A música litúrgica



A música litúrgica 

A música sempre foi de grande importância na vida do ser humano. Ela sempre acompanhou grandes momentos da humanidade, como guerras, comemorações e claro, as celebrações religiosas, destacando dentre elas, a celebração litúrgica que, dentro da Igreja católica, é um ato de louvor a Deus nosso criador, redentor e guia. A celebração litúrgica é o momento em que, todos os cristãos se reúnem com o mesmo objetivo, ou ao menos deveria ser, que é como já foi falado acima, louvar a Deus.

Não desprezando os outros momentos litúrgicos, como, o batismo, a penitência ou reconciliação, confirmação, matrimônio, ordem e unção dos enfermos, porque, desprezá-los seria um ato não cristão; é de grande importância e necessidade, destacar a Eucaristia, pois, ela é o ápice, o centro da vida de todo aquele que busca a salvação, ou seja, a morada com o Pai. A Eucaristia, como todos sabem, é celebrada num momento litúrgico que é denominado Missa e, como é do conhecimento de todos, na celebração da Santa Missa, há cantos que acompanham o rito e cantos que são o próprio rito. E é aqui que se encontra o eixo do assunto: A música litúrgica no sacramento da Eucaristia.

Infelizmente, há nas comunidades cristãs, onde se celebra o Santíssimo Sacramento, um grande problema: “O que se deve cantar na Santa Missa?” Este problema é compreensível, pois a maioria dos grupos de canto, não tem formação adequada sobre a música litúrgica. E existem grupos de canto, que não se abrem à formação, pensam que, mesmo sem nenhum tipo de formação litúrgica, estão aptos para escolher e cantar as músicas da celebração, porém, estão totalmente enganados, pois, não tendo nenhum tipo de estudo sobre o assunto, estão totalmente desprovidos de conhecimento, para selecionar as músicas que deveriam ser cantadas. Mas, estes estão fora do assunto, pois, se estão dessa forma não deveriam nem estar ministrando as músicas desse momento tão importante.

Tendo em vista aquelas pessoas que se interessam em saber um pouco sobre a música litúrgica, pode-se dizer que, na celebração litúrgica não há certo nem errado, há adequado e inadequado, pois, como é do conhecimento de todos, para tudo na vida, há aquilo que se ajusta, ou não à situação vivida. Da mesma forma, é na celebração Eucarística.

Primeiramente, pode-se dividir a música na celebração Eucarística, como: músicas que acompanham o rito e músicas que são o próprio rito, como já foi mencionado anteriormente. Quanto às músicas que acompanham o rito, tem-se a música de entrada, ou de abertura da celebração, a música de ofertório, que é o momento no qual o presbítero prepara as ofertas, a música de comunhão, que é o momento que os fiéis recebem o sagrado Corpo e Sangue de nosso Senhor, e por último, música final que como o próprio nome diz, é o momento que se finaliza a celebração comunitária. Mas, não se deve tirar de conclusão final que, como é música que acompanha o rito, pode-se cantar qualquer uma, pelo contrario, deve-se cantar músicas, que possuem uma letra com um conteúdo teológico e adequado para cada momento. Pode-se destacar dentre essa músicas que acompanham o rito, a música de comunhão. Nunca foi de nunca será adequado cantar nesse grandioso momento, uma música sentimentalista, ou uma música de compositores, que não as fazem com fins de serem músicas para celebração. O adequado é cantar músicas com conteúdo bíblico. E não se deve dizer: “essa música não me agrada”, pois, a celebração litúrgica, não é um momento individual, mas, comunitário.

Por fim, dentro daquela divisão que foi feita, existem as músicas que são o próprio rito, as quais são todas as demais, ou seja, desde o sinal da fé cristã católica, até o momento que o presbítero diz: “Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe”, e a assembléia responde: “Graças a Deus”. Essa palavras, quando cantadas, não se é adequado alterá-las, pois, elas possuem grande profundidade teológica. Dentre elas, pode-se destacar o “Pai nosso”. Infelizmente há grupos de canto que, mesmo sabendo que essa oração foi ensinada por Jesus Cristo, ainda possuem a audácia de mudar, ou acrescentar palavras nessa belíssima oração, ou seja, eles, os grupos de canto, adulteram a oração ensinada pelo Divino Mestre.

Enfim, o grande objetivo desse texto, era mostrar aos animadores do canto litúrgico, a grande importância de cantar as músicas adequadas, que fazem elo com o grandioso momento. E para que isso ocorra, há o grande esforço da CNBB[1], para montar livros e CDs com músicas para a celebração Eucarística, ou seja, os grupos de canto possuem tudo em suas mãos, só está faltando a abertura de grande parte deles, para que, as celebrações da Eucaristia sejam cada vez mais profundas e não superficiais. 

Luiz Carlos Ferreira Braga Júnior 


[1] Conferência Nacional dos Bispos do Brasil


Autor: Luiz Carlos Ferreira Braga Junior


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