ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA HUMANIZADA EM PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA / ECLÂMPSIA



ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA HUMANIZADA EM PACIENTE COM PRÉ-ECLÂMPSIA / ECLÂMPSIA 

                                                            Jaiana da Silva Lima[1]

Vanessa da Conceição Reis[2]

Valéria Oliveira Borges[3]

RESUMO

O presente artigo trata-se de uma revisão bibliográfica exploratória, em que foi utilizado diversas fontes referenciais, pesquisas, trabalhos acadêmicos para análise do tema. Considerada como uma das patologias mais freqüentes entre as gestantes a pré-eclâmpsia/eclâmpsia é uma das principais causas de morte materna no Brasil. Objetivou-se descrever as ações do enfermeiro no cuidado a pacientes com pré-eclâmpsia/eclâmpsia a fim de prestar um cuidado humanizado e como objetivos específicos: descrever os mecanismos fisiopatológicos da pré-eclâmpsia/eclâmpsia;

listar as ações do enfermeiro na assistência a gestante com pré-eclâmpsia/eclâmpsia;salientar a relevância da humanização na assistência do enfermeiro a gestante. Buscou-se como embasamento teórico a importância do papel do enfermeiro na assistência a gestantes portadoras de pré-eclâmpsia/eclâmpsia, direcionado a uma vigilância sistematizada durante toda a gestação, a fim de identificar e minimizar as complicações decorrentes desta patologia. Mostrou-se também a necessidade da percepção na abrangência do cuidado holístico e humanizado a gestante pelo profissional enfermeiro.

1 INTRODUÇÃO 

A gravidez é uma fase da vida da mulher que normalmente gera mudanças fisiológicas, psicológicas e econômicas. Este período pode ser vivido tranquilamente quando não ocorre nenhuma intercorrência que venha a comprometer a evolução dessa gestação, porém fatores predisponentes podem trazer riscos para mãe e para o concepto. A Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) é conhecida também como toxemia gravídica sendo uma das patologias mais freqüentes entre as gestantes e se classifica como: hipertensão gestacional (sem proteinúria), pré-eclâmpsia (hipertensão com proteinúria), eclâmpsia (presença de convulsões). Esta patologia consiste na complicação mais comum e de maior mobi-mortalidade materna e perinatal, ocupando segundo Gonçalves (2005, apud NOGUEIRA et al 2010) o primeiro lugar dentre as afecções próprias do ciclo gravídico.

A pré-eclâmpsia/eclâmpsia continua sendo a primeira causa de morte materna no Brasil e determina o maior número de óbitos perinatais, além do aumento significativo do número de neonatos com seqüelas caso sobrevivam aos danos da hipóxia cerebral. (BRASIL, 2005 p. 07).

            A DHEG também denominada pré-eclâmpsia é uma doença que afeta diversos sistemas do corpo humano e que tem como principais sintomas a elevação da pressão arterial, presença de proteína na urina (proteinúria) e a retenção líquida (edema). Embora sua etiopatogenia permaneça desconhecida, ocorre normalmente após a 20ª semana de gestação. Clinicamente a patologia se apresenta como leve/moderada e grave podendo evoluir com crises convulsivas constituindo uma complicação obstétrica conhecida como eclâmpsia (REZENDE; MONTENEGRO, 1999, p. 224 - 231).

            Andrade (2006 apud NOGUEIRA et al, 2010) afirma que a mortalidade materna evidencia de forma negativa a situação e o mau funcionamento do sistema de saúde de um determinado país. Conforme Laurenti; Jorge; Gotlieb (2004, p. 457) nas capitais brasileiras, a pré-eclâmpsia/eclâmpsia  totalizou 37% das causas destes óbitos maternos. Números como estes vem levando o Brasil a investir em discussões e ações voltadas a humanização da assistência e atualização da mesma frente ao cuidado no pré-natal.

Desse modo, a atuação do enfermeiro torna-se de fundamental importância no reconhecimento dos sinais e sintomas, no diagnóstico precoce, assim como no tratamento adequado a fim de controlar as complicações dessa patologia.

A gestante acometida por pré-eclâmpsia/eclâmpsia normalmente encontra-se cheia de medos e angústias, pois vê o sonho de ser mãe ameaçado por uma doença que desconhece e que torna iminente o risco de não poder ter o seu bebê ou até mesmo de perder a sua vida.

Diante de um quadro como este, o enfermeiro precisa, além dos conhecimentos científicos, olhar para essa paciente como um todo, prestando um acolhimento e assistência humanizada. Tal procedimento deve ultrapassar a assistência física e terapêutica atingindo, desse modo, os aspectos emocionais que envolvem tal doença durante todo o período de internação hospitalar, levando essa paciente a compreender a situação vivida em sua gravidez, estabelecendo um vínculo de confiança, amizade e respeito, além de encorajá-la ao enfrentamento do seu estado de saúde.

A escolha deste tema justifica-se pelo fato da pré-eclâmpsia/eclâmpsia ser considerada como uma das principais causas da mortalidade materna no Brasil, constituindo-se um grande problema de Saúde Pública. Por conseguinte, este trabalho busca contribuir para um maior conhecimento da população acadêmica, profissionais de saúde, bem como a sociedade, no sentido de proporcionar maiores esclarecimentos sobre a toxemia gravídica, enfatizando a relevância da assistência de enfermagem humanizada para um bom prognóstico materno-fetal. Com base nesse contexto, questiona-se, de que forma o enfermeiro poderá contribuir para melhoria da assistência humanizada em pacientes com pré-eclâmpsia/ eclâmpsia?

            Este artigo tem como objetivo geral descrever as ações da enfermagem no cuidado a pacientes com pré-eclâmpsia/eclâmpsia a fim de prestar um cuidado humanizado. E como objetivos específicos: Descrever os mecanismos fisiopatológicos da pré-eclâmpsia/eclâmpsia; Listar as ações da enfermagem na assistência a gestante com pré-eclâmpsia/eclâmpsia; Salientar a relevância da humanização na assistência do enfermeiro a gestante.

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