ESTRATÉGIAS VERDES NAS ORGANIZAÇÕES



Cada vez mais existe a necessidade de estratégias de gestão ambiental nas organizações, seja para redução de custos ou vantagem competitiva. Os administradores por sua vez, devem estar atentos a maneiras de exercer esta gestão ambiental.

A estratégia verde nas organizações ajuda administradores a definir e priorizar áreas de ação organizacional, otimizar o retorno econômico dos investimentos ambientais e o potencial para transformar estes investimentos em fontes de vantagem competitiva.

Este artigo tem a finalidade ampliar a discussão a respeito das estratégias adotadas pelas organizações e vantagens percebidas.

Na última década ampliaram-se os debates na área de ‘negócios e meio-ambiente’.

A grande questão é a justificativa econômica (e lucratividade) de investimentos ambientais feitos por empresas. Pergunta-se ‘se vale a pena investir no verde’.

As oportunidades para as empresas lucrarem com os investimentos ambientais deveriam estar fartamente disponíveis, independentemente do setor em que estão inseridas. Para isso, uma mudança importante deveria ocorrer nas ações das empresas em relação ao meio-ambiente. Esta ampla discussão ainda não gerou uma resposta definitiva à questão da lucratividade dos investimentos ambientais.  

Direcionar os esforços de uma empresa para a geração de lucros a partir dos investimentos em tecnologias mais limpas faz sentido do ponto de vista empresarial.

Se a justificativa de lucratividade ainda não é suficiente, outra questão é importante: é possível que o investimento em estratégias verdes também se torne fonte de vantagens competitivas? Alguns acadêmicos e administradores defendem esta ideia Agregar positivamente estes dois aspectos motivaria empresas priorizar investimentos ambientais e, por conseqüência, a competição empresarial promoveria práticas organizacionais mais sustentáveis.

Segundo Michael Porter sobre a competição industrial, existe dois tipos genéricos de vantagem competitiva que as empresas podem possuir: custo e diferenciação. A vantagem de custo é a habilidade de uma empresa em produzir com menores gastos. A eficiência do uso do capital e do trabalho resultaria em produtos ou serviços com custos mais baixos e conseqüente vantagem competitiva. Por outro lado, o caráter único de certas características dos produtos e serviços, valorizados pelos consumidores, permite algumas empresas a explorar estratégias de diferenciação. Entre estas características únicas estão as peculiaridades do produto (por exemplo, estética, tecnologia ou desempenho), e os serviços fornecidos pela empresa, tais como a tecnologia empregada no desempenho de certas atividades, apoio ao cliente, entre outras formas de diferenciação.

A capacidade de uma empresa vender altos volumes de produtos de baixo custo ou obter preços maiores vendendo produtos diferenciados representa uma vantagem competitiva apenas quando os consumidores valorizam estas características.

A perspectiva da otimização dos recursos e eliminação das perdas (na forma de lixo, energia ou trabalho) destaca a importância que os processos organizacionais assumem na obtenção de vantagens competitivas.

Para empresas que operam em setores altamente competitivos a busca de altos níveis de qualidade tornou-se um imperativo. Com o tempo, é de se esperar que um fenômeno similar possa ocorrer na área de negócios e meio-ambiente. Mas, mesmo sendo difícil identificar circunstâncias nas quais as empresas não se beneficiariam do investimento em qualidade, é razoável esperar que tais benefícios variem de maneira significativa entre empresas e setores. De maneira semelhante, investimentos ambientais podem gerar diferentes níveis de benefícios econômicos que, por conseqüência, influenciam a competitividade das empresas.

Uma estratégia verde bem direcionada pode criar vantagem competitiva e adicionar valor aos negócios.

O erro mais comum é pensar que só porque o mundo inteiro está se tornando verde, e mais mercados e pessoas demonstram interesse pelo tema, qualquer ação ambiental será financeiramente viável. Essa idéia simplesmente não é verdade. Iniciativas verdes devem ser tomadas com o mesmo grau de comprometimento analítico que as outras, o que significa dizer que as empresas precisam fazer direito a lição de casa, ter certeza de que suas ações foram bem construídas e que toda a tentativa envolve custos e conseqüências.

As estratégias verdes devem ser consideradas com com a mesma importância que todas as outras na organização.


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