sacrifício.

–Estes sacrifícios eram apenas sombras das coisas que viriam, e não podiam tornar ninguém perfeito, senão não teriam cessado de ser oferecidos.

 

1.O primeiro sacrifício foi estabelecido segundo a lei.

a. Não tornava perfeito os ofertantes.

b. Precisava ser constantemente repetido.

c. Jamais pode remover pecados.

 

2.O primeiro sacrifício não agradava a Deus.

a. Ele não se deleita com holocaustos e ofertas.

b. Era feiro com sangue de touros e bodes.

 

B. Foi estabelecido o segundo sacrifício.

–O sacrifício de Cristo é melhor porque removeu os pecados de uma só vez, “apagando-os” da mente de Deus. Ora, onde não há remissão e pecados, já não há mais necessidade de ofertas pelo pecado.

 

1.O segundo sacrifício foi estabelecido sob uma nova aliança.

a. Aperfeiçoou os que estão sendo santificados.

b. Com uma única oferta, de uma vez por todas.

c. Jamais lembrarei dos seus pecados e iniquidades.

 

2.O segundo sacrifício foi oferta agradável a Deus.

a. Foi feita a vontade de Deus.

b. Foi a oferta do corpo de Jesus.

 


Autor: Reinaldo Bui


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