Epitáfio



E eu que por tantas vezes tentei com muita vontade e desejo... Eu tive vontade mesmo de soprar vida dentro de você. Com meu jeito todo errado, todo diferente, todo “nada a ver”. Em alguns momentos eu tive a impressão de que minha presença segurou seu coração e apertou até ele voltar a bater... Pelo menos foi essa a impressão que eu senti... “Desculpe, foi engano”... Mais uma vez eu quis resolver isso sozinho, mas quando se ama sozinho, não se ama, mas sofre sozinho... Uma coisa disso tudo é fato: se você não pode resolver uma coisa sozinho, então ninguém pode ajudar. Mas não valeria a pena tentar novamente? Sofrer novamente você quis dizer... Hoje está bem claro que parar e dar um tempo é preciso. Que é necessidade urgente para não morrer definitivamente... E fala-se aqui daquela morte da alma, que passa pelo vazio do coração, pelo triste vazio do coração... Reservar-se mais, preservar-se mais e não deixar que o impulso das miragens do passado reflitam nas atitudes erradas do presente. Sem medo, ou talvez com um pouco de medo sim de que esse “sumiço” efetive e traga à tona toda a amargura e ressentimento de uma doença que vive há um palmo de distância entre apenas manchas pelo corpo e marcas profundas deixadas pela vida...

Desta feita, nada e nem ninguém a agradecer... Talvez algumas outras desculpas a fazer (mas que não cabem neste des-pedaço de sentimento)...

Sobre o momento atual, alguém há de se referir como “mais uma atitude estranha de uma pessoa estranha”. Há quem critique, haverá também quem tripudie sobre a derrota momentânea de uma pessoa pequena com sonhos simples, mas inférteis para o tempo de hoje... Haverá quem se cale, e talvez haverá alguém que respeite e somente sinta, sinta muito...

Às vezes colocamos uma pedra entre quem somos e quem podemos ser. Sepultamos e escrevemos na própria pedra o epitáfio de uma tristeza que perdurou, machucou muito até o fim, foi implacável conosco...

É preciso seguir, portanto vou indo... Tentando, vivendo e seguindo...


Texto escrito por Johney Laudelino da Silva em 22/10/2012.

 

 


Autor: Johney Laudelino Da Silva


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