Eletricidade



Eletricidade, essa grande maravilha dos tempos contemporâneos, que usualmente as pessoas não percebem a sua existência e importância. No caminhar dos dias da vida cotidiana, ela, a eletricidade, é parte de um mundo que segue a um descobrir do universo sem fronteiras...

Há séculos atrás, quando a humanidade existia em uma escuridão, não só de luz, mas repleta de intolerância, mentiras, corrupção e violência, surge à descoberta dessa que seria a renovação dentro da evolução do planeta “Terra”. Em suas primeiras aplicações é oportuno lembrar-se da lâmpada elétrica, e com ela acompanhava a revolução industrial, com os motores e máquinas movidas por essa força gigantesca, que sempre esteve entre nós, mas que ‘os homens’ não dominavam o seu uso.

Aos poucos, essa força gerada a máquinas a vapor, combustíveis fósseis, e hoje em tantas maneiras alternativas, ou produzidas pelas pequenas e gigantescas hidrelétricas como as que temos no Brasil, foi incorporando-se as vidas de todos os habitantes do mundo conhecido. Foram criadas as baterias (acumuladores de eletricidade) onde se reserva determinada quantia dessa energia para ser usada conforme a conveniência. Novas fontes de eletricidade são descobertas, como a energia solar.  A eletricidade integra a vida de todas as pessoas no mundo moderno, mesmo nas localidades mais isoladas, distantes dos grandes centros urbanos, que usufruem os benefícios do uso da eletricidade em seu cotidiano.

Em um desses dias, recentemente, eu ouvi e vi por um programa de reportagens de televisão, desses que tendem a estar na hora do acontecimento no local, a prisão de três jovens (entre 14 e 17 anos de idade) pela polícia militar do estado de São Paulo. Jovens que roubaram e seqüestraram uma outra jovem (20 anos de idade), que dirigia o seu automóvel nas ruas da cidade de São Paulo, no fim da tarde de um dia ensolarado e complicado no trânsito metropolitano. Aconteceu que a motorista voltava para sua residência e ao parar em sinal vermelho de trânsito, com as janelas de seu veículo abertas, foi abordada por um “menino” de 14 anos com um revólver na mão. Ele e outros dois jovens abriram as portas, entraram no automóvel e junto com o trânsito, dentro do veículo, seguiam pela avenida paulistana. Outra jovem dirigindo outro veículo, logo atrás, presenciou a cena. Imediatamente ela pegou o seu telefone celular e ligou para ‘190’ (serviço de emergência da Polícia Militar no Brasil). Explicou o que estava acontecendo informando pela conversa os dados do local, marca do veículo e outros necessários para a central de atendimento, que se comunicou com os policiais mais próximos na região. Passados alguns minutos, a polícia já estava parando aquele veículo que fora seqüestrado e imobilizando os jovens transgressores.

Durante a prisão, entre câmeras e microfones de repórteres, o menino de 14 anos explicava aos policiais quem era, o que estava fazendo e o porquê?

A realidade constatada, é que nem ele mesmo sabia o que estava fazendo e as conseqüências de seus atos, um adolescente induzido por uma vida sem a educação necessária, vivendo na marginalidade da sociedade e influenciado por valores morais deturpados. Mas nem por isso menos culpado ou violento.

Todos estavam bem, não houve maior violência, e graças a essa força invisível, a eletricidade, tal fato pode acontecer.

Não estou deixando de agradecer a Deus pela ajuda, por ter enviado seus anjos para proteger e atuar. Pelo contrário, estou agradecendo a Deus por ter deixado essa força maravilhosa a nossa disposição. Você notou que em tudo a eletricidade estava presente: nos veículos envolvidos (para movimentá-los); nas luzes que iluminavam o cair da noite na cidade, e até mesmo nos sinais de trânsito; nos meios de comunicação utilizados... No aparelho de telefone celular, essa invenção tão atual e tão presente nos dias de hoje, que alguns anos atrás não existia no Brasil.

Em um desses dias, uma amiga muito especial de 20 e poucos anos de idade, jovem linda, estudante e trabalhadora, idealista, com um grande sentimento de amor ao próximo, morreu, vítima de uma agressão à faca enquanto prestava assistência a moradores de rua na cidade de Brasília, DF, Brasil. Ela, cristã (pois ela vivia o evangelho de Jesus Cristo) usava seus momentos de descanso do trabalho rotineiro, para participar de um grupo de ajuda a vítimas da discriminação e desamparo na capital do país. Um desses moradores, talvez alucinado, pela grande desgraça da humanidade moderna, as drogas lícitas (bebidas alcoólicas, cigarros, comprimidos de calmantes e outros remédios), as drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, comprimidos de ecstasy e outros alucinógenos), ou mesmo perturbado por alguma insanidade, reconheceu em minha amiga, uma inimiga, no momento em que ela levava comida ao local onde ele estava dormindo, e a esfaqueou.

Ela, tão delicada, sensível, bela de corpo, linda de alma e com uma espiritualidade enorme, não conseguiu sobreviver a esse ato de violência. Mesmo nesse fato de aparente tragédia, a eletricidade estava presente iluminando os passos dessa amiga, que entendeu as palavras de Jesus servindo ao próximo necessitado como a um irmão. Amiga que agora está com Deus.

