A Importância do Conhecimento do para o Assistente Social



A importância do conhecimento do comportamento para o Assistente Social.

“Conhecer não é o bastante, precisamos aplicar. Desejar

não é o suficiente, precisamos fazer”.

Goethe (1749-1832), filósofo alemão, em 'Fausto'

O Serviço Social “está inserido no campo das ciências humanas como disciplina profissional destinada a intervir na realidade humano-social” (Almeida, s.d in site http://www.cpihts.com)

O Assistente Social faz parte da linha de frente para um trabalho acolhedor e emergencial, geralmente quando ocorre uma situação critica. O Assistente faz o primeiro contado com o individuo, buscando informações de grande importância para serem encaminhadas as suas necessidades. Sendo assim, responsável por esse primeiro contato, tem que ter a sensibilidade de observar, e identificar o verdadeiro problema e tentar encaminhar para a devida solução, encorajando ao individuo a ter forças para seguir em frente e dando os primeiros amparos, conduzindo as reais necessidades, e dando animação para seguir em frente. Em sua principal função delinear táticas e estratégicas de atuação para desenvolver capacidades sociais ou individuais.

Segundo a Federação Internacional de Assistentes Sociais e a Associação Internacional de Escolas de Trabalho Social:

"O exercício da profissão de Assistente Social ou trabalhador

social promove a mudança social, a resolução de problemas no contexto

das relações humanas e a capacidade e empenhamento das pessoas na

melhoria do "bem-estar" (In http://www.naswdc.org/Code/ethics.htm)

– acessado em 11/12/06).

Com o estudo do comportamento o assistente social terá mais clareza em avaliar o paciente, identificando com maior certeza uma possível necessidade de intervenção, problematizando e refletindo, sendo assim, dando ao relatório maior especificação do real quadro do paciente. Deste modo aumentando a chance de recuperação.

Com o objetivo de dar ao cliente a oportunidade de crescer, desenvolver habilidades, se entender e descobrir seu verdadeiro eu interior, dando ao resignado a chance de fazer escolhas certas e adequadas. Assim o cliente vai reconhecer nele mesmo o seu verdadeiro eu, temos que também ser parciais em aceitar suas diferenças de raça, políticas, religião, comportamento, status, promovendo a todos igual dignidade e auto-respeito. Estimulando uma auto-aceitação, fortalecendo autoconfiança e capacidade, sem desconsiderar sua decisão de escolha, por ultimo não menos importante devemos buscar um relacionamento confiável e claro que confidencial.

Tratando seu cliente assim com verdade e sensível ao ouvir, desaprovando às vezes o ato não a pessoa, sendo firme, porém amigável, sem ameaçar, mais com regras. Teremos maior eficácia no trabalho, sempre buscando o conhecimento.

Uma das primeiras avaliações que o assistente social deve pesquisar é a família do cliente, saber a fundação e estrutura familiar, identificar o tipo da família, variações da composição familiar, identificando o problema, assim com todo esse conhecimento buscar a melhor estratégia para a solução do problema.

Problemas como abuso infantil, gravidez na adolescência, alcoolismo, abuso de drogas, violência domestica, morte, o divorcio e separação da família, falta de abrigo, pobreza extrema, e famílias desenraizadas não vão falta para o assistente social resolver.

Sendo assim, temos sempre que traçar estratégia para o desenrolar da situação, algumas estratégias são preventivas, quando não á um grau tão alto de problematizarão, como fornecer educação relevante, treinando conselheiros para dar informações, organizar palestras, permitir interação. Também temos a estratégia de reabilitação, que fornece aconselhamento para o cliente e família, encaminhando para ajuda de outros profissionais, encaminhando a ONGs, e informações de aplicação de leis quando necessário, dando sempre novas opções de recuperação.

 A segunda avaliação que o assistente social deve fazer é a cultural, sendo o comportamento aprendido que inclui a crença, conhecimento, arte, moral, leis, costumes, capacidades e hábitos adquiridos. A cultura se adquire de geração a geração moldando a identidade das pessoas, dando ao individuo características externas e ações. A primeira informação cultural que temos é de nossa família, conforme vamos crescendo absorvemos a cultura do meio social em que vivemos. Para o trabalho social eficaz e orientação e aconselhamento, é importante fazer básica análises nas comunidades. Intervenções só podem ser relevantes e realistas, quando há uma compreensão básica da cultura e seus efeitos sobre a família, comunidade e sociedade em geral.

O Assistente Social trabalha com Psicólogos, Conselho Tutelar, Médicos, Juízes, sociólogos, professores e vários outros órgãos responsáveis por gerar o cumprimento das leis que regem nosso país.

Na tentativa de compreender o pensamento do homem, seu desenvolvimento e comportamento, é importante conhecermos a base da teoria para termos maior entendimento. Os assistentes sociais precisam entender umas séries de questões relacionadas ao campo de humanas, para contribuição do seu trabalho.

Os assistentes sociais, como conselheiros, constantemente se vêem confrontados com a necessidade de prever.

 Existe a teoria psicanalítica, que irá ajudá-lo a estar ciente da importância das experiências da primeira infância, e que irá mostrar-lhe o efeito que o ambiente imediato tem sobre o comportamento. Também a Teoria Humanista nos dá uma visão encorajadora dos objetivos do desenvolvimento humano. Por último, a Teoria Cognitiva dá-nos uma maior compreensão de como o nosso pensamento e as crenças afetam nossas ações. Nunca devemos nos basear em uma única forma teórica, e sim de uma junção de varias, segundo a necessidade do cliente, deste modo com a abrangência chegaremos a um melhor resultado. Assim sendo entenderemos os pensamentos, capacidades, comportamentos, e desenvolvimentos do homem.

O trabalho dentro da área de ciências sociais e humanas adentra na necessidade de uma ação interdisciplinar, contando que estudar as expressões da questão social implica com fenômenos psicológicos. A Psicologia Social e o Serviço Social trabalham juntos na direção do conhecimento, fenômenos psicológicos implicam em considerar a questão social do cliente, não tem como estudar desigualdade e exclusão social sem olhar para como o cliente vivencia esta situação no seu emocional. Alguns questionamentos surgem para a construção desta prática, devido a isso se busca reduzir o corte de realidade e criar procedimentos de investigação, representativos e investigativos, para promover o dialogo entre as disciplinas.

[...] de um lado, a interdisciplinaridade aparece como o instrumento e a expressão de uma crítica interna do saber, como um meio de superar o isolacionismo das disciplinas, como uma maneira de abandonar a pseudoideologia da independência de cada disciplina relativamente aos outros domínios da atividade humana e aos diversos setores do próprio saber; do outro, como uma modalidade inovadora de adequar as atividades de ensino e de pesquisa às necessidades sócio-profissionais, bem como de superar o fosso que ainda separa a universidade da sociedade (JAPIASSU, 1976, p.57).

Concluindo assim que sem esses estudos para buscar o conhecimento, o Assistente Social não conseguiria ter um bom resultado final no seu trabalho. Sem conhecer o porquê de o comportamento humano variar constantemente, não chegaríamos a um atendimento satisfatório e proeminente, não conseguiríamos alcançar a verdadeira necessidade e grau do individuo e isso levaria a não obter a inclusão social perfeita e relevante do cliente.


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