O velho Nietzsche.



O velho Nietzsche.

O velho Nietzsche disse um dia.

O único problema da humanidade.

É o homem.

Achei interessante essa colocação.

Posteriormente.

Pode se  dizer.

Que o único problema do homem.

É a humanidade.

 O velho Nietzsche tinha razão.

Em outra ocasião ele refletiu.

No mais profundo silêncio.

 Essa vida que tenho.

É a única vida que poderei ter.

Sou Nietzsche.

Em toda história.

Da continuidade do universo.

Uma única vez.

Serei produto desse tempo.

E a vontade também.

De ser de outro tempo.

Incompreensível para o presente.

E irrelevante para o futuro.

O que adianta ser tudo isso que sou.

Quando o mundo recusa ler o que escrevo.

Sei que estou morrendo.

Se nesse presente não sou absolutamente nada.

No futuro não serei sequer esquecimento.

 Algo mais profundo que tudo isso.

Ira acontecer, o nosso presente.

 Será apagado da memoria do passado.

Um professor de filosofia.

Ateu.

Filho de um pastor.

Que imaginou o céu como imortalidade.

Tanto desejo.

Confesso na minha intimidade.

 A ideia de Deus é completamente absurda.

Como é a ideia de qualquer outra coisa.

A nossa imaginação é construída de sinais.

Todos eles completamente irreais.

 A única coisa boa aqui nesse momento.

São os instintos do mundo animal.

Sinto dor.

Muita dor.

Apenas a minha mãe consegue entender meu sofrimento.

Um filósofo materialista.

Perdido solitariamente nesse mundo.

Sem propósito.

Qual e finalidade de qualquer coisa.

Não existe  essa proposição.

Na crueldade da matéria.

No seu apagar de fluidos.

Uma grande ilusão.

No momento premente de loucura.

Restou me captar a sabedoria.

Singela.

Como um sorriso perdido na infinitude do universo.

Deus não existe.

Não se discute sequer a possibilidade.

Se ele não é real, o mundo também não poderá ser.

Significativamente verdadeiro.

 Qual é a terceiro sujeito em análise.

Devo dizer.

Eu estou aqui.

Personificado.

Você também.

Outros que virão.

A continuidade da espécie.

Mas isso também não é real.

O Nietzsche não é o Nietzsche.

Por que ele nunca existiu.

Estou aqui sem ter existência.

Disse Nietzsche.

Qual então o único problema da humanidade.

 É acreditar na existência da humanidade.

Tudo que existe é o mais absoluto delírio.

Pense abstratamente.

Por favor, reflita.

O homem não tem alma.

A alma é apenas a linguagem.

A ideologia da fala.

Como proposição devo dizer.

 Suponhamos que exista Deus.

Então ele é o único problema do Mundo.

Porque o mesmo tem que cuidar de si mesmo.

Ele é extremamente preguiçoso.

Qual a finalidade do paraíso.

Para Deus contemplar a beleza da inexistência.

Ele sozinho ali, esperando pelo ultimo homem morrer.

Posteriormente tudo deteriorar no universo.

Se ele existisse mesmo.

A tragédia seria tão cruel para ele mesmo.

Imensamente catastrófico, enamorar o paraíso sozinho.

Deus não suportaria isso e se mataria.

Edjar Dias de Vasconcelos.


Autor: Edjar Dias De Vasconcelos


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