O que vi no Enem



RESUMO

O presente trabalho faz um breve relato, histórico/crítico, sobre a criação e a aceitação do Enem, no mesmo será possível à constatação de alguns dados estáticos tais: como números de inscrito e consequentemente o aumento na procura do exame, porém este tem uma abordagem muito mais crítica do que histórica ou e até mesmo estática, haja vista que o Enem desde suas primeiras edições sempre fora alvo de críticas e incertezas sobre a sua autenticidade e aplicabilidade social. Ou seja, as suas primeiras edições não tinha muita relevância social tento em vista que a sua função principal era apenas a constatação de como os alunos estavam saindo do Ensino Médio, daí o fato da sua não valorização por parte dos alunos que estavam saindo ou tinham terminado a ultima etapa da Educação Básica. E esta insatisfação a acerca da aceitação deste não se dava somente pelos candidatos que se inscreviam no exame, mas também e principalmente por parte dos educadores que não viam o exame como uma ferramenta própria para avaliar estes alunos, haja vista que este não levava o aluno a pensar criticamente sobre a temática aborda nos exames. Como a própria educação básica tinha uma grande deficiência na formação dos nossos alunos, ou seja, não preparava o aluno para enfrentar criticamente as dificuldades sociais, pois a escola não ensinava aquilo que o aluno realmente precisava – pensar e se posicionar de forma critica, mas respeitando o outro. E o Enem mesmo que de forma torta vem ajudando a mudar esta realidade. A verdade é que mesmo de uma maneira torpe quando o ministério público lançou-se a este grande desafio muita coisa vem mudando, prova disto pode ser percebido na reação tanto das universidades quanto da própria sociedade. Mas esta realidade aos poucos vem mudando a cada edição do exame, e esta mudança se deve ao fato de as universidades aderirem às notas dos alunos para ingressarem nestas, abolindo aos poucos o tradicional vestibular, o qual fazia os alunos “comerem livros” durante todo o ano para decorar aquilo que provavelmente cairia na prova.

 

Palavras-Chave: Enem, Aluno, Prova, Universidades e Ministério da Educação

 

 

 

 

 

 

O que vi no Enem

N

os dias 03 e 04 de novembro de 2012 aconteceu mais uma edição do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, um exame implantado pelo Ministério da Educação em 1998 e neste mesmo ano cerca de 1,8 milhão de estudantes se submeteu ao exame, o qual tinha a finalidade única de avaliar o desempenho dos alunos que estavam saindo deste nível de ensino, segundo alguns estudos anteriores – números estes que vem aumentando a cada edição -, “na época o exame continha 63 questões de múltipla escolha e uma folha de redação, e seus avaliadores procurava avaliar quatro competências básicas dos alunos articulando conteúdos da vida cotidiana e conteúdos conceituais das diversas disciplinas: domínio de linguagens, compreensão de fenômenos naturais, enfrentamento de situações-problema, construção de argumentações e elaboração de proposta de intervenção na realidade”. Como pode ser percebido na descrição acima o Enem não avalia ninguém apenas gasta o dinheiro público na aplicação dessas provas, pois é uma “avaliação” que só mostra o quanto estamos precisando de esforços nesta área, mas nada era feito para mudar esta triste realidade educacional que vivemos até então, e devido a pouca relevância social do exame a procura, por parte dos alunos, também deixava a desejar, mas tudo bem, se considerarmos o contexto social e político da época a coisa não esta tão desandada assim, mas e os anseios da sociedade como ficam?. Obviamente que esta modalidade de avaliação não serve a ninguém, logo devemos pensar em algo que seja, não só mais dinâmico, mas também mais útil como uma ferramenta avaliativa educacional, e parece que a modalidade atual tem mais a ver com a necessidade educacional do momento, será?

