O que são reações medicamentosas



Hoje em dia, o estilo de vida que levamos fez e faz surgir vários tipos de doenças, mais comumente ligadas às alergias ou ao consumo excessivo de sal. Campanhas do Governo já alertam há tempos para as consequências do tabagismo, do consumo de álcool e sal e, mais claramente, das consequências de uma vida sedentária. Se não se quer buscar um médico ou então praticar algum esporte que exija um bom condicionamento físico como as corridas de moto em trilhas rurais, deve-se cuidar de outros aspectos da vida como, por exemplo, o uso de medicação sem acompanhamento médico. Ao longo de alguns artigos que vocês poderão acompanhar por este perfil, será possível conhecer um pouco mais sobre as reações medicamentosas e suas consequências.

Que são reações medicamentosas?

São   reações   nocivas   ou    indesejáveis   que desenvolvem-se no organismo depois de haver sido aplicado um remédio.

Que remédios podem provocá-las?

Qualquer medicamento, já que não existe nenhuma substância inofensiva por completo.

São frequentes?

Sua frequência aumenta dia a dia. Aproximadamente 20 de cada 100 pacientes submetidos a tratamento farmacológico apresentam, com o tempo, algum tipo de reação aversiva.

Afeta igualmente a homens e mulheres?

As últimas estatísticas sobre isto apontam uma incidência maior nas mulheres, numa proporção 2 ou 3 a 1.

Em que idade costumam apresentar-se?

Como é óbvio, podem aparecer em pessoas de qualquer idade que estejam sob tratamento. No entanto, tem que se ressaltar que sua periculosidade aumenta de forma acentuada em recém-nascidos e em idosos.

A que se devem as reações medicamentosas?

Dependendo de sua origem podem classificar-se em dois grupos: as alérgicas e as não alérgicas. Entre estas últimas, cabe destacar a idiossincrasia, a intolerância e as manifestações tóxicas.

O que é a idiossincrasia?

É uma hipersensibilidade congénita ou adquirida que apresentam algumas pessoas perante substâncias medicamentosas de natureza não proteica e privadas do poder antigênico, ou seja, incapazes de produzir anticorpos no organismo sensibilizado (caso contrário, falaríamos de alergia). Por este motivo, pequenas doses bastam para provocar reações adversas inesperadas, de acordo com as características do remédio administrado.

E a intolerância?

Neste caso, como seu nome indica, o paciente não tolera o medicamento. Sendo assim, pequenas doses bastam para causar-lhe reações adversas importantes, observáveis em indivíduos normais só quando as doses são muito maiores. Ao contrário do que ocorre na idiossincrasia, as reações adversas próprias da intolerância não são inesperadas, mas formam parte das próprias substâncias do produto utilizado, e o que acontece é que aparecem após a administração de doses muito inferiores às habituais.

A que se devem as manifestações tóxicas?

São efeitos adversos que aparecem como consequência de uma intoxicação, ou seja, quando a quantidade de remédio presente no organismo é muito superior ao normal. Isto pode dever-se a uma dose excessiva ou a uma eliminação defeituosa do medicamento, causada, por exemplo, por uma insuficiência renal.

Como fazer a distinção entre um paciente que apresenta intoxicação do que tem idiossincrasia?

Quando o paciente está intoxicado, os efeitos indesejáveis cessam ao se diminuir a dose. Por sua vez, num paciente que apresente idiossincrasias, não desaparecem até suspender-se por completo a medicação.

No caso de um paciente ter se intoxicado numa ocasião com determinado remédio, pôde tornar a tomá-lo caso seja necessário?

Sim, se a dose for adequada, a intoxicação não reaparecerá.

Uma pessoa pode ter propensão a sofrer de intoxicações medicamentosas?

A lógica é que todas as pessoas com alterações no funcionamento do fígado e dos rins tenham predisposição a intoxicar-se, uma vez que é através destes órgãos que se eliminam as substâncias nocivas do organismo. Ainda que a dosagem do remédio seja perfeita, este irá acumulando-se no sangue, e, como resultado, aparecerão sintomas de intoxicação.

O fenômeno alérgico possui algumas características especiais?

Sim. Toda reação medicamentosa de base alérgica possui características próprias que ajudam a diferenciá-la de outros processos anteriormente descritos.

Quais são?

As reações alérgicas por medicamentos não dependem das propriedades farmacológicas da solução e só aparecem numa minoria de pessoas tratadas. As manifestações não se relacionam com a dose utilizada, mas aparecem a partir da segures vez que se toma o remédio; ainda que seja uma dose pequena, os sintomas são os típicos das doenças alérgicas.

Existem pessoas predispostas a sofrer de alergia medicamentosa?

A alergia apresenta-se com maior frequência em pessoas que sofrem de outras doenças alérgicas, como asma ou febre do feno. Mesmo assim, os pacientes que sofrem lesões gastrintestinais inflamatórias são mais sensíveis aos remédios que se tomam por via oral.

A pessoa alérgica a um remédio tem possibilidades de vir a ser alérgica a outros?

Sim, mesmo que, com frequência, os sintomas da alergia sejam diferentes.

As reações alérgicas têm gravidade?

Podem ser gravíssimas e inclusive mortais, mas o comum é que tenham pouca evolução.

Quando aparecem as reações alérgicas?

Isto vai depender do remédio, de sua via de administração e do tempo de absorção, pois a hiper-sensibilidade de uma pessoa pode ser imediata ou retardada.

Quais são os sintomas de uma reação medicamentosa alérgica?

Os sintomas são variados: urticária, ardor local ou generalizado, bolhas, às vezes de grande tamanho, inchação de uma parte ou do corpo todo, febre, problemas gastrintestinais ou respiratórios etc.

Como se pode prevenir?

É natural que uma pessoa que sabe que é alérgica à determinada substância, se absterá de tomá-la. Esta é a única medida preventiva ao seu alcance.

Tem de procurar um médico?

Diante de qualquer efeito indesejável produzido pelo remédio tem de se consultar sempre o médico, menos naqueles casos em que o médico advertiu o paciente da possibilidade de aparecer algum sintoma especial.

A automedicação é perigosa?

Muito. As pessoas ligadas a automedicação podem tomar um remédio pouco adequado e ultrapassar a dose adequada. Em geral pode-se dizer que os fenómenos alérgicos são mais frequentes em pacientes que se automedicam.

Que pode-se fazer diante de uma reação medicamentosa grave?

Diante de qualquer caso grave tem de se levar o doente para o hospital, cuidando para que, durante o trajeto, o paciente fique estendido sobre seu lado direito, pois se sentir vontade de vomitar, não obstruirá as vias respiratórias.

Você pode ler mais sobre alguns tipos de doenças ou mesmo sobre como proceder nos primeiros socorros a acidentados visitando a seção de artigos do site de jogos de médico.


Autor: Rogério De Oliveira Souza


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