Brasília é uma cidade moderna, muito bonita, com muito espaço e muita área verde. Na Asa Sul da cidade, existe uma avenida, Via W3 Sul, onde em uma de suas quadras iniciais está localizado o Santuário de Dom Bosco, igreja católica que tem por patrono São João Bosco, em homenagem a uma ligação existente entre essa cidade, fundada em 1961, e uma visão que este padre italiano, santo da igreja católica, e também educador, teve no século XIX (dezenove). Eu gosto de estar lá, é um templo magnífico, muito grande e em forma quadrada. Dentro da igreja consegue-se ver que as paredes os quatros lados são compostos de pequenas janelas, com vitrais de cor azul, deixando o seu interior com uma tonalidade azul turquesa. Ao centro da parte interna, no alto, há um grande lustre de uns 10 metros de diâmetro composto de muitos cristais e lâmpadas, que tornam o ambiente mais enigmático. Na lateral interna oposta a da porta central existe um altar bonito com uma grande cruz acima. Bancos de madeira no interior compõem o ambiente. Há outras duas portas nas laterais. E o que mais chama a atenção é o grande espaço interno livre.

Eu estava em um domingo desses participando de uma celebração religiosa nessa igreja, no horário das 18 horas. Eu gosto de sentar-me entre a quinta e a sétima fileira de bancos. Passada a metade da ‘missa’, atendendo a um impulso, eu olhei para a porta de entrada, embora o ambiente interno estava iluminado, ainda existiam lugares em que eu não distinguia muito o detalhe, mas tive a nítida impressão de ver essa minha amiga entrando de mãos dadas com um jovem de uns 25 anos. Firmei mais o olhar conseguindo ver o sorriso dela e os dois caminhando em direção ao banco em que eu estava sentado. Ao chegarem mais perto, eu o vi só e ele se sentou ao meu lado. Agora debaixo desse grande lustre da igreja, eu observei melhor a sua expressão. Pensei comigo, estou com saudades e tendo alucinações. O rapaz, quieto, olhou para mim, e em voz baixa, perguntou onde ele estava, porque se sentia estranho. Eu falei onde ele estava, e ele me contou que estava do outro lado da avenida W3 Sul, que ia atirar-se debaixo de um ônibus para morrer, porque sua vida não tinha mais sentido, mas quando entrou na pista algo o conduziu suavemente pelas mãos entre as luzes dos veículos que passavam, e o trouxe até aquele lugar em que ele se sentou. Naquele momento, era o instante em que na celebração ora-se o “Pai Nosso”, então ficamos em pé, e levantamos as mãos para cima em forma de concha, como a pedir a Deus. Eu peguei, com a minha mão direita a mão esquerda dele, e levantei também, e rezamos, nós e a comunidade reunida na igreja...

...“Pai nosso que estais no Céu, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém...”.

E quando terminamos de orar, uma eletricidade estranha percorreu todo o meu corpo, em uma vibração indescritível. Eu senti uma brisa bater em meus cabelos e como que em um sussurro ouvi em meus pensamentos... “Um beijo em teu coração”. Era a certeza de que Deus está presente em tudo. Eu bem reconheço que esses acontecimentos estão fora de meu pouco entendimento, e que Deus enviou um anjo a ajudar esse jovem, e eu identifiquei nele a imagem de minha amiga... A minha amiga continua viva em uma eternidade que desconheço. Eu acredito nisso e eu sei que ela está com Deus.

Mas o que quero destacar é o papel da eletricidade em todos os instantes. E que a eletricidade é ainda uma grande incógnita para o nosso mundo, e revelará ainda muito mais para a nossa humanidade...

 A eletricidade está presente agora, aqui conosco facilitando as nossas vidas e a nossa compreensão.

Você já imaginou o mundo, hoje, sem o uso da eletricidade?

O seu e o meu computador, tablet, smartphone, notebook não funcionariam!

Se você sentir um arrepio, uma sensação boa como que um estremecer por dentro de todo o seu corpo, uma faísca percorrendo o seu corpo, dos cabelos até os pés, isso também é eletricidade... E é uma ligação com outra dimensão da vida ainda desapercebida pela maioria das pessoas. Conexão essa que acontece pelos pensamentos que você cultiva em sua consciência.

Procure semear sempre bons pensamentos em sua mente, em sua vida, e emitir para as outras pessoas tudo isso de bom! Você constatará que as palavras de Jesus, lá há dois mil anos, são atuais... O que você semear você colherá!

Cultive a paz, amor, sabedoria, alegria em suas atitudes, e você receberá em sua vida tudo isso e muito mais, muitas vezes de lugares e pessoas que você nem conhece. Pois os bons ventos levam as sementes de seus pensamentos, e atitudes, muito à frente de sua percepção.

Hoje, você e eu, estamos conectados através de ondas eletromagnéticas, fios e cabos de transmissão de correntes elétricas, e mesmo nossos corpos estão vivos porque as células que compõem os organismos vivos unem-se através de impulsos elétricos. Essas mesmas células, quando a analisamos em suas medidas menores, como átomos, e sob a óptica de um microscópio, constata-se que os átomos são ligados uns aos outros por campos elétricos, e os átomos das células do nosso corpo ligam-se aos átomos dos lugares e das coisas em que interagimos, e em uma contínua comunicação, existe a formação de uma corrente que une tudo e todos no planeta visível. Como um dia, Mc Luan, um pensador do século XX descreveu, o nosso planeta é uma imensa aldeia global.  E estamos conectados pela eletricidade que flui em todos os lugares.

Se isso já não fosse por si só, maravilhoso, podemos ousar a dizer que nossos pensamentos estão conectados por emissões elétricas que ainda não temos o domínio, mas que já se faz presente no dia a dia de todos. Nada de mistério, ciência ou religião, somente algo que ainda não sabemos usar. Um dom que Deus deu aos “homens”, sua criação, para que aprendessem a viver...

A eletricidade está no ar, em todo o lugar e até no amar!

E usando essas forças estranhas, invisíveis e maravilhosas, eu envio a você o que Deus inspirou em mim naquele dia na igreja de Dom Bosco...

Um beijo em teu coração...

 

Vito Antonio Fazzani

25/10/2012

 


Autor: Vito Antonio Fazzani


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