Saudosas malocas?!



Acredito que nunca é tarde para tomar medidas com objetivo de resolver uma situação, mesmo aquela que pareça sem solução. É notório, na maioria das cidades brasileiras, número cada vez maior de usuários de drogas, homens, mulheres e crianças, sendo a maioria deles atingidos pela epidemia do “crack”, que os transformam quase que em “zumbis” e deixam expostos nas ruas o “Halloween” realista e triste, bem diferente daquele de crianças e jovens fantasiados como bruxas ou fantasmas, que  “ameaçam”  promover uma travessura, caso não sejam agraciados com doces, nos 31 de outubro (Dia das Bruxas, no mundo, e do Saci, no Brasil).

 

É certo que imóveis públicos e privados vazios em centros ou periferias das cidades têm se transformado nas “cracolândias”, que são locais onde se fazem novos viciados e que “velhos” viciados usam para comprar, vender ou usar suas porções diárias de entorpecentes. Acredito que está mais do que na hora (não sei se alguma cidade já se atentou a isso e fez alguma lei específica) de ocupar os imóveis abandonados que sejam públicos ou, não havendo condição pra isso, demolir é a solução.

 

O mesmo tratamento deveria ser dado aos imóveis particulares abandonados pelos proprietários. Ou ocupam o imóvel ou mandam demolir e cercar até que se defina novo empreendimento para o local. A solução pode parecer radical, mas cremos que necessária, senão, em futuro próximo, teremos que nos valer de forças de segurança para retomar espaços que deviam ser de todos. Já existem regiões, em diversas cidades que circular a noite ou de madrugada é considerado “tentativa de suicídio”.

 

Deixar imóveis virarem malocas de viciados e traficantes de drogas é negar bom convívio social para a grande maioria da sociedade. Neste caso, diferente da poesia de Adoniram Barbosa, que retratava nossa capital paulista, nos anos 50, o que dói no coração é cada tábua em pé, servindo de abrigo para alguns criminosos e para uma maioria de pessoas que precisa é de ajuda para que não continuar sendo problema social a alimentar estatísticas da “insegurança pública”. Na atual situação, saudosa não é a maloca, temos saudades é da paz.

 

 


Autor: Edson Terto Da Silva


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