CISTITE CRÔNICA: CONHECENDO O AGENTE CAUSADOR



A cistite crônica apresenta-se hoje com uma incidência muito grande, principalmente entre asmulheres. Segundo dados publicados na revista vigor: movimento e saúde, uma em cada quatro mulheres vai ter cistite no decorrer da vida. Nos homens a doença é mais rara. Nesta perspectiva, o presente trabalho visa interar o leitor sobre o que é a cistite, uma vez que esta é uma patologia bastante comum. Para aprofundarmos em um tema dessa importância devemos, antes, entender o que é a cistite. Como o próprio nome sugere, esta é uma inflamação e/ou infecção da bexiga, provocando uma sensação de desconforto e mal estar nas pessoas acometidas por esta patologia. (ABC da saúde).

A infecção pode afetar um único local, tal como a uretra (uretrite), próstata (prostatite), bexiga (cistite), caso em estudo; ou rins (pielonefrite). A infecção restrita a urina pode apresentar-se como bacteriorúria assintomática, mas pode levar à infecção clínica.

OBJETIVO

Procurando entender o agente causador da cistite, pretende-se, através desse ensaio, mostrá-lo, indicando a forma que a Escherichia coli atua no organismo para provocar a patologia em estudo. Neste ensaio procuramos fazer esclarecimentos acerca da patologia à fim de interar o leitor quanto a prevenção e o agente causador da dada doença. Em outras palavras, procura-se através deste esclarecer o que é a doença, apontando os fatores de risco, determinando as causas e, sobretudo, fazer um estudo detalhado sobre a Escherichia coli e a forma de combatê-la. Na idéia do combate e cessão da doença ficam as seguintes questões:

  • Os hábitos alimentares constituem fatores determinantes para a proliferação da Escherichia coli?
  • Apenas a higienização constitui uma ação eficaz para a prevenção da cistite?

A cistite é uma inflamação da bexiga causada geralmente por bactérias do tipo coliforme, transferida do intestino para a bexiga através da uretra. Esta bactéria pode ser tanto a Escherichia coli como o bacilo de koch. A Escherichia é um microrganismo habitante natural da flora intestinal dos humanos. Essa bactéria é classificada como bastonetes retos, gram negativos, não formadores de esporos; possuem mobilidade através de flagelos ou são imóveis. Existem quatro diferentes tipos de Escherichia coli, classificadas de acordo com sua virulência, seu sorotipo, as interações com a mucosa intestinal também constitui fator determinante nesta classificação e sua epidemiologia.

Segundo o Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de Infecção em Serviços de Saúde (2004); As infecções do trato urinário (ITU) estão entre as doenças infecciosas mais comuns na prática clínica, particularmente em crianças, adultos jovens e mulheres sexualmente ativas, sendo apenas menos freqüentes que as do trato respiratório. No meio hospitalar são as mais freqüentes entre as infecções nosocomiais em todo o mundo. Do ponto de vista prático, por convenção, define-se como ITU tanto as infecções do trato urinário baixo (cistites) e como as do trato urinário alto (pielonefrite).

Como já foi citado, a Escherichia coli é a principal bactéria causadora da cistite. Esta bactéria é uma bactéria bacilar Gram-negativa, que, juntamente com o Staphylococcus aureus é a mais comum e uma das mais antigas bactérias simbiontes do homem.

Este microrganismo tem um crescimento ideal à temperatura de 37°C. A E. coli assume a forma de um bacilo e pertence à família das Enterobacteriaceae. São aeróbias e anaeróbias facultativas. O seu habitat natural é o lúmen intestinal dos seres humanos e de outros animais de sangue quente. Possui múltiplos flagelos dispostos em volta da célula.

A E. coli é um dos poucos seres vivos capaz de produzir todos os componentes de que é feita, a partir de compostos básicos e fontes de energia suficientes. Ela é lactase positiva, uma enzima fermentadora de açúcares que é grandemente responsável pela flatulência de cada pessoa, especialmente após o consumo de leite e seus derivados.

Sabe-se que a Escherichia coli faz parte da flora intestinal dos seres humanos, porém, é importante ressaltar que a limpeza adequada dos alimentos constitui um fator muito importante para evitar a contaminação por estes microrganismos, evitando assim uma taxa elevada desses patógenos no organismo, lembrando queas infecções no trato urinário são causadas por elas, mas no trato intestinal a Escherichia coli torna-se inofensiva. Por esta visão o ato de higienização faz-se necessário para evitar a proliferação desta bactéria bem como para prevenir o aparecimento de infecções como a cistite.

SINAIS E SINTOMAS

Ardência e dificuldades para urinar, dores na bexiga, aumento na frequência de micções, irritação, desconforto geral e febre em alguns casos são alguns dos sintomas característicos que se apresentam em um paciente com cistite. Esses são dados do site ABC da saúde e mais, segundo o publicado nesta mesma página da web, a diagnostico é feito mediante conhecimento da história do paciente, assim será mais fácil identificar o órgão acometido e através de exames específicos classificar se a doença é do tipo infecciosa ou não. O exame de urina é feito e tem-se o objetivo de fazer a contagem de leucócitos, hemácias bem como a sua densidade. A urocultura com o antibiograma constitui o exame mais eficaz.

A causa da cistite deve ser levada em consideração, uma vez que a partir daí o médico poderá estar determinando o melhor tratamento. O qual deverá ser feito através do uso de medicamentos da classe dos antibióticos, que por sua vez irão agir contra o agente causador da cistite infecciosa. Daí a importância de se fazer um diagnostico correto. Identificar o tipo de agente causador para, a partir daí, poder fazer a prescrição de um medicamento eficaz.

TRATAMENTO

O tratamento é feito com base no diagnóstico bem como de sua causa. Quando a doença é causada pela Escherichia coli ou outra bactéria, usa-se os antibióticos. Lembrando que o medicamento é receitado levando em consideração o teste de antibiograma.

PERCURSO METODOLÓGICO

Ensaio realizado a partir de literaturas sobre a doença. Neste ensaio procuramos fazer esclarecimentos acerca da patologia a fim de interar o leitor quanto à prevenção e o agente causador da dada doença. Em outras palavras, procura-se através deste esclarecer o que é a doença, apontando os fatores de risco, determinando as causas e, sobretudo, fazer um estudo detalhado sobre a Escherichia coli e a forma de combatê-la. Na idéia do combate e cessão da doença .

CONCLUSÃO

É importante levantar que a prevenção constitui o mais eficaz meio contra doenças e, no caso da cistite não é diferente. O ato de prevenir-se é uma conduto que deve ser tomada e para tal deve-se saber qual a etiologia dos agentes causadores da doença. A princípio a higienização torna-se bastante eficaz na luta contra este tipo de infecção.

Percebe-se que resgatar a forma de cuidado com o nosso corpo de uma forma geral rompe a concepção de cuidado fragmentado que é um caminho árduo e difícil que a enfermagem está percorrendo. A atuação do enfermeiro pode fazer diferença para a população, para ser um bom profissional em termos científicos, é necessário que o profissional, além de dominar as habilidades técnicas, seja capaz de desenvolver a humanização. Portanto, humanizar as práticas de enfermagem nada mais é que tornar uma ação humana.

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Autor: Vanúsia Santos Ferreira


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