 P

orém acabou-se a época da decoreba, nesse novo modelo adotado no Enem. Os alunos tem a capacidade de desenvolver o seu raciocínio uma vez as questões sempre os leva e uma boa reflexão daquilo que ele estar lendo. O aluno não precisa mais se debruçar sobre os livros de literaturas, para decorar a qual período pertence à obra lida nem mesmo decorar os nomes dos autores lidos ou até mesmo das respectivas escolas literárias. Na matemática fora abolida a decoreba de fórmulas exaustiva e que na hora da prova você simplesmente não a lembra, aí ficar, então, perdido no meio do caminho e se lamentado daquele terrível momento, no qual a angustia será a sua única parceira e nada mais. E como resultado de tudo isso uma reprovação nos vestibulares e fica o decorado pelo não decorado (...), pois nesta obsoleta forma de ingresso no vestibular não existe o aprendizado de fato o que existe é uma mera reprodução do “conhecimento”.

H

á, os tempos são outro, nesta nova versão o programa faz uma abordagem diferente, ou seja, de maneira mais interativa são abordadas as ciências humanas e suas tecnologias – a qual contempla a historia, a filosofia e a geografia -; ciências da natureza – abordando a física, química e a biologia -; linguagens, códigos e suas tecnologias – privilegiando tanto a língua mãe quanto as estrangeiras bem como a parte de o aluno expressar seus pensamentos através da redação, a qual sempre é uma surpresa quando se fala da temática que pode vir ser abordada no dia da prova e, também a matemática e suas tecnologias que mesmo sendo abordada de forma interativa ainda é o bicho papão para a maioria dos alunos. Será que realmente o Enem veio pra fica, pois segundo dados do próprio ministério da educação – (MEC) 5,79 milhões de candidatos se inscreveram nesta ultima edição? O momento agora é de diálogo entre você e o autor, é o momento em que vai penetrar no imaginário dos autores pra saber o ele quer te dizer, veja nas entrelinhas, procure, descubra esta é uma capacidade que lhe fora dada, adquirida e construída, então vai continuar reproduzindo, pra que? Pra quem? Tem alguma relevância social? E ainda falando no campo do raciocínio a filosofia ganhou voz e vez nos vestibulares, como devem esta feliz em seus túmulos os grandes pensadores como Descartes, Platão Aristóteles (...). Como avançamos no campo educacional, lentamente, mas estamos avançando, gradualmente chegaremos a um nível melhor, não tenha duvidas, é assim mesmo no campo da educação a passos lentos, o importante é chegar mesmo que ainda demore décadas e mais décadas vejam onde estávamos e olha aonde chegamos isso não é um avanço? É verdade você pode dizer, mas há quanto tempo clamamos por isto, o importante é que não desanimemos nunca. O que não servir a esta geração servira a outras com certeza, lembremos então da luta de Anísio Teixeira por esta modalidade de ensino e de avaliação nos exames de vestibulares, a ele, com certeza não servira. Porém esta nova geração está se beneficiando de lutas anteriores no campo da educação. E mais recentemente os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs de Ensino Fundamental apresentam uma proposta de estrutura curricular multidisciplinar, a partir do que se denominou “temas transversais”. Ou seja, desde o ensino fundamental os nossos alunados já estão sendo convidados a uma reflexão sobre aquilo que veem em sala de aula, o que uma maior expressão ao Enem, tendo em vista que desde as primeiras etapas da educação básica os alunos vêm sendo ensinado a pensar, e porque teria que ser diferente ao sair do ensino médio? “Nenhum fenômeno pode ser explicado com clareza por uma disciplina isolada. O mundo, enfim, é interdisciplinar. Os PCNs de Ensino Fundamental caminharam para superar um pouco tal separação”. Se, estamos no caminho certo, que sabe, esperemos que sim, obvio?

Q

uando foi sugerido que as notas do Enem fossem usadas para os candidatos ingressarem em universidades públicas federais a rejeição foi absurdas por parte das mesmas, e também e principalmente pelas estaduais (...). Agora é comum, todas as universidades, sejam as públicas federais ou estaduais e também as particulares aderiram ao Enem, porque será, um menor custo com a realização do vestibular? Mas por lado ainda fica a desconfiança de muitos, haja vista que em edições anteriores muitos problemas principalmente na qualidade das provas deixaram a desejar, tais como o vazamento de questões e ou até mesmo de gabarito, fora muito mais aventado do que a relevância e expectativa a qual desenvolve nos alunos participantes do exame. Fica então a pergunta, e quanto a esta edição temos segurança na transparência do processo/exame?

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